Leitora Compulsiva

Élia Barceló – Cordeluna

Há alguns meses, fui contatada pelo marketing da Editora Biruta e convidada a conhecer o trabalho deles. Entrei no site e comecei a pesquisar sobre as publicações… Aos poucos fui ficando encantada com os títulos, em sua maioria infantis, todos bem diferentes do que estou acostumada a ver nas livrarias. Então, quando me perguntaram se eu teria interesse em ler Cordeluna, aceitei na mesma hora!!!

Embora tenha ficado bem animada quando o livro chegou, só consegui ler esse livro agora! Confesso que tem horas que queria jogar o trabalho para o alto, só para ter tempo de ler tudo o que tenho vontade, mas se fizer isso, não terei dinheiro para comprar todos os livros que quero, então seria um problemão!

A primeira coisa que me chamou a atenção quando li a sinopse desse livro foi o cenário histórico proposto pela autora: século XI, idade média, península ibérica, reconquista cristã… Estava mesmo precisando fugir um pouco dos pseudo-dramas do século XXI! Hehe

Cordeluna nos conta duas histórias de amor alternadamente. A primeira delas é entre Guiomar e Sacho. Ela é uma dama da corte de D. Afonso e ele, um guerreiro a serviço de El Cid durante a reconquista cristã da península ibérica, anteriormente invadida pelos mouros.

Tal qual numa ‘canção de amor’, tipo de texto bem característico do trovadorismo (Movimento Literário Português característico da Primeira Época Medieval), a união de Guiomar e Sancho é impossível, por causa do abismo social entre eles. Mesmo assim, o amor fala mais alto e eles fazem de tudo para ficarem juntos.

O problema é que D. Brianda, madrasta de Guiomar, não vai permitir a felicidade dos dois. O ódio de D. Brianda é tão grande que ela não mede esforços e se alia a forças malignas para separar os amantes. Como resultado de tudo isso, uma maldição recai sobre todos os envolvidos com esse relacionamento.

E é aí que vem a segunda história de amor… Mil anos mais tarde, os jovens Sérgio e Glória se encontram em um curso de teatro, para encenar uma peça justamente sobre o período em que viveram Guiomar e Sacho. O “reconhecimento” entre Glória e Sérgio é quase imediato, um verdadeiro amor a primeira vista! Mas é óbvio que não será fácil para eles viverem esse amor! Bárbara, uma das professoras do curso, está obcecada por Sérgio e fará de tudo para tê-lo.

A leitura desse livre foi muito agradável, embora eu tenha demorado um pouco para “pegar o jeito” dele. Demorei mais do que o meu normal para um livro de 310 páginas, mas é porque achei que o livro merecia um pouco mais de atenção aos detalhes!

Como eu disse, o cenário no qual se desenrola a primeira história de amor me interessou bastante e, a toda hora, corria para o Google para pesquisar alguma coisa! hehehe Bom, e lógico que não faltou uma consulta com o meu professor de história predileto – o namorado! rs…

Fiquei encantada com o excelente retrato dos costumes da época medieval, da política, das batalhas, da geografia… Valeu a pena ter lido! E obrigada à Editora Biruta pela oportunidade, pelo livro e pelos brindes fofinhos enviados! rs…

Só mais uma curiosidade: quando terminei de ler o livro, entrei noi Skoob e dei três estrelas. Tinha achado o livro bom, mas só! Depois, quando sentei para escrever esse post, comecei a refletir e percebi que gostei bem mais do livro do que eu tinha imaginado! Então voltei no Skoob e mudei minha avaliação para Muito Bom!! Isso já aconteceu com vocês?

30 comentários sobre “Élia Barceló – Cordeluna

  1. carolinaduraes

    Bom dia Camila, tudo bem?
    Eu ainda não tinha conhecimento desse livro, e agora que li sua resenha, concordo com você. Parece ser um livro interessante, que saí do lugar comum dos livros que tem sido lançado ultimamente (não que eu tenha algo contra esses lançamentos, mas as vezes ler algo diferente é ótimo rsrs).
    Sobre sua pergunta: sim, já aconteceu de eu ler um livro e ter achado ele “legal” e depois de um tempinho, eu acho ele melhor ainda rsrs.
    Beijos

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Que bom, Carol!
      Tava me sentindo estranha com esse dilema da avaliação!
      Eu também não tenho nada contra os lançamentos americanos-adolescentes! Eu até gosto bastante!
      Mas é bom abrir espaço na estante para livros diferentes, com propostas diferentes. Nem que seja para falar: não gostei, prefiro os americanos-adolescentes! hehehehe
      beijos

  2. Fernanda Assis (@nandaassisbh)

    Ei Mila,

    Eles me ofereceram este livro tbm e eu acabei não pegando porque minha fila de espera está quilométrica. Mas agora foi só ler sua resenha que já me arrependi aff rsrs.

    Achei a historia fofa, eu também gosto muito destes livros que remetem há um tempo passado.

    Ahhh eu já mudei a nota do skoob várias vezes depois que escrevo a resenha rsrs.

    beijos

    1. Editora Biruta

      Nanda,

      Não esquecemos de você! Você está na minha listinha, ia entrar em contato novamente no segundo semestre…Mas se quiser adiantar essa leitura é só me mandar e-mail!hahah
      Beijos,
      Carol

  3. chefa

    Isso já aconteceu comigo também! Eu achava que não tinha gostado do livro, mas ele não me saía da cabeça…era estranho! rs Parece ser um livro bem fofo mas também meio grandinho, não? Mas espero que não seja triste..rsrs Beijos!

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Oi Vivi,
      Eu nunca tinha passado por isso, de mudar minha opinião sobre um livro! Na hora que percebi que queria mudar minha avaliação, achei a coisa mais esquisita! Qual seria a mais verdadeira? A que eu dei logo que terminei o livro ou a que eu dei depois de ter refletido mais sobre a história? hehehehe Mas estou vendo que isso é super normal, então estou mais tranquila! hehehe
      beijos

  4. allanyorsh

    *Adicionando livro como “desejado” no skoob* =D

    Depois de ler essa resenha me identifiquei com a história que o “Cordeluna” pode me trazer. Ambiente medieval, e aquele ponto de “mil anos depois”. Achei bem interessante ^ ^

    Também já aconteceu comigo, avaliava um livro, depois quando lia algumas resenhas e relembrava a história voltava e re-avaliava diferente xD

  5. Aione Simões

    Oi Camis!
    Fiquei bem interessada no livro, ele parece ótimo!
    Adoro uma boa história de amor, ainda mais tão bem retratada, como essa parece ser.
    E eu vivo fazendo isso, de mudar a avaliação no Skoob, tanto pra mais quanto pra menos. Tem livros que a gente realmente precisa digerir pra poder avaliar melhor e só depois de um tempo nos damos conta do quanto gostamos (ou não).
    E eu também vivo dando nota segundo o fato de eu ter gostado ou não do livro, e não por uma análise realmente crítica. Sei lá, acho difícil dizer “esse livro é bom” ou “esse livro não é bom”, porque há casos que são “eu gostei” ou “eu não gostei”. Só alguns que são realmente óbvios hehe
    Olha eu mudando de assunto!
    Beijão!

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Oi Aione,
      Concordo com isso que você disse!
      Já peguei livros muito bons, mas que eu odiei! Tive que reconhecer que o livro era super bem escrito e que realmente me envolvi com a história! Mas odiei porque o final era muito triste! Acontece!! Por isso evito dizer se um livro é bom ou não! Digo apenas se rolou para mim ou não!
      beijos

  6. William Souza (@willlbert)

    Eu vivo mudando a classificação dos livros, ontem mesmo fiz algo do tipo. Não tinha favoritado o ivro, mas assim que pensei sobre ele coloquei o bendido coração lá! hahaha
    Adorei esse livro, muito bonintinho. Acho que quando fui na sua casa você me mostrou, é o de capa dura não é? =D
    Como não gostar de histórias que se passam no passado né? Eu AMO!

    BEijão
    Will
    Vício de Cultura

  7. Melissa

    Camis, eu também já tive essa coisa de mudar as estrelas do Skoob fazendo uma resenha. E foi a mesma coisa três estrelas para quatro estrelas. Isso foi com “A Batalha do Apocalipse”. Quando comecei a escrever sobre ele, descobri que era muito mais complexo e bom do que eu imaginava. Daí mudei.

  8. Renata

    Quando nos obrigamos a falar ou escrever sobre alguma coisa acabamos por ampliar nosso grau de reflexão sobre essa coisa, nesse caso sobre a história lida.
    Desse jeito acabamos por entender melhor, traçar conexões que não tínhamos percebido só com a leitura, o resultado é mesmo mudar a impressão inicial que tivemos.

    Ou seja, a primeira impressão nem sempre é a que fica.

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