Categorias: Pense Nisso

Pense Nisso: O que é bom na literatura?

Olá, meus queridos leitores!!

Já faz um tempo que tenho pensado em escrever alguns posts diferentes aqui, para fugir um pouco das resenhas…

E no dia que tive aquele surtinho básico no Twitter e acabei transformando num post, uma luz se acendeu na minha mente! Naquele dia eu pensei: por que não surtar sobre outras coisas?? hehehehe

É por isso que estou aqui hoje para inaugurar oficialmente a coluna: Pense Nisso!

O tema de hoje é a qualidade dos livros: O que é bom na literatura?

Antes de mais nada, não sou especialista em literatura, não fiz letras e nem nada do gênero. Minhas opiniões são totalmente baseadas nas minhas experiências de vida, então nada de dar chiliquinho aqui dizendo que eu não sou qualificada para falar sobre isso! Oras, eu leio pra burro certo? Então por que não posso opinar sobre isso? Ah é, eu posso sim!! hehehehe

Mas o lance é o seguinte…

Estou cansada de ver especialistas, gente muito estudada, dizendo que os livros de hoje são muito ruins, que as pessoas estão se entupindo de porcaria ao ler os best sellers que surgem por aí! Tem muito intelectual criticando o fato dos jovens estarem se dedicando aos livros de fantasia e de sobrenatural, enquanto deixam de lado os tão enriquecedores clássicos!

Tudo bem, entendo a lógica disso! Essas pessoas estão pensando na formação dos jovens! É lógico que um livro pode e deve nos ensinar alguma coisa, nos fazer refletir e ajudar no nosso desenvolvimento intelectual. É muito importante aprendermos a pensar sobre aquilo que lemos, a ter uma visão crítica, a saber interpretar as nuances na história… É bacana lermos um livro premiadíssimo, escrito por uma autora iraniana, sobre a dificuldade enfrentada pelas mulheres árabes e refletirmos sobre essa cruel situação…

Concordo ainda que Twilight, por exemplo, que é uma série que eu amo e que os mais críticos costumam chamar de lixo, não me deixou mais inteligente!! Nem Twilight e nem 90% dos livros que tenho lido ultimamente…

Mas e daí? Sério mesmo, qual o problema?

Eu sempre estudei a vida toda. Escola, faculdade, pós-graduações, cursos de especialização e atualização… Estudo todo o santo dia no meu trabalho. Cada vez que uma nova situação bizarra surge na minha frente, lá vou eu recorrer aos livros técnicos para procurar uma solução! Mudou a lei? Lá estou eu estudando de novo!!

E então, quando chego em casa cansada de tanto pensar, sabem o que eu quero? Sim, quero um livro bem gostoso para relaxar! Quero me entregar a uma história que me faça viajar, que me dê prazer, que me alegre!!! Posso querer isso???

Não fico mais inteligente com os livros que leio? Não! Mas pode ter certeza que fico muito mais feliz!! Mas esses livros não tem nada a ensinar? Lógico que tem!! Afinal, a pessoa inteligente também aprende com o erro do outro. E quando a gente lê que um personagem fez a maior burrada, aprendemos a não cometer o mesmo erro!

Então, quando pego um livro que me faz feliz, me faz relaxar, me ensina a não cometer certos erros, então pronto: eu acho que o livro é bom!! Simples, não?

Por isso defendo que um livro é bom quando atinge as expectativas de quem lê!

Mas… 

Falo isso desde que o livro seja bem escrito!

Não me venha com um livro repleto de erros de grafia, falta de concordância, ausência de coesão – daqueles que são um verdadeiro crime contra a língua portuguesa – e diga que o livro é bom porque a ideia transmitida é o que importa… Se alguém disser um negócio desses, sou capaz de ter um treco! rs…

Não caiam nessa conversa de que o que importa é o conteúdo! Isso é papo de político querendo agradar o povão, ou de governante que não quer investir em educação para poder sobrar mais para ele roubar!!

E aí? Já pensaram nisso?

** P.S. Ao terminar de ler esse post, prestigiem também os comentários! Tenho certeza que vai rolar uma excelente discussão sobre o assunto!

Camila - Leitora Compulsiva

Veja os Comentários

  • Camis, surte o quanto quiser, simplesmente porque adoro seus surtos e a maneira de como você expõe suas ideias! Principalmente porque penso de uma maneira muito parecida da sua em vários aspectos!
    Também sou muito mais a favor de livros bem escritos do que com "conteúdo". O que define, pra mim, a qualidade de um escritor não é a ideia da história e sim como ela foi escrita. Já vi ótimas histórias não darem certo porque o(a) autor(a) não soube passá-la pro papel. Acho que pra se escrever bem de verdade é imprescindível ter conhecimento sobre sua língua, afinal, a palavra será a ferramenta de trabalho de quem vai seguir nessa carreira.
    Não acho que exista uma má literatura se isso estiver se referindo ao gênero literário. Pra mim, toda leitura pode oferecer algo de bom, mesmo as que são puramente para o entretenimento. Além delas alegrarem um dia e nos fazerem feliz, nos ajudam a treinar nossa capacidade e velocidade de leitura, a entrar em contato com um vocabulário que pode ser novo pra nós, ajuda a desenvolver nossa criatividade, enfim, são diversos fatores positivos. Pra mim, não é questão de ser boa ou má literatura, e sim um bom ou mau livro. Um livro que não foi bem escrito, que não foi bem construído, dificilmente será considerado por mim como um bom livro, ainda que a ideia dele seja magnífica!
    Hoje não escrevi uma bíblia que nem da última vez, mas acho que vai ser difícil eu comentar pouco nesses seus posts hehe
    Beijão!

    • Oi Aione,
      Que bom que gostou!
      E se prepare que vem mais chilique por aí! hahahaha
      Beijos

  • Ai, menina, penso MUITO nisso!!!!!
    Quando pequena, meu pai me fazia ler um livro por mês (da escolha dele) para entregar um resumo no mês seguinte. Assim nasceu a minha paixão por livros e mantive o hábito até hoje.
    À medida que fui crescendo e conhecendo melhor a literatura e suas tangentes, passei a me interessar mais por leituras leves, digamos assim. Leituras que me dessem prazer, que me fizessem sair um pouquinho dessa realidade maluca e embarcar em viagens alucinantes, amores impossíveis, dramas inesperados e mistérios avassaladores. E é o que tenho lido há muitos anos, mas sempre com a crítica do querido daddy que não entende minha paixão por vampiros, lobos e agora zumbis (sério, ele quase surtou).
    Porém, já sai do telhadinho dele, já sou moça grande, casada e com filhos, então debaixo do meu telhadinho, ele não apita nada (não que eu diga isso pra ele).
    Quando vai lá em casa, é sempre a mesma história.
    Vai até a minha estante, pega um livro, lê a sinopse, bufa, fecha o livro e pega outro. E assim sucessivamente até ele desistir e vir me criticar. E eu sempre debato com ele: nem toda leitura precisa ser pedagógica, estudei mais de 10 anos para isso. A leitura deve ser prazerosa, e gosto não se discute. Aprendo não apenas com as experiências dos personagens, mas abro minha mente para novas ideias, novos mundos e faço reflexões seríssimas (quem disse que não) ao ler Pequena Abelha, por exemplo; ou ao ler a jornada corajosa de uma garotinha de 7 anos como em A Jornada.
    Acho que leitura é hobbie, e se você tiver a sorte de aprender se divertindo, melhor ainda! :)
    Inspiro minhas filhas a fazerem o mesmo. Gostam de ler desde pequenas. Adoram ir à livraria (mais do que no McDonalds) e compro os livros que elas escolhem, com a única condição de lerem até o final. Se um dia perderem o prazer pela leitura, não vou julgá-las, de jeito nenhum. Se optarem por algum estilo literário que não me agrada, também não discuto. O importante é que todos tenham a oportunidade de sonhar e de se expressar. Seja através de leitura, pintura, esporte, tatuagem, roda de capoeira, artes plásticas, colar de miçanga ou dança. Sou sempre a favor!

    Adorei a nova coluna (e me empolguei no comentário).

    bjos e até amanhã no evento! rs

    • Oi Thais,
      Que bom que se empolgou no comentário!
      Essa coluna é para isso mesmo!! hehehe
      Menina, fiquei admirada com essa história que você contou sobre o seu pai.
      Ele é professor ou algo assim?? Ou somente um amante da literatura?
      E acho mesmo que a leitura também pode ser um hobbie e servir para divertir e entreter. Então, que venham os livros de sobrenatural, de fantasia...
      Beijos

  • *respirando fundo*

    Essa é uma discussão muito muito antiga. Pra que serve literatural, afinal? Uma forma de passar uma ideologia? Um pensamento político? Ou é só entreterimento? Eu acho que é difícil dizer.

    Pessoalmente, eu acho que literatura é mais que entreterimento. Livros ampliam nosso pensamento. Mas só ampliam se os levarmos a sério. Como você disse, temos que ser críticos com o que lemos. Eu sempre digo que temos que contestar os livros, até os que mais gostamos. O que esse livro tem de diferente? O que ele quis passar? Tem alguma ideologia escondida aqui? Esse livro está tentando me fazer acreditar em alguma coisa? (e muitas vezes, está rs) Eu concordo com essa ideologia? Sim, não, por que? São as perguntas básicas pra leitores críticos e devemos fazê-las lendo até receita de bolo.

    Encarar a leitura de um livro que nem assistir televisão é descartar o que a literatura tem de melhor: nos fazer pensar, nos propor novas ideias só com palavras.

    Sou formada em Letras, atualmente faço mestrado em Literatura. Estudo literatura todo dia. E sei da importância dos clássicos. Todo leitor que se preze tem que ler clássicos, sério mesmo. Shakespeare, Fernando Pessoa, Machado de Assis, e companhia limitada. Gente, clássicos são clássicos porque eles têm algo a nos dizer mesmo no mundo hoje. Os temas que tanto gostamos (amor, morte, sacrifício) estão todos lá.

    Mas reconheço também que temos que ler outras coisas. Os best-sellers têm sua importância sim. E não só para entreterimento. Tem muito best-seller que conta histórias de um jeito muito legal, diferente, usando alguma coisa "a mais". O que eu acho ruim é aquele best-seller que parece seguir uma fórmula básica: tem uma garota, tem um garoto, tem um mistério, tem um amor proibido e no final as coisas acontecem de um jeito previsível. Na página 70 você já sabe o que vai acontecer.

    Não estou dizendo que não gosto de cliché. Putz, a literatura é praticamente TODA pautada em clichés desde os gregos, minha gente! O problema todo é COMO o cliché acontece e COMO o cliché é escrito. Isso marca a diferença entre livros bons e livros medianos (ou ruins até).

    Ler pra distrair é bom. Afinal, todos que gostam de ler gostam porque é prazeroso. Mas não vamos encarar livros como "pacotes pra te fazer feliz". Digo isso porque vejo muita gente na blogosfera reclamando que tal e tal livro não foi legal simplesmente porque não aconteceu como ele/ela queria. Como assim? Ler livros que só têm o final que você quer é ridículo. Tem muitos livros excelentes que não tiveram o final que eu queria... E nem vou entrar aqui no mérito dos escritores que escrevem por demanda, só pra ganhar leitores e dinheiro...

    Adoro ler fantasia, sobrenatural, ação, aventura. Leio um monte de best-sellers. Mas de vez em quando é bom variar, sabia? Talvez os clássicos possam parecer difíceis num primeiro instante, talvez eles pareçam tão "clássicos" que até desanima. Por que não ir devagar? Começar com contos? Começar talvez com autores que não são best-sellers e que escrevem algumas coisas diferentes dessas que sempre lemos. O que mutia gente chama de literatura "séria". Tem tanta coisa pra ler nesse mundo que é no mínimo uma bobagem ficar preso sempre ao mesmo gênero. Eu sei que tem gente aí que vai apontar o dedo e dizer "Mas o seu blog é só de livros de fantasia!", mas já vou dizendo que leio de tudo. Você pode ter um gênero preferido, mas não um exclusivo.

    Camis, me desculpe, escrevi outro "desabafo". Eu concordo com quase tudo que você disse no seu post, mas eu quis falar mais algumas coisas porque tem hora que eu fico com muita raiva na blogosfera... enfim.

    bjs

    • Oi Mel,
      Que bacana ter a opinião de uma pessoa da área.
      Concordo com você que a leitura é mais do que simples entretenimento, mas ela também pode ser só uma diversão.
      Da mesma forma que temos programas de tv educativos, temos os mais bestas.
      Existem filmes incríveis que nos fazem refletir muito sobre a vida e outros que só servem para nos distrair.
      As revistas podem ser informativas ou recheadas de futilidades.
      Acho que todas as formas de comunicação servem para as duas coisas, não somente os livros!
      beijos

    • Oi, que bacana seus comentários. Concordo com você. A literatura é sempre muito mais que entretenimento. Literatura é vida. Mesmo nos livros rotulados de diversão, o leitor não sai do ato de ler sem um algo a mais. Ler, qualquer coisa, estimula o cerebro a pensar; estimula a pessoa a fazer novas conexões na vida; a ter seu olhar alongado em outra direção. Então eu dificilmente faço a separação de "só distração" , "so pensamento" simplesmente por que não acredito ser possivel separar. Shakespere era só diversão em sua época, mas hoje quem ousaria rotulá-lo desta forma? Jane Austen só foi reconhecida no final do século XiX, inicio do XX como um clássico da Literatura Inglesa...
      Os caminhos que levam as pessoas a se apaixonarem pelos livros são muito diferentes. Conheço muita gente que começou lendo Harry Potter e hoje lê Franz Kafka.
      No Brasil há uma dificuldade enorme em fazer as pessoas gostarem de ler os clássicos, por que os professores e as escolas exigem que eles leiam Machado de Assis, por exemplo. Um mestre, mas que não deve ser lido antes dos 20 anos.
      Eu me apaixonei pelos clássicos por que tive a sorte de ter um professor de literatura que nos incentivava a ler Charles Dickens, irmãs Bronte, Herman Melville, dentre outros, antes de ler os clássicos portugueses. Resultado: Todos nós nos apaixonamos pela literatura e fomos por conta própria buscar os clássicos portugueses.
      Desculpe o tamanho da resposta, mas este assunto me fascina muito, a ponto de ter transposto este tipo de debate para o livro de ficçao que escrevi.
      Camila, adorei o seu post e todos os comentários gerados aqui.
      bjs

      • Oi Soraya,
        Adorei o seu comentário.
        Como você mencionou, o que hoje é considerado um clássico já foi considerada literatura de puro entretenimento. Então porque criticar??
        As pessoas deveriam se preocupar mais em formar leitores do que em criticar o que as pessoas estão lendo!
        beijos

      • Soraya, eu concordo com você: nada é só entreterimento. Até porque mesmo quando pensamos que estamos apenas nos divertindo, estamos absorvendo alguma coisa, alguma crença, alguma ideologia.

        É realmente um debate fascinante!

        Que bacana esse seu professor, hein? É uma estratégia bem interessante pra envolver os alunos.

  • Adorei essa nova coluna!
    Abrirá ainda mais leques e atrairá mais leitores ao Leitora Compulsiva, porque isso é assunto que dá pano pra manga, hein?
    Eu particularmente não curto os clássicos, mas também não vou aceitar que me chamem de leitor sem cultura apenas porque leio best-sellers infanto-juvenis da atualidade! A escolha é minha, ué!
    Vou divulgar o post no Twitter!
    Beijos!!

    • Oi Vini,
      Obrigada pelo comentário!
      Acho que esses críticos precisam enxergar que os livros que eles consideram como lixo são responsáveis por despertar a vontade de ler em muita gente! Esse é o primeiro passo.
      Depois, ao poucos, vamos refinando nosso gosto!
      Beijos

  • Eu não entendo, quando os jovens estão mais e mais se dedicando a literatura vem um sabichão e diz: "não isso não é literatura é lixo, vá lê Machado de Assis ou Ernest Hemingway isso sim são autores de verdade" isso me irrita muito, por que eu acho que desde que a pessoa se divirta lendo um livro, ela já ganhou alguma coisa, pode não ser conhecimento mas é felicidade. E mesmo que eu leia algo de Machado ou Ernest posso acabar não entendendo nada e ficando tremendamente frustrada.
    Tem alguns livros que você precebe que o autor não soube desenvolver a historia, a ideia pode até ser boa mas se a historia nã for bem escrita para mim não adianta, só me deixa confusa e irritada.
    E eu gosto de romances sobrenaturais, romances "normais" e mundos mágicos, são o meu tipo de historia favorita e tb gosto dos clássicos, mas muitas vezes se tornam enfadonhos por que são cansativos, entendo muito as pessoas que não procuram esse tipo de literatura, mas ninguém é mais inteligente ou mais burro por gostar ou não dessas historias.
    Deixe as pessoas lerem o que tiver vontade, deixe eu ler o que quiser, até onde eu sei somos um país livres eu pago os meus livros, e daí que é uma historia de uma vampiro se apaixonando por uma humana, quem vai dizer que eu não posso ler, hein?

    Camila muito bom o post, e continue sempre trazendo essas discussões interessantes para nós.
    Beijokas

  • Oi Camila!
    Sabe a parte em que você disse "quando a gente lê que um personagem fez a maior burrada, aprendemos a não cometer o mesmo erro!", concordo plenamente!
    Quantas vezes os personagens traçam caminhos tortuosos nas histórias quando na verdade a solução era muito mais simples?
    Quanto a Twilight, eu amo essa série. Não me deixou mais inteligente, porém impactou de uma forma muito positiva na minha vida, no meu relacionamento e eu também defendo a série de cabeça erguida!
    Toda história, desde que bem escrita, traz um aprendizado, sendo um clássico ou não.
    Adorei a nova coluna.
    Beijos...Elis Culceag.

    • Oi Elis,
      Que bom que gostou!
      Fico feliz que esse espaço sirva para todos vocês se manifestarem sobre diversos temas relacionados à literatura!
      Eu também aprendi muito com o Twilight, sabia?
      beijos

  • Ótimooo post!!
    Penso exatamente como vc..
    Sempre fico triste quando alguem faz comentarios sobre eu ser viciada em ficção sobrenatural..
    Concordo plenamente, se me faz viajar é oq importa!
    Apoiada!
    Rs..
    Beijoos..
    ;)

    • Oi Fabi,
      Acho uma bobagem esse negócio de criticar as pessoas pelo gosto delas!
      Ainda mais porque a leitura é uma atividade "solo", que a gente faz sem incomodar ninguém!
      Beijos

  • Muito legal o seu surto, Camila! rsrsrs
    Sabe que eu sempre fiquei pensando sobre isso? Por que lemos, por que escrevemos, por que gostamos de ler e escrever... E há algum tempo eu cheguei a uma conclusão de certa forma parecida com a sua. Eu acho que nós lemos para enriquecermos nós mesmos. Nem sempre para ficarmos interligentes. Porque como você mesma disse os livros (nem todos, é claro) tem algo a ensinar. Não importa se é algo do tipo que se aprende em escolas ou se é algo que se aprende na vida. Esse segundo, na verdade, eu acho até melhor. Lições como amizade, soliedariedade, esse tipo de valores. Acho que é a presença deles que qualifica um livro como bom ou ruim, não importa se é um clássico ou um best seller adolescente.
    E eu concordo completamente com você no ponto de que a grafia e a concordância são importantes (e muito) na análise final do livro. Um livro com erros e bom conteúdo pode ser bom. Um livro sem erros e com bom conteúdo pode ser ótimo.
    Beijos!

    • Oi Giovanna,
      Acho que somos capazes de aprender com tudo na vida, desde que estejamos dispostos a isso!
      Não é porque uma história é mais leve ou o livro é comercial, que não temos nada a aprender com ele.
      Isso, desde que o livro seja bem escrito!
      beijos

  • Discussão, não sei nem o que discutir. Concordo. Sempre disse que importante é LER. Nem que seja propaganda que te entregam no semáforo.

    Quanto mais se lê, mais aberto se fica para outros tipos de leitura, principalmente mais densas.
    Quem lê muita "porcaria literária" pode passar a ler as bíblias sagradas. Quem lê pouco, dificilmente se interessará. Como dizia Ana maria Machado, leitura tem que ser que nem namoro. Ninguém namora com quem não gosta. Quem não tem facilidade na leitura não vai gostar de um calhamaço de palavras dificieis que pouco compreende.

    Quem lê mais cria vocabulário, aprende a argumentar, tem facilidade em compreensão de textos e discursos, expande seus conhecimentos para outras áreas, conhece outras culturas, conhece outros modos de ser, se diverte, estimula a imaginação, se torna criativo, sonha, ri, chora...

    Ler para aprender? Isso cabe aos livros didáticos. O gostoso e a verdade é que a gente aprende lendo, isso sim. Então, com força incentivemos os gibis nas escolas.

    (se acha que eu falei besteira, meu namorado estudou na mesma escola que eu, com condições financeiras familiares melhores que eu, tem um irmão que lê muito, um que lê mais ou menos. Ele não lê praticamente nada sem ter muita pressão. Minha surpresa ao escutar durante uma conversa nossa aos 24 anos, quase terminando a graduação na universidade Federal de Santa Catarina: "o que é clarabóia?", dentre tantas outras palavras que ele já me perguntou assim)

    liliescreve.blogspot.com

    • Olá Laise,
      Você disse uma coisa bem legal e que eu concordo.
      Quem lê o "lixo" está muito mais próximo dos clássicos do que quem não lê nada!
      Os livros que leio nas minhas horas de lazer me ajudam muito no trabalho, justamente pelo enriquecimento de vocabulário!
      Beijos

  • Eu concordo com o que você disse, Camila. Também concordo com o que a Melissa disse, mas confesso que dependendo do meu estado de espírito eu preciso ler coisas mais leves, que tenham finais felizes, e etc...Não consigo sempre ter esse olhar crítico e essa vontade perene de levar os livros com mais seriedade, pensar nas ideologias, no que a história passa. Isso é muito bacana, mas nem sempre consigo. Por vezes eu leio mesmo só para limpar a cabeça.

    Agora, esse pessoal que fica xingando certos tipos de livro e diz que só se pode ler os clássicos me dá uma preguiça... isso é totalmente descabido. Eu fiz Letras e o pessoal da literatura praticamente me olhava com nojo quando eu dizia que meu livro preferido era O Senhor dos Anéis (e olha que SDA é um clássico da fantasia!). Não são só livros que sofrem preconceito, até mesmo certos gêneros são menosprezados pelos acadêmicos. Ler clássicos é muito legal, mas se achar superior por causa disso ou menosprezar outros tipos de literatura é muito desnecessário. Eu acho que a gente deve analisar os objetivos de cada obra, algumas parecem ser mais afeitas à reflexão e à crítica, outras tem um propósito maior de entretenimento, mas não significa que tudo deva ser "sério" para ser bom.

    • Oi Liége,
      Reconheço que os clássicos tem uma grande importância para a literatura, mas um dia eles também foram livros desconhecidos e aposto que os grandes autores foram muito criticados...
      Como você, também aprecio um bom livro para relaxar e dar uma pausa no dia-a-dia!
      Beijos

Share
Postado por
Camila - Leitora Compulsiva

Posts Recentes

Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor

Hoje é Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor e eu não poderia…

1 semana atrás

Quarta Asa, de Rebecca Yarros #Resenha

Título: Quarta Asa Título Original: Fourth Wing Série: Empyrean Autora: Rebecca Yarros Editora: Planeta Minotauro…

3 semanas atrás

O Que Vem Por Aí – Arqueiro #Lançamentos

Hoje é dia de “O Que Vem Por Aí” e vou mostrar para vocês todos…

3 semanas atrás

Corte de Névoa e Fúria, de Sarah J. Maas #Resenha

Título: Corte de Névoa e Fúria Título Original: A Court of Mist and Fury Série:…

4 semanas atrás

Comentário Premiado #Sorteio

Hoje é dia de Comentário Premiado, o sorteio que premia os leitores que deixam seus…

4 semanas atrás

Hoje é meu aniversário: Parabéns para mim!!!

Hoje é meu aniversário e essa data não poderia passar sem um agradecimento a vocês...…

4 semanas atrás