Semana Especial “Crianças Peculiares”: o Filme!
Conheçam o filme “O Lar das Crianças Peculiares” e descubram quais as semelhanças e diferenças entre ele e a obra de Ransom Riggs!
A Semana Especial “Crianças Peculiares” está chegando ao fim, mas não poderíamos deixar de falar sobre o filme dirigido por Tim Burton, baseado na obra de Ransom Riggs, não é mesmo? O filme estreou aqui no Brasil no dia 29 de setembro e está dando muito o que falar…
Título: O Lar das Crianças Peculiares
Título original: Miss Peregrine’s Home For Peculiar Children
Duração: 127 min.
Direção: Tim Burton
Roteiro: Alejandro González Iñárritu e Mark L. Smith
Obra original: Michael Punke
Elenco: Eva Green, Asa Butterfield, Ella Purnell, Allison Janney, Samuel L. Jackson
Ano: 2016
Sinopse: Após a estranha morte de seu avô (Terence Stamp), o jovem Jake (Asa Butterfield) parte com seu pai para o País de Gales. Lá ele pretende encontrar a srta. Peregrine (Eva Green), atendendo ao último pedido do avô, que lhe disse que “ela contará tudo”. Só que, ao chegar, descobre que o local onde ela viveria é uma mansão em ruínas, que foi atingida por um míssil durante a Segunda Guerra Mundial. Ao investigar a área, Jake descobre que lá há uma fenda temporal, onde a srta. Peregrine vive e protege várias crianças dotadas de poderes especiais.
Para analisar o filme ‘O Lar das Crianças Peculiares” precisamos levar em conta dos aspectos distintos. O primeiro deles é o fato de ser um filme do excêntrico diretor Tim Burton e o segundo o fato do filme ser uma adaptação de um livro. E sendo assim, já adianto que analisando somente o filme, achei tudo muito incrível. Já enquanto adaptação, deixou muito a desejar…
Tim Burton se consagrou no cinema dirigindo filmes que alguns podem chamar até mesmo de excêntricos. Os cenários coloridos, os personagens intrigantes e um pouco malucos se tornaram sua marca registrada! E podem ter certeza que tudo isso está presente em “O Lar das Crianças Peculiares”. O universo peculiar criado por Ransom Riggs parece ter sido encomendado pelo Tim Burton… A estranheza e o clima sinistro combinam perfeitamente com o diretor! rs…
As atuações dos peculiares foram ótima! Tá… Não sou crítica de cinema e estou mais para Glória Pires quando o assunto é avaliar esse tipo de coisa mais técnica, mas como uma mera espectadora me senti convencida pelos atores. Acreditei de verdade que aquelas eram as crianças peculiares!! Rs… O que deixou a desejar um pouco foram os vilões, que ficaram com um ar meio canastrão, mas valeu!!
E o que dizer da Eva Green como Srta. Peregrine?!! Caramba, ela ficou linda!!! Nada a ver com a a Srta. Peregrine mais idosa que eu imaginava, mas adorei o visual e o ar mais divertido da diretora no filme!
No geral, analisando o filme só enquanto filme, gostei bastante da produção, da escolha dos atores, do ritmo, da ação e até mesmo das piadinhas!!
E agora é que vem a parte chata… Analisar o filme enquanto adaptação! E chato porque fiquei super decepcionada com as mudanças que fizeram no enredo, nos personagens e principalmente no final, que para mim inviabilizou completamente a gravação de novos filmes da série, baseados em Cidade dos Etéreos e em Biblioteca de Almas!
O filme começou bem… É claro que as coisas no cinema tendem a acontecer bem mais rápido do que nos livros, mas até aí tranquilo! Então lá estava Jacob, com problemas para lidar com a morte do avô e seus pais decidem levá-lo ao terapeuta, o Dr. Golan… Ops! Não… Dra. Golan, já que no filme é uma mulher que faz o papel. Tá… Mas isso nem é muito importante para a trama…
E então Jacob vai para a ilha, encontra os peculiares e a Srta. Peregrine. Agora é que a coisa começou a pegar para mim… Quem leu o post sobre os Personagens do universo peculiar deve saber que existem, entre as crianças peculiares, duas garotas: Emma e Olive. Emma tem o poder de criar e controlar o fogo com as mãos e Olive é uma menininha mais leve que o ar, que precisa usar sapatos de metal ou ser presa a uma corda para não ser levada pelo vento…
Mas no filme, sei lá por qual motivo, Emma é a garota mais leve que o ar… E não só, ela é capaz de soprar rajadas de vento impressionantes! Bom, sobrou para Olive ser a garota que cria fogo com as mãos – ainda que para isso ela tenha ganhado uns bons anos a mais.Ah… Melhor nem comentar nada sobre as idades das crianças, porque ficou tudo bagunçado…
Mas voltando à Emma… Com essa mudança do dom da garota, Tim Burton resolveu usar e abusar de cenas novas e visualmente cheias de efeitos! Foi ventania para tudo o que foi lado e mais uns momentos românticos do Jacob empinando a namoradinha… Rs!
Olhem só… se fosse só essas mudanças na história, eu juro que não estaria reclamando… Mas sério… Precisava transformar os vilões em um bando de atrapalhados e canastrões? De onde é que surgiram tantas piadinhas – já que do livro é que não foi?! Ah… E o final?! Claro que não vou contar o que aconteceu, mas para mim foi um balde de gelo! Sabem todos aqueles desafios encontrados por Jacob e seus amigos ao longo dos três livros para finalmente derrotarem o mega blaster master vilão?! Então, nada disso acontece… Os vilões são bobos, os desafios são bobos e então tudo termina com flores e corações! Nãããão!! Definitivamente nããão… Esse não é o universo peculiar de Ransom Riggs! Rs…
No final das contas acho que tanto o livro quanto o filme tem seus méritos! São mídias tão diferentes e seria estranho se as histórias dos livros não fossem modificadas para o cinema! Não ligo de encontrar diferenças entre livros e seus filmes, desde que a adaptação respeite a essência dos personagens e da história, o que, infelizmente, não foi o caso de “O Lar das Crianças Peculiares”. Passei boas duas horas de diversão no cinema, mas foi só!
Quero assistir ao filme, mas vou ler os livros primeiro porque acho que vale mais a pena!!!
Até mais
Oi, Mari.
Vale mesmo mais a pena ler os livros!
rs…
beijos
Olá, Camila!
Já na resenha do O Lar da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares (sim, meio que adotei o nome da Intrínseca) já ficava me questionando se o final do filme ia ser o mesmo do livro. Traduzindo: Srta. Peregrine fica como pássaro no fim! Bem, parabéns, porque tirou um peso das minhas costas com essa questão e a minha decisão de ver o filme, apesar de indiretamente dar um belo spoiler!!! Calma, pelo menos, fui eu que subentendi o final só de ler a sua análise e já saber dos livros por aí. Bem, você já sabe que eu poderia fazer amizade com a River Song sem medo de spoilers…
Mas já percebo que Tim Burton, assim como outros grandes diretores, tem medo de fazer continuações. Basta lembrar que a continuação de sua versão de Alice no País das Maravilhas, lançada meses atrás, não foi dirigida por ele!!!! Sei que em Hollywood há mesmo um tabu em relação à continuações porque elas normalmente acabam tendo uma pior qualidade do que os originais, servindo só mesmo para atender uma demanda de público do que de crítica. Só mesmo O poderoso chefão 2 venceu esse tabu e o Oscar também. Somente se a história precisa mesmo de uma continuação, que já foi planejada e imaginada, é que ela dá certo, como nos casos de Star Wars, Harry Potter e o universo de O Senhor do Anéis, sendo que esses últimos vieram de livros (mas todo mundo sabe disso). E nem sempre mandar uma série de livros para o cinema é garantia de sucesso. É só lembrar de Eragon, Percy Jackson ou da atual indefinição sobre a segunda parte da adaptação de Convergente virar filme ou série de TV. E acho que foi esse tipo de situação que Tim Burton quis evitar mudando o final, mesmo que ele mesmo já esteja ciente que o fato de o filme ser dele já o marca para o sucesso, o que realmente ocorreu com O lar das Crianças Peculiares, já que ficou em 1º lugar na bilheteria na semana de estreia. Mas com tantos filmes esperados sendo estreados ao mesmo tempo por aí, dá para compreender esse medo naturalmente.
No final, o filme serviu mais para apresentar o universo dos peculiares para quem não leu ainda, e alimentar o meme “Leia o livro!!!!!”.
Também comentei no post sobre os peculiares que estranhei essa troca entre Emma e Olive no filme, mas acho que além do shippar do Burton, penso que os efeitos de ar são mais espetaculares de se ver no vídeo que os de fogo. Também já que tem muita gente que mexe com fogo no cinema e na TV, como o Tocha Humana do Quarteto Fantástico, que o fogo já se tornou uma coisa banal nos efeitos especiais. E pensar que eu li que esse foi o filme que menos usou efeitos especiais de toda a filmografia do Burton… Pelo menos nos cenários, não tinha muito chromakey mesmo, mas nos personagens, meio que duvido disso.
Mesmo assim, ainda penso em ver o filme, já que estou mais tranquila com o final da Srta. Peregrine!
Um abraço!
Oi, Lê.
Por mais que eu saiba que cinema e literatura sejam duas coisas bem diferentes e que cada uma tenha a sua linguagem, não entendo essa necessidade que alguns roteiristas e diretores tem de mudar uma história que já tem uma porção de fãs e que funciona bem! Acho que é só para colocar a sua marca na história! Será mesmo que um cara como Tim Burton precisava ter feito tantas alterações assim só para criar cenas melhores? Aposto que ele criaria uma cena incrível mesmo com o dom da Emma em criar fogo.
E pra que mudar a história? Será que esses caras ainda não entenderam que esse tipo de coisa só atrai revolta e crítica ruim?! Meu marido que não leu as histórias disse: Achei o filme legalzinho, mas não vi porque você gostou tanto assim dos livros… Ou seja, o filme não passou a mesma impressão dos livros. Acho que não chegou nem perto!
Será que esse povo do cinema não consegue aprender com os erros? Basta ver os filmes do Harry Potter, que respeitaram a história dos livros e fizeram um sucesso insano. Depois olha para os filmes de Percy Jackson que mudaram tudo e foram um fiasco… HUm… É tão difícil entender?!
Beijos
Oi, Camila.
Que pena saber que houve tantas alterações no filme, para com o livro. Estou bem decepcionada. Pretendo assistir, mas só por curiosidade e bem mais adiante. Quero ler os livros com calma e apreciar a leitura, que eu sei que vou me encantar! Obrigada por sua resenha do filme, suas palavras são sempre esclarecedoras e sinceras. Beijos!
Oi, Márcia.
Fico triste quando uma história é alterada radicalmente no cinema, mas eles devem ter seus motivos.
Se não levarmos em conta tudo isso, até que é um filme bacana!
beijos
Sério, Camis? Eu vi o filme, então fiquei meio desanimada para ler o livro, mas já que você diz que são completamente diferentes, vou conferir!! Beijos! 😉
Ai, Vi.
Que pena! O filme é meio tosco!
Os livros são bem mais interessantes! Mas é bom fazer um test drive antes de sair comprando a coleção toda porque tem gente que não gostou muito! rs…
beijos
Oi Camis….
É uma pena que apesar de o filme ser bom tenha tido tantas mudanças em relação ao livro. Ainda não li esse livro e nem assisti ao filme ( o que pretendo fazer em breve). Sendo Tim Burton tenho certeza que o filme promete…. Acredito que vale a pena assistir mas sem muitas expectativas em relação à leitura…
Beijinhos….
O filme é bacaninha e bem feito, mas não tem muito a ver com a história original! Eles mudaram tanta coisa que ficou até meio tosco.
Pensando nele só como filme é divertido, mas como adaptação ficou pobre demais!
Beijos