Título: Dezenove Luas

Série: Caster Cronicles

Autor(a): Margaret Stohl e Kami Garcia

Editora: Galera Record

Ano: 2013

Páginas: 322

Tradução: Regiane Winarski

Sinopse no Skoob

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“Dezenove Luas” é o quarto livro e último livro da série Caster Chronicles, ou série Beautiful Creatures como ficou conhecida no Brasil. Os três primeiros livros da série são: Dezesseis Luas, Dezessete Luas e Dezoito Luas.

Recentemente o primeiro livro da série virou filme e acho que esse foi o primeiro contato que muita gente teve com a série. O que é uma pena, porque o filme não fez jus ao livro e quem só foi ao cinema pode ter uma péssima impressão dessa história. Não que o filme seja tão ruim… Quer dizer… Já vi adaptações bem piores!! Acho que o problema maior é que os atores escolhidos para interpretar os protagonistas não convenceram. Eles simplesmente pareciam velhos demais…

Tá… mas pode ser que vocês não tenham visto o filme e nem saibam do que é que estou falando, não é mesmo?! Então vamos ao resuminho básico e sem spoilers sobre os três primeiros livros, antes de comentar sobre o último livro.

Essa série conta a história de Ethan Wate, um jovem morador da cidadezinha de Gatlin. O sonho do garoto sempre foi dar o fora da cidade, mas isso muda com a chegada de Lena Duchannes, a sobrinha do “esquisitão” da cidade. Ethan descobre que Lena é a garota com quem vinha sonhando e logo  o percebe que está apaixonado por ela. Mas Lena não é uma garota normal e sim uma Conjuradora. Ao longo do primeiro livro somos introduzidos no mundo dos Conjuradores. Acompanhamos, junto com Ethan, os meses que antecedem o décimo sexto aniversário de Lena, data na qual ela será invocada para a Luz ou para as Trevas. Ethan descobre ainda que toda a Gatlin esconde segredos, até sua própria mãe fazia parte deste universo sobrenatural. Junto com Ethan vamos descobrindo que nem todo mundo é quem parece e que sua história com Lena é mais antiga do que podia imaginar. O final do primeiro livro nos traz o primeiro confronto entre os Conjuradores das Trevas e os Conjuradores da Luz.

Já no segundo livro, a história começa a ficar mais sinistra! No final do primeiro livro Lena perde uma pessoa muito querida e não consegue lidar com isso! Ela começa a se  fechar, se afastar de Ethan e se envolve com um motoqueiro sinistro!! Mas Ethan a ama e não desistirá dela tão facilmente!! Logo de cara ele percebe que esse motoqueiro tem alguma coisa de errado e não vai sossegar enquanto não livrar Lena das influências do cara! E novamente temos uma grande luta entre o Bem e o Mal e as coisas não terminam muito bem para alguns dos personagens secundários do livro.

No terceiro livro a coisa toda se torna o maior caos. A cidade de Gatlin é tomada por uma onda de calor e uma praga de gafanhotos. A ordem das coisas está comprometida e Lena, Ethan e seus amigos procuram uma forma de restabelecer o equilíbrio, mas não será fácil. Ethan descobre que Amma, que o criou desde que perdeu sua mãe, está cheia de segredos e envolvida com coisas obscuras. Lena descobre uma caixa com coisas que pertenceram a sua mãe, Sarafine e junto com Ethan, passa a ter visões sobre o passado. Ethan percebe que suas memórias estão desaparecendo e que seus gostos estão mudando, mas tenta manter isso em segredo para não preocupar ninguém. Ridley não aceita sua nova condição e causa muita dor de cabeça para as pessoas, em especial para Link – o melhor amigo de Ethan. Macon passa quase o tempo todo em seu escritório nos túneis, juntamente com Liv, tentando entender o que está acontecendo com a cidade e como podem evitar a destruição do mundo. Enfim… todos estão desesperados e vão tentar de tudo para que o mundo não acabe. E o final do terceiro livro é do tipo “O QUÊ???? COMO ASSIM??? ISSO NÃO PODE ESTAR ACONTECENDO!!”

E agora vem a missão praticamente impossível, que é escrever sobre o quarto volume sem dar spoiler sobre o que acontece no final do terceiro livro. Isso porque tudo se resume à tentativa de Ethan, Lena e todos os seus aliados em tentar corrigir o que aconteceu. De um lado temos Ethan – o Obtinado – que fará de tudo para voltar aos braços de Lena, mesmo que tenha que enfrentar desafios do outro mundo. Ethan sabe o que quer e não medirá esforços para conseguir. Do outro lado temos Lena e sua crença no impossível. Ela sabe que Ethan nunca desistiria dela e convence a todos que eles precisam se unir para ajudar Ethan a enfrentar não só os conjuradores das trevas, mas também lutar contra os guardiões corruptos do Grande Registro.

Diferentemente do que acontece nos outros volumes, que são narrrados exclusivamente pelo Ethan, nesse quarto e último livro temos uma divisão do livro em três partes. A primeira e a terceira são narradas por Ethan e a segunda parte é narrada por Lena. Dessa forma podemos ter uma noção mais completa de tudo o que acontece, porque a visão de Ethan é muito limitada nesse quarto livro e é Lena que traz tudo o que precisamos saber sobre os outros personagens! Afinal, quem é que não gostaria de saber o que acontece com Link e Ridley, com Liv e John, com Amma e com Macon??

Quem leu minha resenha sobre o Dezoito Luas sabe que eu achava que a série era composta somente por três livros, então tomei um baita susto quando cheguei ao final do terceiro livro e me deparei com um final completamente inaceitável! rs… Por sorte eu estava errada e finalmente esse quarto livro trouxe o final pelo qual eu tanto ansiei. Me desculpem os que gostam de “realidade nua e crua”, mas eu definitivamente sou fã dos clichês e principalmente dos finais felizes, tanto quanto eles possam ser felizes… Bom, digamos que feliz não é exatamente a palavra… O que eu gosto mesmo é de finais que, independentemente de serem bons para os personagens, me deixam bem. E foi exatamente o que aconteceu nesse livro. Terminei de ler Dezenove Luas com uma sensação de missão cumprida! Senti que valeu a pena cada minuto que dediquei à leitura dessa história. Para mim tudo funcionou muito bem!

Não estou dizendo que a série é um primor da literatura, mas acredito que ela cumpriu perfeitamente o papel de ser um entretenimento. Os personagens foram bem construídos e me conquistaram. A narrativa flui bem do começo ao fim e consegui ser guiada tranquilamente para dentro dessa trama de conjuradores e mortais, de bem e mal, de caráter e corrupção.

Em diversos momentos, no entanto, senti um certo incômodo com as atitudes do casal de protagonistas. É como se em algum ponto da história eles tivessem trocado de corpo ou sei lá… Peraí, deixa eu explicar melhor! Uma das coisas que eu gostei logo que comecei a ler essa série é que ela era narrada por um garoto. Na época em que o primeiro livro foi lançado, tínhamos uma grande quantidade de livros com temática sobrenatural que tinham protagonistas mulheres e o Ethan logo de cara me ganhou por ser um cara bacana. Acontece que, num determinado ponto da história, essa atitude fofa do Ethan passou a soar para mim como uma atitude feminina, enquanto as atitudes da Lena passaram a se mostrar mais masculinas. Sabe aquele papo de que as mulheres são mais sensíveis e os homens mais práticos? Rs… Pois é… Nessa história Ethan acabou se mostrando mais sensível e Lena mais prática!!! rs…

Mas podem acreditar que nada disso afetou a minha opinião sobre a série que, como eu disse, cumpriu perfeitamente o seu papel como entretenimento. Passei horas muito bem acompanhada pelos livros. Essa história não mudou a minha vida e nem me trouxe lições arrebatadores, mas foi sim uma leitura bem legal!!!

Ah… e vocês lembram que comentei sobre um canal do Youtube chamado The Caster Music, no qual são postadas inúmeras músicas instrumentais inspiradas nos livros da série? Pois então… li todo o livro ouvindo as músicas desse canal e elas me fizeram mergulhar ainda mais na história porque dão o clima perfeito.

Para terminar, deixo vocês com um vídeo sobre a série!!