Leitora Compulsiva

O Segredo da Livraria de Paris, de Lily Graham #Resenha

o segredo da livraria de paris lily graham editora gutenberg resenha blog leitora compulsivaTítulo: O Segredo da Livraria de Paris

Título Original: The Paris Secret

Autor(a): Lily Graham

Editora: Gutenberg

Ano: 2020

Páginas: 208

Tradução: Elisa Nazarian

Sinopse: AQUI 

Download do 1º Capítulo: AQUI

Onde Comprar o livro: Amazon, Submarino

Onde Comprar o E-Book: Amazon (Kindle), Livraria Cultura (Kobo)

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Lançado no mês de março desse ano pela Editora Gutenberg, o livro O Segredo da Livraria de Paris, da autora Lily Graham  foi escolhido como tema para o Clube do Livro Autêntica do mês de abril. Por ser mediadora do clube de São Paulo, normalmente eu recebo os livros físicos para ler, mas dessa vez – por conta da pandemia – optei por comprar um exemplar digital, evitando assim a circulação de papel! Rs…

Hoje conto para vocês como foi a minha experiência com essa leitura!

Sobre o que é “O Segredo da Livraria de Paris”?

O Segredo da Livraria de Paria conta a história de uma velha senhora em um trem com destino a Paris, carregando uma mala azul cobalto antiquada, coberta por adesivos de lugares distantes, repleta de fotografias emolduradas. Ao seu lado, uma jovem curiosa lhe pergunta mais sobre a mala e as duas começam a conversar. A velha senhora então decide contar a história mais emocionante de sua vida para a jovem…

Valerie nasceu em Paris durante a Segunda Guerra Mundial, mas quando tinha apenas três anos de idade foi levada por uma tia para viver em Londres, onde cresceu achando que não tinha mais ninguém… Então, ao completar 20 anos, Valerie descobre que seu avô, Vincent Dupont, ainda está vivo e é dono de uma livraria em Paris.

Decidida a descobrir o que aconteceu com seus pais biológicos e o motivo dele nunca a ter procurado, Valerie se candidata a uma vaga de emprego na livraria, usando um nome e um pretexto falso. Ao ser aceita, Valerie reúne suas poucas economias, deixa para trás seu melhor amigo Freddy, e parte para Paris!

A convivência com Vincent Dupont não é fácil. Ele é ranzinza, cheio de manias e critica todo o tempo os hábitos ingleses de Valerie. Sem desanimar, a jovem começa a conquistar Dupont e vai arrancando dele, pouco a pouco, informações sobre a guerra, sobre a livraria e sobre seus pais…

Valerie tem muitas perguntas, mas será que está preparada para as respostas?!

Com uma narrativa que se alterna entre os anos de 1962 e 1940, a autora constrói uma história extremamente emocionante e aborda aspectos da Segunda Guerra muito pouco explorados!

O que esperar desse livro?

Não sei exatamente por qual motivo, mas comecei a ler O Segredo da Livraria de Paris sem nem ao menos ter lido a sinopse. Talvez pela semelhança desse título com os títulos de outros livros, eu tinha a impressão de que essa seria uma história contemporânea… Acho que dei uma viajada, sei lá!!

Então imaginam o tamanho da minha surpresa quando descobri que a história se passa em 1962?! E mais ainda, que rola um feedback e que boa parte da trama acontece em pela Segunda Guerra Mundial?! Rs… Foi a maior surpresa e, como eu amo histórias sobre a guerra, foi uma surpresa maravilhosa!!!

A forma como a autora encontrou para narrar essa história é extremamente curiosa, porque tudo acontece no tempo presente – ainda que em vários presentes diferentes! E funciona assim: Logo no primeiro capítulo conhecemos Valerie já bem idosa em um trem voltando a Paris. Nesse trem ela conhece uma moça e começa a contar sua história de vida. No entanto, ao invés de termos uma senhora idosa falando sobre algo que já passou, somos transportados para o ano de 1962 e encontramos Valerie com seus 20 anos, indo a Paris para conhecer o avô e descobrir mais sobre seus pais biológicos. Passamos então a acompanhar a história de Valerie como se ela estivesse acontecendo no presente. Mas não para por aí… Quando o Dupont ou Clotilde (a vizinha) decidem contar sobre o passado a Valerie, somos transportados no tempo para 1940 e encontramos a narrativa do ponto de vista de Mireille, a mãe de Valerie, também toda feita no tempo presente!

Dessa forma, acabamos por ter duas protagonistas: Valerie e Mireille! Valerie é uma personagem simples e bem construída. Uma jovem nascida na França, mas totalmente inglesa em seus costumes e jeito de pensar. Ela acabou não sendo uma protagonista muito interessante, mas gostei dela no geral. Mireille acaba por roubar um pouco a cena porque logo de início é ela quem guarda os segredos que queremos desvendar! Como a gente só descobre o que aconteceu aos pais de Valerie acompanhando as capítulos narrados por Mireille, a mãe acaba se tornando mais cativante que a filha! Rs…

Mas preciso dizer uma coisa: nem Valerie e nem Mireille… O melhor personagem desse livro é de longe Vincent Dupont!!! Rs… O jeito ranzinza e mal humorado dele acaba sendo muito cativante, porque de alguma forma a gente sente que ele é um fofo. Ri alto com jeito que ele organizava as prateleiras da livraria e como lidava com os clientes! E vê-lo se esforçando para agradar Valerie, hein?! Morri de amores por ele!! Eu só queria poder entrar no livro para dar um abraço nele, mesmo sabendo que ele iria resmungar e me tocar fora de lá! Rs…

O livro tem apenas 208 páginas – e digo apenas porque é relativamente pouco se comparado a maioria dos livros que vem sendo lançados -, mas traz uma história bem completa e emocionante!

É uma daquelas leitura envolventes, que a gente faz e nem vê o tempo passar! Vale muito a pena!! 

Sobre a autora e seus outros livros…

Lily Graham cresceu na África do Sul. Quando criança, sonhava em ser escritora e tinha manuscritos inacabados que enchiam as gavetas de sua escrivaninha. Mas foi só aos 30 anos que finalmente terminou um deles. Começou escrevendo livros infantis, mas quando sua mãe foi diagnosticada com câncer, ela escreveu uma história para lidar com o medo e a dor pela qual estava passando – esse se tornou seu primeiro romance de ficção para mulheres, publicado em 2016. Desde então, escreveu seis romances. Os quatro primeiros foram uma mistura de ficção e drama, mas nos últimos anos encontrou seu nicho na ficção histórica. Foi preciso passar dos 30 anos para perceber que essas eram as histórias que ela realmente queria contar. Desde então, escreveu dois outros romances de ficção histórica, incluindo The Child of Auschwitz, uma história que se viu compelida a escrever quando leu sobre uma mulher que deu à luz uma criança depois de sobreviver a um campo de concentração.

O Segredo da Livraria de Paris é o primeiro livro da autora publicado aqui no Brasil, mas espero que a Editora Gutenberg publique outros em breve.

 

camila guello assinatura blog leitora compulsiva
 

16 comentários sobre “O Segredo da Livraria de Paris, de Lily Graham #Resenha

    1. Camila - Leitora Compulsiva Autor da Postagem

      Oi, Eliane.
      Esse não é exatamente um romance de época propriamente dito! Acho que podemos dizer que ele é um romance histórico.
      Senão, pode ficar a impressão que ele é uma daquelas histórias de amor que se passa nos tempos dos duques e condes ingleses!! Rs…
      beijos

  1. Fernanda Souza

    Oi Camis
    Adoro livros que falam sobre a Segunda Guerra e achei a premissa da história bem curiosa.
    Já anotei sua dica aqui.
    beijo da Nandinha

  2. Ivi Campos

    Estou muito curiosa pra ler este livro porque eu gosto muito de livros que tragam a ambientação da segunda guerra e também por causa dessa coisa da livraria. Que bacana você ler sem esperar muito e ser surpreendida positivamente!!!
    Beijos

  3. debyhsama

    Olá,
    Antes de mais nada preciso dizer que jamais leria esse livro pela capa, porém lendo sua resenha a história me interessou. Gosto de dramas neste estilo, mesmo não sendo fã de livros que se passam em épocas tão distante, mas parece bom sim.

  4. Maria José

    OI, achei bem interessante isso que você mencionou de ser um livro narrado em vários presentes diferentes, e sendo um livro curto que pode ser lido rapidamente, tendo partes ambientadas na Segunda Guerra, fica ainda mais interessante. Já quero ler!

  5. Mônica

    Eu li e gostei de O Segredo da Livraria de Paris. A história é envolvente a meu ver, mas acho que o modo como foi colocado o pai da protagonista, não fez jus ao que ele era. Durante toda a leitura a mãe da protagonista foi super valorizada, enquanto o pai ficava como um segundo plano, em momento nenhum a protagonista se dirigiu a sua pessoa como pai mesmo depois de saber se toda a história. Por favor, ele salvou vidas e ainda morreu tentando salvar os que amava, enquanto a mãe dela morreu por ter feito um ato estupido. Achei descaso, isso me decepcionou. Mas no resto o livro é bom e da pra prender a atenção e liberar alguns sentimentos durante a leitura.

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