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Jogador Número Um, de Ernest Cline #Resenha

jogador numero um ernest cline editora intrínseca resenha blog leitora compulsivaTítulo: Jogador Número Um

Título Original: Ready Player One

Série: Duologia Jogador Número Um #01

Autor: Ernest Cline

Editora: Intrínseca

Ano: 2021

Páginas: 432

Tradução:  Giu Alonso

Sinopse: AQUI

Download do 1º Capítulo: AQUI

Onde Comprar o livro: Amazon, Submarino, Magazine Luiza

Onde Comprar o Ebook: Amazon (Kindle)

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Em abril desse ano, a Editora Intrínseca anunciou o lançamento dos livros Jogador Número Um e Jogador Número Dois do autor Ernest Cline em edições luxo e fiquei tão animada para fazer a leitura que pedi os dois pela parceria.

O primeiro livro da duologia havia sido publicado aqui no Brasil por outra editora no ano de 2012 e, posteriormente, ganhou outra edição em 2018 por causa do lançamento do filme dirigido por Steven Spilberg. Mas o segundo livro ainda era inédito e a Intrínseca resolveu apostar por completo nessa história, criando edições luxuosas em capa dura, perfeitas para os fãs!

Apesar da empolgação, acabei demorando um pouco para começar a leitura porque estava esperando um momento mais tranquilo, para aproveitar bem a história!! Rs…

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Sobre o que é “Jogador Número Um”?

Jogador Número Um é o primeiro livro de uma duologia futurista que traz uma mescla de evolução tecnológica e crítica social com uma homenagem nostálgica à cultura dos anos 1980!

A história se passa no ano de 2045 e o mundo real está caótico. As pessoas vivem em péssimas condições e, para escapar da realidade, passam a maior parte do tempo conectadas no OASIS, um sistema de realidade virtual gratuito e super desenvolvido, onde os usuários vivem as aventuras mais fantásticas – ou façam atividades simples do dia-a-dia – por meio de seus avatares.

Algumas das coisas mais importantes do OASIS são a gratuidade, a anonimidade e o código aberto. Os usuários podem criar seu avatar como desejarem, escolhendo qualquer característica do mundo real ou da fantasia. Algumas poucas regras limitam as interações sociais e a plataforma não exerce nenhum controle sob as decisões dos usuários.

Mas toda essa liberdade está ameaça! Quando o criador o OASIS morreu, deixou um testamento que surpreendeu o mundo. Sem herdeiros no mundo real, James Halliday inseriu um Easter Egg dentro da plataforma e o estabeleceu que o primeiro usuário a encontrá-lo receberia toda a sua fortuna e se tornaria o novo controlador do OASIS.

Milhões de pessoas entraram na disputa, incluindo uma perigosa corporação que deseja tomar o controle do OASIS para cobrar uma mensalidade pelo acesso à simulação, colocar comerciais em todas os espaços disponíveis, acabar com o anonimato e, principalmente, eliminar qualquer direito à livre expressão dos usuários.

Wade Watts praticamente cresceu dentro do Oasis e é um dos milhares de caçadores do Easter Egg de Halliday. Para ele, essa seria a oportunidade de sair da pobreza e ainda garantir que o OASIS permanecesse fiel aos desejos de seu criador. Assim como muitos outros, Wade passou os últimos cincos anos dedicado a aprender tudo o que fosse possível sobre Halliday e sobre os anos 1980, sempre em busca de uma pista… E finalmente seus esforços são recompensados quando ele se torna o primeiro usuário do mundo todo a pontuar na Caçada.

E bastou Wade encontrar a primeira das três chaves do desafio, que diversos outros concorrentes o seguiram de perto. Agora ele precisa correr se quiser ser o primeiro a encontrar todas as pistas e superar todos os desafios… E terá que tomar muito cuidado para não ser morto no caminho!

O que esperar desse livro?

Ai, caramba! Não sei nem como começar a responder a essa pergunta… Rs!

Jogador Número Um é um livro como nenhum outro. A ideia de uma história futurista, com foco da tecnologia e na realidade virtual, mas que ao mesmo tempo é dominada por referências do passado é algo totalmente inusitado e funcionou perfeitamente!

Para uma nerd dos anos 80 e apaixonada por vídeo game como eu – e que anda tão desgostosa com a cultura de algodão doce de hoje – , ler uma história como essa foi simplesmente incrível! Foram poucas as referências de tecnologia, filmes ou músicas que eu não conhecia e na maior parte do tempo me peguei sorrindo durante a leitura por saber exatamente do que os personagens falavam! Rs…

Wade é um personagem bem verossímil, que, apesar de ter apenas 18 anos, é bastante maduro, inteligente e determinado. A vida nunca foi boa para o garoto, mas ele sempre manteve a cabeça erguida e fez o que pode para correr atrás de seu sonho. Wade ficou órfão ainda muito novo e teve que viver com uma tia que sempre o tratou como um fardo. Morando em uma das regiões mais pobres da cidade, em um mundo decadente, o pouco que ele tem foi conquistado a duras penas. Mesmo assim ele não reclama. É claro que tudo isso o afeta, mas ele é maduro o suficiente para saber que tem que lidar com suas dores e seguir em frente!

A resiliência e a determinação de Wade são admiráveis e isso nos faz torcer para que ele tenha sucesso na caçada ao easter egg de Halliday. Se alguém tem que herdar o controle do OASIS, que seja alguém com um coração honrado, com humildade e com coragem de fazer o que é certo!

Mas não é só o protagonista que é ótimo. A construção toda da trama é sensacional, com a mistura perfeita de explicação e ação! Por ter uma dinâmica diferente de outras histórias, o autor precisa ajudar o leitor com a contextualização e faz isso de forma leve e natural dentro da narrativa. Mesmo quem não conhece nenhuma das referências citadas, pode acompanhar a história sem dificuldade, porque há uma explicação para tudo.

Outro ponto de destaque dessa história é a crítica social e politico-ideológica presente na narrativa. Nessa história temos uma corporação de tecnologia fazendo as piores barbaridades para assumir o controle do OASIS e implementar um controle nefasto, incluindo limitação do direito de expressão das pessoas. Infelizmente, qualquer semelhança com a realidade nesse caso não é mera coincidência!

Há tempos eu não me empolgava tanto com uma leitura de fantasia/ficção científica. Fiquei tão animada com a leitura que o coração chegou a acelerar. Me peguei literalmente roendo as unhas e suando nos momentos mais tensos e senti uma raiva tão grande pela IOI que falei palavrões em voz alta!! Rs…

Se indico?! Acho que ficou bem óbvio que sim!! Rs…

Sobre o autor e seus outros livros…

Ernest Cline é escritor, roteirista, pai e geek em tempo integral. Autor de Armada e dos best-sellers Jogador Número Um — adaptado para o cinema por Steven Spielberg, com roteiro de Cline — e Jogador Número Dois, seus livros foram publicados em mais de cinquenta países, destacando-se nas listas de mais vendidos em todo o mundo. Ele mora em Austin, no Texas, com a família, um DeLorean máquina do tempo e uma grande coleção de videogames clássicos.

Publicado originalmente em 2011, Jogador Número Um se tornou um best-seller, foi agraciado com diversos prêmios e deu origem ao filme de sucesso dirigido por Steven Spielberg, lançado em 2018. Unindo ficção científica a inúmeras referências à cultura pop dos anos 1980 e ao universo dos videogames, essa ópera espacial geek conquistou fãs em todo o mundo.

Muito embora haja diferenças consideráveis entre o filme e o livro, a premissa geral está presente e vale a pena curtir essa história em suas duas formas. Confiram o trailer do filme:

 

E para quem quer entrar no clima dos anos 80, a Intrínseca criou uma playlist especial para essa leitura. “Aperte o start — ops, o play — e seja bem-vindo ao OASIS”:
 

Para quem quiser saber mais sobre as edições de luxo da Editora Intrínseca, fiz um reels para o Instagram mostrando um pouco dos livros:

camila guello assinatura blog leitora compulsiva

12 comentários sobre “Jogador Número Um, de Ernest Cline #Resenha

  1. rudynalva

    Camis!
    Confesso que desde o lançamento, nunca senti muita vontade em ler os livros, achava que não teria muito haver com minhas preferências, já que hoje em dia não sou mais muito ligada aos games, entretanto ver sua empolgação e saber que todas as referências são dos anos 80, me animou, época da minha adolescência e portanto, muitas referências.
    cheirinhos
    Rudy

  2. Angela Cunha Gabriel

    Meus dois livros nessas edições fantásticas estão aqui na estante rs
    Não sei se vou conseguir ler eles nesse ano(a louca dos atrasos) mas sei que vou ler ambos e vou amar, mesmo que não seja muito meu universo.
    Isso das referências é maravilhoso e oh, cá entre nós, as edições são lindíssimas né???
    Beijo

    Angela Cunha/O Vazio na flor

  3. ELIZETE SILVA

    Olá! Por enquanto eu assisti ao filme apenas, mas eu adoro essa ideia de revisitar elementos da cultura pop dos anos 80, que cá entre nós, é uma época muito rica nesse quesito né.

  4. Eliane

    Olá
    Não vi tanta resenha desse livro .que bom que o livro traz referências aos anos 80 no quesito game.
    Amo essa década. é a minha preferida.a sua resenha deixou me com vontade de ler essa duologia.

  5. Alecia Rodrigues

    Eu amei essa no edição foi tudo o que o livro merecia, já tinha visto na outra edição, porém nunca tiver vontade de ler. Achei a história magnífica.

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