Inocente – Uma história real de crime e injustiça #Série #Netflix

Inocente: a série documental da Netflix inspirada no livro do autor John Grisham!

No ano passado a Netflix lançou uma série documental chamada Inocente, inspirada no livro O Homem Inocente do autor John Grisham. Como na época eu não era assinante da Netflix, nem fiquei sabendo da série… Ainda bem que a Editora Arqueiro, quando publicou o livro no início desse ano, teve a brilhante ideia de divulgá-lo como “o livro que inspirou a série”! Rs… Ainda bem que esse pessoal do marketing sabe que existem pessoas perdidas na vida como euzinha!! Rs…

Assim que terminei de ler o livro, convenci meu marido a fazer uma maratona comigo para assistirmos a série e hoje conto para vocês o que achei desse documentário!!

Título: Inocente – Uma História Real de Crime e Injustiça

Título original: The Innocent Man

Direção:  J. Clay Tweel
Produtores Executivos: Ross M. Dinerstein, David Gernert, John Grisham e Clay Tweel

Estrelando: John Grisham

Gênero: Séries baseadas em livros, Séries policiais, Séries dos EUA, Séries documentais, Documentários, TV sobre crimes
País: Estados Unidos
Ano: 2018
Duração: 6 Episódios 

Distribuidora: Netflix

Sinopse: A série documental desperta perguntas inquietantes sobre dois assassinatos numa cidadezinha de Oklahoma nos anos 80. Baseada no único livro de não ficção de John Grisham.

Inocente é uma série documental baseada no livro O Homem Inocente, do escritor John Grisham. Tanto o livro quanto a série contam a história real da pacata cidade de Ada, no Condado de Pontotoc em Oklahoma, e de dois assassinatos famosos ocorridos no início da década de 1980. Esses crimes brutais tornaram Ada notícia em todo o mundo por uma simples razão: a condenação de pessoas com base em investigações completamente distorcidas e julgamentos recheados de nulidades.

Em 1982, a jovem Debra Sue Carter foi assassinada em seu apartamento. Os investigadores do caso passaram a suspeitar de Ron Williamson e Dennis Fritz, mas não encontraram prova nenhuma contra eles. Em 1984, Denice Haraway foi sequestrada do minimercado onde trabalhava e rapidamente os policiais – os mesmos que trabalhavam no caso de Debbie Carter – encontraram dois fortes suspeitos: Tommy Ward e Karl Fontenot. Os dois confessaram o assassinato de Denice, foram presos julgados e condenados à prisão perpétua. Dois anos depois, os policiais finalmente encontraram provas para acusar Ron Williamson e Dennis Fritz. Dennis foi condenado à prisão perpétua e Ron, à pena de morte.

Ao longo da série acompanhamos entrevistas feitas com parentes das vítimas e dos acusados, com especialistas, com jornalistas, com detetives, juízes, advogados, moradores da cidade e com o próprio escritor John Grisham. Com base no depoimento dessas pessoas, o documentário lança enormes dúvidas sobre o sistema acusatório de Ada, mostrando as incontáveis falhas e os absurdos que aconteceram não só durante as investigações, mas também durante os julgamentos desses quatro homens.

Em uma investigação que se preze, primeiro todas as provas são analisadas, testemunhas ouvidas, perícias realizadas, para só então se determinar os culpados. O que esse documentário nos leva a crer é que, em ambos os casos, os policiais primeiro escolheram os culpados e depois deram um jeito de conseguir provas para condená-los.

Por ter sido condenado à pena de morte, Ron Williamson teve direito a inúmeros recursos. Depois de quase ter sido executado e passar 11 anos no corredor da morte, Ron conseguiu que seu caso fosse novamente analisado e exames de DNA inocentaram tanto ele quanto Dennis Fritz. Tommy Ward e Karl Fontenot não tiveram a mesma “sorte”. Para eles não há prova que possa ser reexaminada e nem nada que permita exame de DNA. Contra eles há um vídeo em que ambos confessam, ainda que tenha sido provado que nenhum dos detalhes que eles deram na confissão condizia com a verdade…

Ao mostrar que a polícia e o promotor de Ada agiram de forma tão errada contra Williamson e Fritz, o documentário faz graves críticas ao sobre o sistema judiciário da cidade e mostra que é bem provável que as condenações de Ward e Fontenot também tenham sido baseadas em provas e testemunhos fraudulentos.

Por ter lido o livro O Homem Inocente, foi fácil para mim acompanhar a série e entender bem as “atualizações” sobre o caso de Ward e Fontenot. Como eu já tinha boa parte das informações, tudo fez muito sentido para mim! Infelizmente, analisando a série de maneira independente, acho que as informações foram apresentadas de maneira um tanto confusa e bem menos detalhadas… As inúmeras idas e vindas e a inserção de entrevistas a todo momento dificultam para o telespectador estabelecer uma cronologia e entender a lógica do que aconteceu! Cada vez que terminávamos de ver um episódio, meu marido me fazia várias perguntas sobre coisas que não tinham ficado claras!

Uma pena que a produção tenha ficado confusa, porque a história é muito boa! No final das contas, fiquei na torcida para que os produtores se animem a fazer uma segunda temporada trazendo mais detalhes e atualizações!

Confiram o trailer: