Leitora Compulsiva

A Honra das Terras Altas, de Hannah Howell #Resenha

a honra das terras altas hannah howell os murrays resenha editora arqueiro blog leitora compulsivaTítulo: A Honra das Terras Altas

Título Original: Highland Honor

Série: Os Murrays #02

Autor(a): Hannah Howell

Editora: Arqueiro

Ano: 2020

Páginas: 272

Tradução: Livia de Almeida

Sinopse: AQUI

Download do 1º Capítulo: AQUI

Onde Comprar o livro: Amazon, Submarino, Buscapé

Onde Comprar o E-Book: Amazon (Kindle)

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No último mês de março, a Editora Arqueiro finalmente lançou o livro A Honra das Terras Altas, segundo volume da série Os Murrays, da autora Hannah Howell. Essa série é a primeira medieval da coleção de romances dos romances de época da editora e muitos leitores já estavam super ansiosos por essa continuação. 

Apesar de não ter morrido de amores pelo primeiro volume da série, eu achei a leitura interessante e decidi continuar a ler os outros livros… Por isso, assim que esse segundo livro foi lançado, pedi um exemplar digital pela parceria e hoje conto para vocês se valeu a pena!! Rs…

Sobre o que é “A Honra das Terras Altas”?

A Honra das Terras Altas é o segundo livro da série Os Murrays e nos traz uma história ambientada na França, no ano de 1437. Então vocês perguntam: Como assim na França?! Não era uma série das Terras Altas?! Calma que continua sendo!! Rs…

No primeiro livro da série acompanhamos, entre outras coisas, a história de amor entre Balfour Murray, senhor de Donncoil e líder do clã dos Murrays, e Maldie Kirkcaldy. Ao final da história, descobrimos que Nigel Murray, irmão de Balfour, está de partida para a França para se tornar um mercenário e lutar na guerra contra os ingleses. Essa foi a forma que ele encontrou de se afastar da mulher que ama e não pode ter…

Agora, nesse segundo livro, sete anos se passaram e Nigel Murray já está cansado de lutar. Sua vida se resume a batalhas, mulheres fáceis e toda a bebida que conseguir tomar… Falta-lhe um propósito!

Desde que chegara à França, vinha afundando cada vez mais na bebida e nos braços de uma multidão de mulheres sem rosto e sem nome. As batalhas ocasionais contra os inimigos ingleses ou franceses do senhor que estivesse pagando por sua espada na ocasião eram a única coisa que o fazia interromper aquele ciclo contínuo de libertinagem. Nigel sabia que tinha sorte de ainda estar vivo após sete anos de tamanha estupidez. (…) E por quê? Era essa a pergunta que precisava fazer a si mesmo. No início, o vinho e as mulheres haviam sido um alívio para o anseio em seu coração, uma tentativa de aliviar a dor que o fizera deixar seu lar, a Escócia e Donncoill. Agora, suspeitava que isso houvesse se tornado um hábito. O vinho oferecia um entorpecimento tentador, uma bem-vinda incapacidade de pensar, e as mulheres proporcionavam a seu corpo um alívio temporário. Não, não valia a pena pôr sua vida em risco por isso, concluiu ele, com convicção. Quando deixara a Escócia, havia garantido aos irmãos que não estava indo para a França para tentar morrer em batalha. Tampouco queria morrer num estupor alcoólico.

E bem no momento em que Nigel se dá conta de que está jogando sua vida fora, algo pelo que lutar de verdade aparece bem na sua frente: uma minúscula mulher de cabelos pretos e cortados bem curtos, tentando se passar por um jovem pajen no meio da batalha.

Gisele DeVeau não apenas sofreu todo tipo de abuso nas mãos de um marido horrível, como agora está sendo caçada pela família dele e acusada injustamente de seu assassinato brutal. Os DeVeau são uma família cruel, que não perdoa e nem poupa recursos para acabar com seus inimigos. Uma boa recompensa foi oferecida por Gisele e muitos estão à sua caça. Nem mesmo sua família acredita na inocência da moça.

Mesmo sem ter nada a ver com isso, Nigel não consegue virar as costas para a situação de Gisele. Ele decide que qualquer coisa que o tire do caminho da autodestruição é uma boa causa, mas não é só por isso que ele decide oferecer seus serviços à jovem moça! Ele nem mesmo acredita que ela não tenha matado o marido, mas há algo nela que o faz querer mantê-la a salvo. E se há um lugar em que ele pode garantir a sua segurança é nas terras de sua família na Escócia.

Nigel e Gisele partem em uma viagem perigosa por terras francesas, tentando chegar ao litoral, de onde poderão partir para para as Terras Altas. No caminho vão enfrentar os mais diversos perigos, mas também terão tempo para encarar uma paixão avassaladora que surge entre eles.

O que esperar desse livro?

Como eu disse no começo dessa resenha, não cheguei a me apaixonar pelo primeiro livro da série! Criei muitas expectativas, fiz uma ideia bem errada da história e acabei me desapontando e ficando irritada com uma porção de coisas… Apesar de ter classificado a leitura como morna, alguma coisa me fisgou e fiquei curiosa em dar sequência na série! Rs…

E aqui estou em, depois de ler o segundo livro… Só para dizer que me surpreendi positivamente com essa história!! Rs… Não que já tenha atingido o nível “Coca-cola gelada numa tarde de sol”, mas acho que, agora que eu já sabia o que esperar da história, acabou sendo uma leitura mais interessante!!

A trama em si é mais lenta e menos cheia de ação que a do primeiro livro e muita coisa se repete o tempo todo. A história se concentra basicamente na fuga de Nigel e Gisele pelo território francês. Eles encontram inimigos, fogem a cavalo e conseguem escapar, param para descansar, fazem amor e no dia seguinte encontram inimigos, fogem a cavalo e conseguem escapar, param para descansar e… adivinhem?! Fazem amor!! Rs… Tá bom, sei que tem uma variação ou outra, mas no geral é basicamente isso que acontece por quase todo o livro! Rs…

Entretanto, apesar de não ter achado muita graça nisso, de alguma forma me vi presa na leitura e não consegui parar de ler o livro. Por eu ter uma ligação muito forte com noção de justiça, a ideia de que Gisele estava sendo acusada por um crime que não cometeu (embora tivesse todos os motivos para isso), me prendeu! A história de vida dela estimulou minha empatia e me apeguei a ela! Da mesma forma me apeguei ao Nigel pela sua honradez. Achei bacana ele decidir ajudar Gisele mesmo sem ter certeza se ela era inocente. Sabendo tudo o que ela passou, ele simplesmente pensou que, se ela tivesse matado o marido, tinha motivos bem razoáveis para isso! Rs…

Vale lembrar que essa é uma história escrita há 20 anos e que se passa em 1737! Então, a gente acaba encontrando algumas coisas que podem parecer estranhas aos nossos olhos críticos dos dias atuais, mas é só ter maturidade e dá para superar tudo!! Rs… A narrativa não tem o mesmo frescor e humor que encontramos nos romances de época mais atuais, mas mesmo assim dá para encarar numa boa.

Eu queria mais desenvolvimento em algumas coisas, até queria. Mas no geral fiquei bem satisfeita com a leitura de A Honra das Terras Altas e valeu a pena ter insistido na série! Agora já quero o terceiro!! Rs…

Sobre a autora e seus outros livros…

Hannah Howell é americana e autora de mais de 40 romances históricos. Muitos de seus livros são ambientados na Escócia medieval. Ela também publica sob os pseudônimos Sarah Dustin, Sandra Dustin e Anna Jennet.

A Honra das Terras Altas é o segundo livro da série Os Murrays, que, até a publicação desse post, já tem 26 livros. Boa parte dessa série chegou a ser publicada aqui no Brasil no formato “banca”, em edições da Nova Cultura. Agora, a Editora Arqueiro traz essas edições lindas, em novo formato, com novos títulos, novas capas e novas traduções.

O primeiro livro da série se chama O Destino das Terras Altas e o próximo livro se chamará A Promessa das Terras Altas e já tem capa definida. Só não temos ainda previsão de lançamento!

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Uma outra série da autora chegou a ser publicada parcialmente pelo selo Lua de Papel, da Leya. A série é Wherlocke e os livros publicados foram: A Vidente, A Sensitiva, A Intuitiva, O Escolhido. Ainda existem três livros dessa série que não foram publicados por aqui…

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12 comentários sobre “A Honra das Terras Altas, de Hannah Howell #Resenha

  1. FERNANDA ALVARENGA DE ASSIS

    Ei Camis.

    Eu também não morri de amores pelo primeiro livro não rs, mas gostei. Esse eu gostei mais do Nivel do que do mocinho do 1, por outro lado achei também bem lento tudo. Nunca mais eles saiam do meio daquele mato kkk.
    Mas no geral também li rápido sem conseguir largar.
    bjs

  2. eliane

    ola camila
    eu amo romances de epoca e quando se passa nessa epoca eu gosto muito consigo entender os costumes da epoca e acho que a autora tem que ser fiel a epoca
    amei a sua resenha .eu tenho esse livro mas em formato de romances de banca

  3. Rayssa Bonai

    Olá! ♡ A premissa deste segundo livro chamou muito mais minha atenção do que a do primeiro. Estou bem curiosa para ver a relação de Nigel e Gisele ir se desenvolvendo ♡
    Nunca li nada da autora, mas gosto bastante que ela goste de desenvolver seus romances na Escócia Medieval, estou curiosa para conferir suas obras ♡
    Beijos ♡

  4. rudynalva

    Camis!
    Quando criamos muitas expectativas sobre um livro, por evzes nos decepcionamos.
    Amo história com highlanders e sinto que não tenha tido tanta dinamicidade por se passar apenas em um lugar, ainda assim, dá aquela vontade de visitar as terras altas, mesmo sem ter lido o primeiro livro.
    cheirinhos
    Rudy

  5. Rayane B. de Sá

    Oiii ❤ Que bom que esse livro é melhor que o anterior, pois eu já li algumas resenhas reclamando sobre aspectos do primeiro livro.
    A premissa de Gisele precisar fugir por ser acusada de matar o marido e Nigel ajudá-la chamou minha atenção, além de que gosto de romances nesse estilo.
    É uma pena que a obra seja um tanto previsível já que certas coisas acabam se repetindo ao longo da trama.
    Mas gostaria de dar uma chance à essa leitura e a essa série.
    Beijos

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