Pistas Submersas, de Maria Adolfsson #Resenha

Título: Pistas Submersas

Título Original: Felsteg

Série: Doggerland #01

Autor(a): Maria Adolfsson

Editora: Faro Editorial

Ano: 2020

Páginas: 368

Tradução: Fábio Alberti

Sinopse: AQUI 

Download do 1º Capítulo: AQUI

Onde Comprar o livro: Amazon, Submarino, Livraria Cultura

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Como uma boa amante de thrillers e suspenses policiais, quando a Faro Editorial anunciou no mês de fevereiro desse ano que lançaria o livro Pistas Submersas, da autora sueca Maria Adolfsson, fiquei animadíssima!! Tenho uma quedinha por histórias escritas por autores escandinavos e tratei de pedir um exemplar pela parceria.

Acabei demorando mais para ler esse livro do que pretendia, porque a pandemia acabou com todo o meu planejamento de leituras, mas finalmente encontrei um tempinho para me curtir essa história e hoje conto para vocês se valeu a pena!

Sobre o que é “Pistas Submersas”?

Pistas Submerasas nos conta a história da inspetora-detetive Karen Eiken Hornby, do Departamento de Investigações Criminais de Doggerland, uma nação formada por grande extensão de terras, hoje, a maior parte submersas, das quais restaram apenas três ilhas – Heimö, Noorö e Frisel – localizada em algum lugar entre o Reino Unido e os países nórdicos.

Na manhã seguinte ao famoso Festival das Ostras das ilhas Dogger, Karen acorda em um quarto de hotel com uma ressaca monstra, completamente arrependida do que fez na noite anterior. E a bebedeira não foi o pior… Com um misto de vergonha, arrependimento e dor de cabeça, Karen se esgueira para fora do hotel, tomando cuidado para não acordar seu acompanhante.

Horas depois, enquanto ainda tenta se recuperar, Karen recebe uma ligação do trabalho. Uma mulher foi encontrada morta em sua própria casa. Uma mulher que Karen viu na rua naquela mesma manhã ainda com vida: Suzanne Smeed, a ex-esposa de seu chefe Jounas. Pela proximidade com a vítima, Jounas Smeed é um dos principais suspeitos e seus superiores encarregam Karen da investigação.

Não tão querida por seus colegas por não ter o que eles chamam de “experiência das ruas”, Karen precisa vai ter que liderar a equipe de investigação de crimes violentos e sua primeira tarefa é eliminar o chefe como suspeito. Obviamente contar a todos que ela própria é o álibi do chefe após ter passado a noite com ele, está fora de cogitação. Então, Karen terá que se esforçar ainda mais para encontrar o culpado pelo crime e manter seu deslize em segredo!

A cena de crime não fornece nenhuma pista e as investigações vão de mal a pior… Até que Karen se depara com uma antiga comunidade que viveu por ali nos anos 1970 e que até hoje guarda muitos segredos…

O que esperar desse livro?

Com uma protagonista madura, inteligente e de personalidade forte, além de uma trama bem elaborada, Pistas Submersas entrega tudo o que promete!

Talvez quem esteja mais acostumado com thrillers americanos possa estranhar um pouco a dinâmica da história, mas eu que sou fã dos escritores escandinavos – mais especificamente dos suecos – adorei a maneira como tudo se desenvolve. Com menos cenas de ação e mais trabalho de busca e análise de provas, essa história me ganhou do começo ao fim.

Encontrar uma detetive madura, beirando os 50 anos, foi o que mais me agradou. Karen tem uma personalidade forte e um quê de “não tô nem aí para que pensam de mim” que é revigorante para uma leitora ariana como eu. Amei o fato de que Karen se recusa a usar a tragédia em seu passado para se vitimizar! Ninguém sabe do que aconteceu na vida dela e ela faz questão que seja assim. Não admitiria ser tratada por seus colegar com pena ou ter algum tipo de tratamento especial!

Sem contar que ela, mesmo em um ambiente hostil composto por policiais machistas e babacas, não baixa a cabeça e tampouco se deixa intimidar! Seu chefe e seus colegas não a respeitam e fazem piadinhas de mau gosto?! E daí?? Ficar sentada reclamando não vai mudar nada, então ela levanta todos os dias e prova a todos que eles estão errados sobre ela! Karen pode não ter a tal experiência das ruas, mas seu diploma em criminologia da Universidade Metropolitana de Londres, seu instinto e seus bons resultados nos últimos anos trabalhando com crimes violentos valem muito mais do que um tempo batendo perna pelas ruas da cidade atrás de vagabundos, ladrõezinhos e arruaceiros…

Karen é, para mim, o exemplo de mulher empoderada, dona do próprio nariz, que assume quando faz uma burrada e aceita as consequências de suas ações, sem se esconder atrás do vitimismo!

Acho que deu para perceber o quanto eu gostei da protagonista, não é mesmo?! Rs… Mas ela não é a única coisa boa da história não! A narrativa da autora é envolvente e, apesar de bem detalhada, flui bastante fácil. A questão policial em si não é tão surpreendente, mas me convenceu! Esse é o primeiro livro da autora, então é natural que ela ainda precise melhorar em alguns pontos… Rs!

O final desse livro me deixou bem animada para ler o próximo da série. A vida pessoal da protagonista promete!!! Rs…

Sobre a autora e seus outros livros…

Maria Adolfsson vive em Estocolmo e até recentemente trabalhou como diretora de comunicação. Agora, autora em tempo integral, desenvolveu a série Doggerland, que está sendo publicada em mais de 18 idiomas e já alcançou a marca de 150.000 exemplares vendidos apenas na Suécia.

Pistas Submersas é o primeiro livro da série Doggerland. Outros dois livros já foram publicados lá fora e se chamam, no original em sueco, Stormvarning e Mellan djävulen och havet. Esperamos que não demorem a chegar no Brasil.