Título: Extraordinário
Autor(a): R.J. Palacio
Editora: Intrínseca
Ano: 2013
Páginas: 320
Tradução: Rachel Agavino
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No início desse ano recebi da Editora Intrínseca um exemplar de “Extraordinário”. O livro foi enviado a todos os parceiros, em um kit muito fofo, na condição de presente, sem qualquer obrigação de leitura e envio de link da resenha… E cá pensei eu: “Com tantos livros de parceria pendentes de leitura e outros tantos na estante que quero dar prioridade, vou deixar esse livro para depois”.
E foi o que fiz… Deixei o kit num canto da estante e peguei o primeiro livro da minha lista de prioridades. Terminada a leitura, fui pegar outro livro na estante e acabei esbarrando no kit de Extraordinário, que caiu bem de cantinho no meu pé! Putz… que dor!! Tirou até pelinha, sabem?! Fiquei doida da vida, taquei o coitado do livro de volta na estante e fui embora, com outro livro na mão. Depois desse dia, todas as vezes que eu terminava de ler um livro e ia pegar outro na estante, Extraordinário me desafiava de alguma forma, chamava a minha atenção.
Foi então que decidi dar uma chance para ele, nem que fosse para apenas riscá-lo da minha lista de pendências. Saí da casa para pegar o metrô e levei o livro comigo. E já nas primeiras páginas percebi que minha relação com esse livro seria intensa e que esse seria um daqueles livros que mexeria profundamente comigo.
E como não se deixar tocar por um livro que começa assim:
“Sei que não sou um garoto de dez anos comum. Quer dizer, é claro que faço coisas comuns. Tomo sorvete. Ando de bicicleta. Jogo bola. Tenho um Xbox. Essas coisas me fazem ser comum. Por dentro. Mas sei que as crianças comuns não fazem outras crianças comuns saírem correndo e gritando do parquinho. Sei que os outros não ficam encarando as crianças comuns aonde quer que elas vão.”
Bastou o primeiro parágrafo do livro para me dar um nó na garganta e deixar o meu coração apertado.
Como vocês devem ter percebido pelo parágrafo acima transcrito, o livro é narrado em primeira pessoa. A primeira parte do livro é narrada pelo August, o garoto de dez anos que sabe que não é comum. Auggie nasceu com uma síndrome genética que o deixou com o rosto com deformado. Mesmo após diversas cirurgias, sua aparência está longe de ser considerada normal. Ele já está acostumado com a reação das pessoas, que se espantam, fogem dele e tudo mais. E é por isso que, até os dez anos de idade, Auggie nunca foi à escola. Mas agora ele precisa encarar esse desafio.
Tal como se estivéssemos lendo um diário, passamos a acompanhar os acontecimentos na vida de Auggie e o desafio de ser um aluno novo na escola: a escolha do lugar na sala de aula e no refeitório, os apelidos que recebe das outras crianças, as indiretas de um aluno malvado… A cada página sentimos junto com o Auggie como é ser uma pessoa diferente!
Mas não é só Auggie que sente as consequências de sua deformidade. Outras partes do livro são narradas por pessoas próximas a Auggie, como sua irmã Via, que nos conta como é se sentir deixada de lado porque seus pais simplesmente precisavam cuidar de seu irmão e não podiam se preocupar com ela, ou ainda Jack, o garoto da escola que recebeu a “tarefa” de ser uma espécie de guia para August e os dois acabaram se tornando grandes amigos.
O livro é realmente muito emocionante e cheio de lições de vida. A linguagem leve permite que o livro seja lido e compreendido por crianças e jovens. O que é ótimo, porque o livro trata justamente das diferenças, do bulling, de aspectos importantes da infância de hoje.
Então fica a dica para quem quer uma leitura emocionante e apaixonante.
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Veja os Comentários
Já ouvi falar desse livro, mas essa é a primeira resenha que leio sobre ele e nossa! Já está na minha wishlist, mesmo que o meu aniversário já tenha passado, ainda tem gente que vai me dar presente, então tá ai um belo e maravilhoso presente kkkk' (nem sou exigente).
Bjão
Bom, estou com dúvida, sério. Ele tá no carrinho e to assim: compro ou não compro?
Essa é a primeira resenha que eu leio dele e só agora eu descobri do que se trata. É triste, e no momento to fugindo de livros tristes, mas concordo que com histórias tristes nós tiramos muitas lições para nossa própria vida! Mas acho que vou aproveitar o preço!
Ri da mini história do começo rsrsrs acho que foi um sinal pra você ter lido ele bem antes.
Beijos, Camila!
Oi, Lucas.
Não fique na dúvida.
O livro é lindo e, apesar de ter um tema pesado, ele é super gostoso de ler porque a linguagem é bem leve!
Tá vendo como tem livro que chama a gente, mesmo que precise usar o seu dedinho para isso! hehehe
beijos
Lendo sua resenha me lembrei do Pequeno Principe "O Essencial é invisivel aos olhos." O personagem me pareceu encarnar este papel. Ele faz o comum, mas traz em si o incomum. Não tinha lido nenhuma resenha sobre o livro, mas agora fiquei curiosa para ler. Sabe Camila, este é o tipico livro que a maioria dos blogs não comentam, mesmo quando recebem de presente. Você está de parabéns por comentá-lo tão bem. Tenho absoluta certeza que as leitoras de seu blog irão ler.
bjs
Oi, Soraya.
É uma pena que poucas pessoas tenham se permitido ler esse livro.
Esse é o tipo de livro que faz bem à alma!!
A mensagem é linda!!
Beijos
Oi Camis!
O livro estava realmente te desafiando, hein?
Eu imagino o quão emocionante deve ser a história, e eu achei sensacional isso de abordar, também, a visão da irmã e as dificuldades da vida dela, mostrando que, nessa situação, as dificuldade se estendem para toda a família/pessoas envolvidas.
Espero poder ler!
Beijão!
Oi, Mi!
O livro é realmente uma delícia de ler.
Apesar de ser emocionante, as partes que me fizeram chorar foram aquelas em que mostrava atitudes realmente bonitas das pessoas!!!
As pessoas sempre pensam naqueles que tem deficiências e muitas vezes não imaginam o quanto sofrem as pessoas que estão em volta.
beijos
Ainda não criei "maturidade literária" para ler esse tipo de livro tão profundo, geralmente fujo dos que se parecem demais com a realidade, pois ao ler sobre o drama do personagem geralmente fico me sentindo pra baixo. Mas apesar disso, acho que deve ser um livro interessante para sentir o que as pessoas com algum aspecto diferente das do que a sociedade impõe como "normal" vivem.
Oi, Eve!
O livro, apesar do tema pesado, tem uma linguagem super leve e é bem fácil de ler.
Vale a pena tentar!
Beijos
Poxa Camis, então esse livro seria uma ótima pedida nas escolas, né? Eu não li, mas já pensei logo que se ele mexeu tanto assim com você, e pelo que eu tenho visto, com tantas outras pessoas, devia ser lido no país todo, desde as crianças pequenas até os adolescentes, pra sentirem na pele como é ser diferente, e principalmente, ver que ser diferente, é mais do que normal!
Fiquei curiosa com esse livro, e emocionada com a sua resenha! Adoro a forma como você fala dos livros, e fico feliz de ver que existem blogueiros como você, que respeitam seus leitores! Meus parabéns! E obrigada pela oportunidade de ler uma resenha tão incrível quanto esta!
Beijos! =)
Oi, Nina!!
Muito obrigada pelas palavras.
Acho que esse é o tipo de livro capaz de transformar as pessoas, sabia?!
Durante toda a leitura eu refleti sobre muitas coisas e tenho certeza de que hoje sou uma pessoa melhor do que era antes de ler o livro. Se todo mundo pudesse ter essa experiência seria demais!!
Beijos
Eu simplesmente amei esse livro! Adorei sua resenha, Camila! (ainda vou fazer a minha hahaha) Mas a história do Auggie me fez rir, chorar... Com certeza está entre os favoritos desse ano!
Bjos
Oi, Lucy.
O Auggie é demais, né?!
Só não gostei por ele ser mimado de uma certa forma. Ele nunca pensou nos problemas da irmã. Se bem que ele ainda é pequeno, então...
Beijos
Oi Cami,
Adorei a resenha, acho que desses livros caracterizados como sick-lit Extraordinário (e As Vantagens de Ser Invisível) foi um dos que me chamou mais atenção.
Assim como você eu não o tenho na minha lista de prioridades, mas acho que vou dá uma chance sim!
Beijos
Oi, Ademar.
Ainda não entendi essa onda do tal sick-lit.
Mas achei esse livro muuuuito melhor que As Vantagens de Ser Invisível!
A mensagem é mais bonita, o personagem mais bem construído e menos choramingão! hehehehe
Beijos
Já me imagino chorando horroooooores com este livro, esta moda de sick-lit veio com tudo mesmo, sinceramente não imaginava que o pessoal se envolveria tanto, eu como adoro um drama claro que fiquei super encantada com este estilo e quero conferir em breve este livro.
Beijocas
Oi, Vivi!!
Leia esse livro quando puder!!
É incrível!
Eu amei de verdade!
Beijos
Oi Camila, comprei o livro logo após ler sua resenha ano passado. Li, me emocionei, me apeguei, apaixonei mesmo. Esse ano reli e a sensação voltou, não consigo desapegar, mudou realmente minha forma de ver o mundo, fico aqui querendo conversar somente sobre ele, mas nem todas as pessoas a minha volta têm o hábito da leitura tão presente quanto eu e os que têm, acabam não se interessando muito. Eu sempre o recomendo, digo que ele é capaz de mudar nossa visão, mas acho que as pessoas pensam que estou exagerando. Me pego imaginado oo conflitos do Auggie, como foi sua vida. O que me deixa feliz é que apesar de tudo ele era realmente feliz, não deixou se amargar e as amizades que fez foi a cereja do bolo. Realmente o melhor livro que eu li.
Oi, Maria.
Esse livro é realmente lindo demais.
Sempre que paro e penso sobre ele o meu coração já fica apertadinho no peito.
Acho que todos deveriam dar uma chance a ele! Tenho certeza que o mundo seria melhor!
Beijos