Título: A Menina Que Não Sabia Ler
Autor(a): John Harding
Editora: LeYa
Ano: 2010
Páginas: 288
Tradução: Elvira Serapicos
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Desde que esse livro foi lançado, em 2010, eu fiquei curiosa para lê-lo. Nunca pesquisei muito sobre a história, mas o título me pareceu bem interessante e as críticas sobre ele são tão diferentes que ele acabou indo parar rapidinho na minha lista de desejados… Mas então o tempo passou, outros livros foram ganhando espeço na minha estante e acabei me esquecendo desse livro! É uma pena, mas isso acontece às vezes…
Acontece que, há alguns meses, a Editora LeYa anunciou o lançamento de “A Menina Que Não Sabia Ler – volume 2” e pronto… Me lembrei que não tinha lido esse primeiro volume e achei que seria um bom livro para pedir pela parceria com o projeto LeYtoras. Logicamente aproveitei o embalo e pedi também o volume 2. Rs! Recebi os dois exemplares na versão digital!!
Para começar, vale destacar que esse livro é declaradamente baseado no livro “The Turn of The Screw”, de Henry James. Na obra original, os personagens principais se chamam Flora e Miles e vivem em uma cidadezinha no interior da Inglaterra. Os garotos perderam os pais e vivem na casa de campo do tio, uma propriedade chamada Bly. O tio nunca dá atenção às crianças, que vivem praticamente sob os cuidados da governante, a Sra. Grose.
Em “A Menina Que Não Sabia Ler” conhecemos a história da pequena Florence. Ela tem entre 11 anos e vive em uma propriedade rural na Nova Inglaterra, por volta do anos de 1890. Ela e seu irmão Giles perderam os pais e vivem em uma mansão de pedra rústica, cheia de cômodos, chamada de Blithe House. O tio, que tem a guarda dos irmãos, mora em Nova York e não tem o menos interesse em participar da vida das crianças. Quem cuida de tudo na casa é a governante – Sra. Grouse – e os poucos empregados que ali residem. Apesar do tio não se envolver muito, ele deixa claro que não quer que Florence seja alfabetizada. Para ele, somente Giles deve estudar.
O problema é que Florence ama histórias. E encontrar a biblioteca proibida do tio só alimenta sua fixação pelos livros e desperta sua necessidade de aprender a ler. Ela e o irmão se escondem por lá e aos poucos ela começa a decifrar os códigos impressos. No final, Florence aprende a ler sozinha e passa a ler tudo o que encontra pela frente.
Quando Giles completa oito anos e é mandado para a escola, a única distração de Florence são as horas passadas na biblioteca em companhia das histórias. A menina se sente solitária e quando o irmão acaba expulso da escola, ela não fica nem um pouco chateada. Ela sabe que algo de errado acontecia por lá e tudo o que ela quer é manter o irmão sob seus cuidados.
Obviamente o garoto não poderia ficar sem a devida educação, então uma tutora é contratada para dar aulas particulares ao menino. A primeira tutora acaba morrendo em um acidente e uma nova tutora chega a Blithe House para cuidar das crianças, principalmente de Giles. É então que tudo começa a ficar sinistro. Florence começa a desconfiar que a tutora não é quem diz e que há algo de muito errado com ela. A grande dúvida é: será que Florence sabe diferenciar a realidade da ficção?!
E de repente a história não é nada do que parece!! rs… O livro é simplesmente surpreendente e nem a sinopse é capaz de preparar os leitores para o que encontramos no livro. Eu tinha certeza que essa era uma história sobre uma menina e sua relação com os livros. Pensei que seria um romance delicado, que abordaria a problemática da educação das mulheres naquela época. Tinha certeza que Florence seria uma pioneira na luta pelos direitos femininos ou coisa assim.
O que encontrei foi uma história completamente diferente, inesperada! O texto é recheado de mistérios, de suspense e até mesmo de terror. Acho que o melhor adjetivo seria SINISTRO! rs… Consigo entender perfeitamente as críticas negativas que esse livro recebeu, mas para mim foi uma leitura extremamente intrigante. Me tirou completamente dos trilhos. Não imaginava nem de longe que a história pudesse ser assim e acho que foi exatamente isso que me cativou. Previsível? Nem um pouco!
Nada e nem ninguém é o que parece nessa história. Ler esse livro foi como dirigir de madrugada, em uma estrada sem iluminação e com faróis baixos: melhor ir devagar e estar preparado para fazer curvas a qualquer momento!! rs…
Opa! Esse livro também sempre me chamou atenção fiquei bem afim lê-lo! Pensei exatamente isso que você pensou a princípio, mas como você disse que tudo muda e não é nada previsível, fiquei mais cheio de vontade ainda!
Nossa, Johnny.
Fiquei completamente doida com esse livro.
Ainda não acredito que aconteceu o que aconteceu! hehehehe
beijos
Olá Camila, Gostei muito da sua resenha, tanto que vou ler o livro. Confesso que não tinha me interessado pelo livro por causa do título. DEpois que lançaram A Menina que Roubava Livros virou mania lançarem livros com “A menina que…”, e isso acabou fazendo com que ignorasse os lançamentos com este título. Só que sua resenha me apresentou um livro que parece ser genial.
Só por curiosidade, você sabe qual é o nome deste livro em inglês?
bjs
Oi, Soraya.
Acho que o título não ajuda muito por causa dessa semelhança com o “A Menina Que Roubava Livros”, mas o livro é surpreendente. Na verdade é até meio chocante! hehehe
O nome do livro em inglês é Florence and Giles. E as capas dos livros em outros países mostra muito mais o clima real da história!!
Acho que você pode gostar.
Beijos
Eu já tinha ouvido vários comentários bons sobre o livro, não tinha me interessado justamente por ter o mesmo pensamento que o seu: achava ser uma história sobre uma menina e sua relação com os livros. Mas agora o livro me interessou huahauhauahuahua Adoro histórias imprevisíveis! Acho legal quando a sinopse nos engana um pouco e não entrega todos os pontos importantes de um livro ^^’
Oi, Fran.
Se gosto de sinopses que enganam, então esse é o livro para você!! hehehehe
Eu nunca ia imaginar que o livro fosse tão sinistro! hehe
beijos
Eu estava pensando em ler, pelo que tinha visto não esperava o que você falou, é de terror? Não gosto de terror
Oi, Bia.
Não é um livro de terror não, fica mais para um suspense. Mas não dá para perceber muito isso durante o livro, então é tranquilo! hehehe
Beijos
Estou com o livro aqui e ainda não consegui ler =(
mas estou bem curiosa pra conhecer essa história!
Minha sogra leu e ela não curtiu muito.
Quero tirar as minhas conclusões sobre A menina que não sabia ler 🙂
bjobjo
Oi, Lauren.
Acho que o problema com esse livro é que ele tem um final surpreendente e muito forte, o que pode chocar muitos leitores.
Então não é fácil de gostar!
Mas depois que ler, me conta o que achou!
beijos
Claro! Assim que eu terminar de ler venho aqui e te conto o q achei =)
bjobjo
Eba!
Esse livro já está na minha lista há algum tempo, mas nunca parei para ler. Depois dessa resenha, com certeza vou ler logo logo. Adorei!
Beijo
Ah, te marquei em uma tag lá no blog. ^^
Oi, Dani.
Espero que tenha a mesma surpresa que eu e que goste, né?!
Vou dar uma olhada na TAG!
beijos
Oi Camis! Como você já sabe, já que a minha resenha sobre ele já saiu, eu não gostei do livro. Mas quero ler a continuação porque sou incapaz de não conhecer como termina uma história que comecei a conhecer!
Um beijo!
Oi, Nina.
Apesar de ter gostado do livro, entendo os seus motivos. Não é um livro fácil de digerir!
Em breve falo sobre o segundo livro!
Beijos