Tamara, Tab, Abdul e Chang, apesar de representarem países diferentes, tem o mesmo objetivo de evitar uma Guerra. Os três primeiros trabalham para o governo dos EUA e são responsáveis por monitorar as ações dos Jihadistas e impedir a compra e venda de armas chinesas em Chade, na África.

Chang Kai é funcionário do governo Chinês e faz parte do alto escalão. Ele tenta fazer com que os seus líderes percebam que existem maneiras diferentes de lidar com a retaliação americana, mas também precisa pensar na sua sobrevivência. Afinal, a China é comunista e ele não pode simplesmente ir contra a decisão do seu Soberano. Abdul é um agente infiltrado que está atrás do responsável pela compra das armas em Chade e tem como missão entregar Chang para a CIA.

Eles vão fazer de tudo para evitar a Guerra.

A Guerra nunca foi o foco desses países, mas nem sempre é possível evitá-la. A vaidade do ser humano acaba atrapalhando a razão e, ao invés de uma conversa, tudo é feito através de violência, como se fosse uma vingança, e esse fosse o único caminho a ser seguido. À medida que tudo é respondido na base da violência, os líderes mundiais se veem sem saída, e vão começar a contra atacar mesmo que isso signifique a morte dos seus conterrâneos.

Nunca é um livro lento, mas que te prende do começo ao fim. Você torce, assim como todos os personagens, para que a Guerra seja evitada a todo o custo. No entanto, apesar de quererem a paz, os líderes mundiais precisam defender o seu País e a sua população. A Guerra vai acontecer e a única coisa que não sabemos é quem vai dar o primeiro passo, quem vai ser o responsável por aniquilar grande parte da população mundial.

Ken Follett vai nos mostrar o lado humano por trás de todas essas decisões e vamos sentir na pele que não é fácil escolher atacar ou se defender. Mesmo a maior potência mundial se vê sem opção a não ser contra atacar.

O aspecto humano é exatamente o que eu sempre imaginei que as pessoas fariam quando a Guerra se aproxima: casamentos são realizados, festas são feitas, tudo é motivo de comemoração, mas também decisões que foram adiadas finalmente são tomadas, as pessoas só querem aproveitar o que resta da vida delas ao lado de quem amam e tudo, absolutamente tudo, é motivo de comemoração.

Ao contrário dos outros livros do autor, Nunca é totalmente ficcional e vai mostrar que nem sempre os Países querem uma Guerra, mas depois que o primeiro passo é dado é impossível voltar atrás.

Tudo começa com um erro, um pequeno erro que poderia ser evitado!