Autor(a): E. K. Johnston
Editora: Intrínseca
Ano: 2016
Páginas: 320
Tradução: Viviane Diniz
Sinopse: AQUI
Download do 1º Capítulo: AQUI
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Quando a Intrínseca anunciou o lançamento de “As Mil Noites”, o livro entrou direto para a minha lista de desejos. Primeiro porque a capa é linda e segundo porque a sinopse deixava claro se tratar de uma releitura de um dos contos do clássico “As Mil e Uma Noites”!!
Para quem não conhece, “As Mil e Uma Noites” é uma compilação de contos do folclore árabe, de autores desconhecidos. As histórias foram contadas de geração em geração e pouco até se sabe sobre a origem dessas histórias. Em 1704, as histórias foram traduzidas e reunidas em um livro por Antoine Galland, transformando-se num clássico da literatura mundial. A obra traz contos como “Ali Babá e Os Quarenta Ladrões”, “Simbad, o Marujo” e “Alladin”. Uma das principais histórias contadas nesse livro é sobre Sherazade – história esse que serviu de inspiração para a autora E.K. Johnston.
A história original do clássico “As Mil e Uma Noites” conhecemos a história de Shariar, um poderoso sultão que, após ser traído por sua esposa, decide se casar com uma nova mulher a cada dia. Ele se casa, passa uma noite com a nova esposa, e na manhã seguinte manda executá-la. Até que um dia, Sherazade é a escolhida e sabe que precisa fazer alguma coisa para escapar da morte certa. Então, logo depois que se casa com o Sultão, ela começa a contar uma história tão interessante que a noite toda se passa. Assim que amanhece ela interrompe a história num ponto super instigante e o sultão decide não executá-la, porque quer saber o final da história. Na noite seguinte ela termina a história, mas logo começa outra, deixando o Sultão curioso mais uma vez… E assim Sherazade vai se mantendo viva!
Inspirada por esse clássico, o livro “As Mil Noites” da autora E. K. Johnston conta a história de sob a perspectiva de uma jovem garota que vive uma simples aldeia no deserto, em um reino governado por Lo-Melkhimm.
A jovem sabe que Lo-Melkhinn logo chegará em sua aldeia para escolher uma nova esposa e sabe que a escolha mais óbvia é sua irmã, a garota mais bonita da aldeia. Mas ela não pode deixar que isso aconteça porque todas aquelas que se casam com Lo-Melkhinn não sobrevivem para ver o amanhecer do dia seguinte! A jovem, para proteger a sua irmã, arma um plano e consegue ser ela a escolhida!
Diante de tanta grandiosidade, sua irmã promete então construir um altar em seu nome, tornando-a uma deusa menor para quem todas as orações da aldeia serão dirigidas!
Aquela que Lo-Melkhiin escolhesse seria uam heroína. Aquele que ele escolhesse daria às que ficassem para trás a esperança de um futuro. Aquele que ele escolhesse jamais seria esquecida.
A jovem então parte para a corte de Lo-Melkhiin e se casa com ele. E na primeira noite em que passam juntos ela percebe que uma entranha magia parece fluir entre ela e o rei. Conformada com o seu destino, a jovem simplesmente deixa o medo de lado e encara Lo-Melkhinn, que fica super intrigado com a postura destemida da jovem. Ela então conta uma a ele uma história sobre o lugar de onde veio e quando chega o amanhecer, ela ainda está viva!!
Os dias então vão se passando, ela conta novas histórias a Lo-Melkhinn e continua a sentir uma estranha magia entre eles. Aos poucos ela percebe que a magia está dentro dela e que ela pode fazer algo de bom com isso, que ela pode lutar contra algo de muito ruim que está dentro de Lo-Melkhinn!
“As Mil Noites” é um livro muito interessante, que dá ares mais modernos – com uma boa pitada de sobrenatural – à clássica história de Sherazade. Nessa história Lo-Melkhinn, que faz as vezes do Sultão Shariar não é um soberano vingativo que mata mulheres por prazer, mas sim um jovem atormentado por um demônio que possuiu seu corpo. E a jovem que se casa com ele não sobrevive porque suas histórias são maravilhosas… O que a impede de morrer é a uma espécie de magia dentro dela, que se origina da devoção de sua irmã.
Curiosamente o único personagem nesse livro que tem nome é Lo-Melkhinn. Com uma narrativa em primeira pessoa, a jovem destemida nunca menciona seu nome e sempre se refere aos outros por algumas de suas características: “minha irmã”, “meu pai”, “a mãe de Lo-Melkhinn”…
Apesar de ser uma releitura, a abordagem da autora foi bem original e gostei bastante das reflexões propostas por ela. A narrativa é um pouco lenta, mas combina bem com a história. A única coisa que eu não gostei é a discrepância entre o ritmo tranquilo de todo o livro e o ritmo frenético do final. Em um determinado momento da leitura percebi que faltavam poucas páginas e fiquei imaginando que a autora escreveria um segundo livro… Mas então tudo começou a acontecer de forma meio alucinada e de repente o livro acabou! Confesso que fiquei perdida e reli alguns trechos achando que eu tinha perdido alguma coisa… Rs!!
Emily Kate Johnston é arqueóloga forense, livreira e escritora, além de fascinada pela gramática. Já morou em quatro continentes, incluindo os verões que passou na Jordânia, onde ficou imediatamente encantada pelo deserto. A inspiração para escrever vem do seu trabalho, das viagens e da especialização em árabe e hebraico bíblicos. Emily adora contar histórias, e faz isso em diferentes mídias há mais de dez anos. (Fonte: Site da Intrínseca)
“As Mil Noites” é o único livro da autora publicado aqui no Brasil e eu podia jurar que seria um livro único, mas então fui dar uma olhada no site da autora e descobri que em dezembro desse ano será lançado nos Estados Unidos um novo livro chamado “Spindle”. Esse segundo livro não trará uma sequência da história contada no primeiro, mas sim uma nova história que se passará no mesmo universo só que 1500 anos depois.
E. K. Johnston escreveu ainda: “Exit, Pursued By A Bear”, a duologia Owen (“The Story of Owen” e “Prairie Fire“), “Star Wars: Ahsoka” e “That Inevitable Victorian Thing” (que será lançado em 2017). Não há previsão do lançamento de nenhum desses livros no Brasil.
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Veja os Comentários
Oi Camila!!!
Não sabia que era de contos, mas achei muito linda a capa e fiquei impressionada a hora que eu li aqui que sairia um segundo volume, gosto de histórias assim que nunca deixam de existir, adorei.
Oi, Marília.
Na verdade acho que me expressei mal...
Esse livro, "As Mil Noites", não é um livro de contos não. É um romance!
Na verdade a história contada nesse livro é que é baseada em um conto.
beijos
Eita, gostei desse negócio. Não era pra ter gostado.
Gostei muito desse clima de magia/sobrenatural/amor/beleza... Adorei tudoooo!!!!
Bjkssssss
Oi, Lelê.
Por que não era para ter gostado, menina?! rs...
Beijos
Olá, Camila!
Achei interessante que o machismo do Sultão de Mil e Uma Noites foi transformado aqui numa espécie de demônio que enfrentado pela jovem que se casa com Lo-Melkhinn, porque o machismo pode realmente ser considerado como se fosse um espírito ruim que mesmo com todo o combate que se tem nesses últimos anos, ainda está lá impedindo de ver homens e mulheres como seres que podem fazer as mesma coisas, tanto boas quanto ruins. Penso até que a magia da jovem seja a de enxergar um mundo em que todos tem os mesmos direitos, não importa onde estejam.
E é isso que mantém Mil e uma noites tão conhecido e tão cheio de versões por aí, já que infelizmente, muita gente ainda castiga as mulheres em geral assim como o Sultão. Por exemplo, a Globo Alt (selo da Editora Globo) publicou A fúria e a Aurora, que nesse caso é sim um inicio de uma série de livros. E no ano passado, a Band exibiu uma novela turca que tem como inspiração exatamente Mil e uma noites (alias, o nome da novela é o mesmo do célebre livro) só que a trama se passa no presente. Ou seja, esse clássico vai render muitas e muitas versões por muito tempo, porque ela continua, infelizmente, muito atual.
Um abraço!
Oi, Lê.
Essa mudança realmente fez bem à história, que ficou mais jovem e interessante.
Parece que a história de Mil e Uma Noites está mesmo em alta.
Já tive vontade de ler A Fúria e a Autora, mas vou esperar pelos próximos volumes... Sobre essa novela, não conheço. Não assisto nada na tv aberta que não seja jornal e jogo de futebol! kkkkk
beijos
Oi Camis, não fiquei muito interessada no livro, apesar de ser uma releitura, coisa que eu gosto e de ter sobrenatural no meio. Algo no livro em si não me convenceu. Uma pena que o final tenha sido assim corrido, era preferível fazer as coisas com calma, como parecia está até o momento.
Bjs!
Oi, Rose.
Uma pena mesmo que o final foi assim corrido!
Mas normal não se interessar... Ainda mais com uma lista de desejos gigante, né?! rs...
beijos
Oi Camila, assim como você fiquei louca pela capa do livro, linda por sinal! Estou com ele aqui para ler, não gosto de livros lentos, me irritam rs Mas para esse vou dar uma chance pq a capa está foda. Me ganhou heheh
Beijos
Milena Cherubim
Memories of the Angel
Oi, Mi.
O livro é ainda mais lindo ao vivo, né?!
Espero que faça uma ótima leitura!
beijos
Oi, Camila!
É a primeira resenha que leio, desse livro. Que pena o final ter sido tão acelerado. A capa é linda. Talvez, se surgir uma oportunidade (ou eu ganhar ele em um sorteio!kkkk) eu venha a ler. Mas não é um livro que me envolva tanto. Quero ler A Fúria e a Aurora, mas esse será uma série, acredito que o enredo será bem mais trabalhado. De qualquer forma, uma ótima dica. Resenha, como sempre, muito bem elaborada. Beijinhos.
Oi, Márcia.
Um dia ainda quero o ler o A Fúria e a Aurora, mas por enquanto estou tentando dar conta dos livros que tenho aqui e dos que recebo de parceria. Algumas pessoas acham que ser blogueira literária é só glamour, mas não sabem o tanto de responsabilidade e de prazos que nós temos! hahahaha
Beijos
Eu li as mil e uma noites- um livro enorme e muito antigo que eu consegui emprestado quando era pequena, mas pelo visto esse é diferente...ao menos, não parece tão enorme quanto o outro, hehehe!
Oi, Vi.
Esse livro é mais uma versão infanto-juvenil do conto original!
Mas é uma releitura curiosa!
beijos
Oi Camis...
Esses livros com uma mistura de romance e sobrenatural realmente me atraem.... Uma pena ter tido um ritmo tão lento no começo e finalizar de uma forma tão rápida... Pretendo dar uma chance a essa leitura em breve...
Beijinhos...
Oi, Cris.
O livro é lindo, mas o final podia ter sido um pouquinho mais lento e menos confuso!
Fiquei meio perdida e tive que voltar alguns parágrafos para me achar de novo! rs...
beijos