Título: Tash e Tolstói
Editora: Seguinte
Ano: 2017
Páginas: 376
Tradução: Ligia Azevedo
Sinopse: AQUI
Download do 1º Capítulo: AQUI
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Onde Comprar o E-Book: Amazon (Kindle), Livraria Cultura
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No mês de julho recebi uma prova do livro Tash e Tolstói, que está sendo lançado agora em agosto e fiquei curiosa com o fato de essa ser uma história sobre uma garota assexual. Olhem só que bacana o trecho final da carta escrita pelo pessoa da Seguinte sobre o isso:
Na Seguinte, sempre nos preocupamos em publicar livros nos quais todos os jovens se sintam representados – independentemente do gênero, classe social, cor da pela, orientação sexual. A assexualidade é uma orientação sexual muito invisibilizada: quase não se fala sobre isso, e ninguém parece saber o que o A da sigla LGBTQIA significa. Por isso, a decisão de lançar esse livro se deu não só por se tratar de uma história absolutamente adorável, divertida e bem escrita. A importância de Tash e Tolstói também está no fato de que é a primeira ficção jovem adulta sobre assexualidade no Brasil.
Sobre o que é “Tash e Tolstói”?
“Tash e Tolstói” conta a história de Natasha Zelenka, uma jovem de 16 anos apaixonada por Liev Nikoláievitch Tolstói, que ela chama carinhosamente de Leo. Bastou Tash começar a ler Anna Kariênina que se apaixonou perdidamente por Tolstói e desde então o autor se tornou sua grande obsessão! Esse amor pelos livros de Tolstói a levou a criar e produzir – junto com sua melhor amiga Jacklyn Harlow – uma websérie amadora chamada Famílias Infelizes, que traz uma versão contemporânea de Anna Kariênina.
O que as amigas não imaginavam é que Famílias Infelizes iria viralizar! Bastou a indicação de uma youtuber famosa para que o canal das meninas ganhasse milhares de seguidores e fãs da noite para o dia. Claro que junto com a fama e com as mensagens maravilhosas dos fãs vem as críticas e os haters. E quem sabe como Tash e Jack lidarão com isso…
Tash fica animadíssima com todo o sucesso da websérie e quando Famílias Infelizes é indicada para o prêmio Tuba Dourada, uma espécie de Oscar das webséries, ela fica completamente pirada! Além de ter a chance de ganhar seu primeiro prêmio, Tash ainda vai ter a oportunidade de conhecer pessoalmente Thom, um youtuber por quem sempre teve uma paixonite e com quem troca mensagens há algum tempo!! Tash realmente acredita que ela e Thom podem ter um relacionamento de verdade. Ela só terá que criar coragem para contar a Thom que é uma assexual romântica – uma garota que se interessa romanticamente por garotos, mas que não tem a menor atração física e sexual por eles!!
O que esperar desse livro?
Com um texto bem escrito e uma trama moderna, “Tash e Tolstói” é um livro com uma proposta super interessante, voltado para leitores jovens e que tem tudo para agradar aqueles que se identificam com esse universo virtual, que sonham com a fama na internet e que medem o sucesso pelo número de seguidores e likes!
A história criada por Kathryn Ormsbee traz ainda um tema pouco conhecido: a assexualidade. Tash é uma garota bonita e que se interessa por rapazes. Ela gosta de conversar, trocar mensagens e se conectar emocionalmente com eles, mas a ideia do contato sexual não desperta absolutamente nada nela! Tash nem mesmo tem interesse em beijar um garoto… Mas como explicar isso para as pessoas?! Até mesmo a internet traz poucas informações sobre isso e é até mesmo complicado convencer as pessoas de que ela está falando a verdade sobre seus sentimentos!
Em relação a essa abordagem, fiquei feliz em encontrar uma história que abre espaço para a discussão do assunto. Acredito que muitos jovens – e adultos – sentem o mesmo que Tash, mas não entendem o que acontece com eles. Muitos pensam que há alguma coisa de errado com eles e que é melhor fingir que estão satisfeitos com as relações sexuais quanto não estão… O que é uma pena!!
Infelizmente, com a história em si, não fiquei tão empolgada!! Vejam bem… O livro é bem escrito, bem desenvolvido, mas não me cativou… Não consegui sentir nenhuma ligação com a protagonista, seja pela idade, seja pelos interesses, seja pelo comportamento… A verdade é que a Tash me irritou! Ela enfrenta problemas com a sua assexualidade?! Ok! Todo mundo tem problemas… Isso não dá o direito a ela de ser uma pessoa mandona, egoísta e principalmente uma péssima amiga!!
Apesar de ser blogueira há oito anos e produzir conteúdo para as redes sociais, percebi com esse livro que não me identifico com essa ânsia das novas gerações pelos likes, pelos seguidores e pela fama virtual! Sou do tipo de pessoa velha que fica feliz com a quantidade de cerveja que toma com os amigos e não com os “joinhas” que recebe de desconhecidos na internet!!! Rs… Claro que eu amo todos vocês, conhecidos e desconhecidos que entram aqui no Leitora Compulsiva para ler minhas resenhas, mas não é o número de visualizações que me define!! Rs… #soudessas
Eu brinco assim, mas não é uma crítica a esse ou aquele estilo de vida… É só para dizer que o livro é ótimo, mas não curti e a culpa foi minha. Se eu tivesse lido a sinopse com calma, teria percebido as pistas de que não era um livro para mim…
Sobre a autora e seus outros livros…
Kathryn Ormsbee gosta de roupas dos anos 60, música dos anos 70 e filmes dos anos 80, mas nasceu nos anos 90. Natural do Kentucky, nos Estados Unidos, já morou na Espanha e na Inglaterra e foi professora de inglês. Hoje vive na cidade de Nashville e, além de se dedicar à escrita, também dá aulas de piano.
É autora da série infanto-juvenil Chronicle Books e dos YA’s Lucky Few, Tash Hearts Tolstoy (Tash e Tolstoi) e de The Great Unknowable End – que será lançado no próximo ano.
Adoro os livros do Tolstói e fiquei super curiosa para ler esse livro! Adorei a sua sinceridade e acho que tenho mais chance de gostar porque sou mais nova e até tenho um canal no youtube!
Beijinhos
Oi, Nana!!
Quem sabe o livro seja mesmo para pessoas mais novas como você!
Espero que faça uma ótima leitura!
Beijos
Camiiiilllaaa… Como assim você tá velha, sua louca?! Até parece!! Me identifiquei com o papo da cerveja e eu tenho 23 anos!! Rs… Mas entendo você e já passei por isso. Mas achei bacana você indicar o livro mesmo sem ter curtido!
Oi, Carol…
Esse negócio de envelhecer é assim mesmo!!!
Mas depois dos 18, uma cervejinha sempre cai bem!! kkkkk
Beijos
Camis!
Se o livro traz todo esse drama e ainda uma protagonista assexuada e toda insegura, além do fato de ser um enredo totalmente inédito na minha opinião, claro que quero ter a oportunidade de fazer a leitura.
Mesmo que pareça um enredo previsível.
Uma pena que o livro não foi tão bom para você e entendo perfeitamente porque…
“Para cultivar a sabedoria, é preciso força interior. Sem crescimento interno, é difícil conquistar a autoconfiança e a coragem necessárias. Sem elas, nossa vida se complica. O impossível torna-se possível com a força de vontade.” (Dalai Lama)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE AGOSTO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
Oi, Rudy!
Espero que faça uma ótima leitura!
Beijos
Camis, eu gostei da premissa do livro e já estava começando a querer ler, quando leio que “…Isso não dá o direito a ela de ser uma pessoa mandona, egoísta e principalmente uma péssima amiga!!…”. Pronto, a vontade passou! ahahahahaha Aff… não tenho paciência pra personagem assim, não. Já desisti da leitura.
E quanto a “Sou do tipo de pessoa velha que fica feliz com a quantidade de cerveja que toma com os amigos e não com os “joinhas” que recebe de desconhecidos na internet!”, toca aqui, mermã, porque eu sou igualzinha! o/ rsrsrs
Adorei o post! 🙂
Beijos!
Oi, San.
Não quis jogar água no seu chopp, mas acho que esse é um livro para essa nova geração que se identifica com essa vontade louca de fama pela internet…
Infelizmente achei que a autora perdeu a chance de trazer uma discussão bacana sobre a assexualidade, deixando o tema em segundo plano! Confesso que senti que ela só falou sobre isso para ganhar o status de autora inclusiva e sei lá mais o que!
Uma pena!!
beijos
Olá, Camila!
Eu realmente não conheço muito sobre assexualidade, mesmo se eu conseguisse bem compreender um assexual, até mesmo porque vejo que quando não se quer uma vida sexual, bastaria isso para poder compreender.
Mas explicar ou diferenciar isso dos casais mais das antigas (aqueles que não beijam e transam até depois do casamento) é um pouco mais complicado.
Acho que também vejo que não é tão importante ser super seguida online para ser feliz, mas também vejo que o curtir e comentar para muitos é o único modo de ser visto, seja pelas pessoas quanto pelas marcas que buscam os youtubers, instagrammers, twitteiros e blogueiros mais famosos. Já até participei de um concurso que quem ganhava era quem tinha mais likes em sua foto, mas me dei mal ao sem querer ofender alguém online só porque queria ganhar muito. No final fiquei tão magoada quanto a pessoa que magoei.
E sinto uma leve inspiração em Os Diários Secretos de Lizzie Bennett para a minissérie da Tasha, já que a webssérie também é uma adaptação moderna de um clássico da literatura, Orgulho e Preconceito.
Um abraço!
Oi, Lê.
Acho que as pessoas se iludem demais com os likes. As curtidas não são sinal de que as pessoas gostam de você!!
Eu me lembro desse concurso que você tentou ganhar… Mas acho isso uma bobagem porque hoje existem programas de curtidas e não vejo sentido nisso! Acho que a editora poderia usar outra fórmula!!
Beijos