O Sol Ainda Brilha, de Anthony Ray Hinton #Resenha

Título: O Sol Ainda Brilha

Título Original: The Sun Does Shine: How I Found Life and Freedom on Death Row

Autores: Anthony Ray Hinton e Lara Love Hardin

Editora: Vestígio

Ano: 2019

Páginas: 320

Tradução: Luis Reyes Gil

Sinopse: AQUI

Download do 1º Capítulo: AQUI

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O Clube do Livro Autêntica do mês de abril teve como tema o livro O Sol Ainda Brilha, de Anthony Ray Hinton, publicado pelo selo Vestígio. O livro é uma autobiografia romanceada de um homem que passou 30 anos preso no corredor da morte por um crime que não cometeu!

Recebi um exemplar do livro da editora e tratei de fazer a leitura do livro para poder mediar o encontro aqui de São Paulo. Eu me lembrava um pouco do caso e tinha uma vaga noção do que tinha acontecido, mas não imaginava que essa história fosse tão envolvente, com detalhes tão chocantes e revoltantes!

Sobre o que é “O Sol Ainda Brilha”?

O Sol Ainda Brilha é a autobiografia romanceada de Anthony Ray Hinton que, em 1985, foi preso sob duas acusações de assassinato no estado do Alababa, no sul dos Estados Unidos. Na época ele tinha 29 anos e estava certo de que se tratava de um erro de identidade, já que não tinha cometido nenhum dos crimes. Ele tinha certeza que tudo seria esclarecido rapidamente e que ele seria solto… Ledo engano!

Sendo preto e pobre, Hinton não pôde contratar um advogado e teve que se contentar com um defensor público pouco empenhado e sem verba para arcar com as perícias necessárias. Mesmo sem qualquer prova concreta contra Hinton e abusando das alegações absurdas e provas forjadas, a acusação teve êxito em conseguir uma condenação contra ele. Sentenciado à morte, Hinton não conseguia entender o que estava acontecendo. Ele era inocente, mas ninguém acreditava nele e agora ele iria para a cadeira elétrica!

Nesse livro, Hinton conta como sobreviveu aos dramáticos trinta anos em que permaneceu preso, à espera de sua execução. Para não enlouquecer no corredor da morte, Hinton precisou aprender a lidar com os horrores e descobrir maneiras de manter a mente ocupada. Ele nunca perdeu a esperança, a imaginação, o humor e a compaixão.

Durante todo o tempo Hinton sempre alegou sua inocência e lutou bravamente para provar que jamais cometeu os assassinatos!

O que esperar desse livro?

Apesar de ser uma leitora compulsiva com um gosto bem eclético para livros, confesso que livros de não-ficção nunca foram a minha praia. Não sou de ler biografias e por isso, quando a Autêntica anunciou que esse seria o livro do Clube do Livro do mês de abril, fiquei um pouco com o pé atrás…Como a proposta do clube é justamente tirar a gente da zona de conforto, topei o desafio e encarei essa leitura. Não imaginava que me surpreenderia tanto!!!!

O Sol Ainda Brilha é uma biografia, mas bem que poderia ser um suspense arrasador. A narrativa é extremamente envolvente e quando menos a gente espera está completamente imerso na história. São tantos absurdos, preconceitos, injustiças, mentiras e horrores que é impossível não se revoltar! A angústia que essa história me provocou foi tanta que eu não conseguia parar de ler.

O livro é repleto de momentos emocionantes e foi difícil segurar as lágrimas em alguns deles. Não dá para imaginar o quanto deve ter sido difícil para Anthony Ray passar por tudo isso, mas com certeza essa é uma história que nos inspira a lutar contra injustiças! Posso não concordar com todas as opiniões dele, mas com certeza fiquei extremamente tocada por essa história e essa foi uma das minhas melhores leituras do ano! Recomendo muito essa leitura!!!!

Quem diria que uma biografia seria tão incrível! Rs…

Sobre o autor e seus outros livros…

Anthony Ray Hinton passou três décadas no corredor da morte injustamente. Libertado em abril de 2015, hoje advoga a favor das reformas penitenciárias e fala sobre o poder da fé e do perdão. Vive no Alabama, Estados Unidos. O sol ainda brilha, seu primeiro livro, foi escolhido por Oprah Winfrey para seu clube do livro no verão de 2018.

Confiram o booktrailer do livro (legendado em inglês):

Confiram a entrevista de Anthony Ray Hinton para a Vestígio (legendada em português):