Leitora Compulsiva

Pense Nisso: O que é bom na literatura?

Olá, meus queridos leitores!!

Já faz um tempo que tenho pensado em escrever alguns posts diferentes aqui, para fugir um pouco das resenhas…

E no dia que tive aquele surtinho básico no Twitter e acabei transformando num post, uma luz se acendeu na minha mente! Naquele dia eu pensei: por que não surtar sobre outras coisas?? hehehehe

É por isso que estou aqui hoje para inaugurar oficialmente a coluna: Pense Nisso!

O tema de hoje é a qualidade dos livros: O que é bom na literatura?

Antes de mais nada, não sou especialista em literatura, não fiz letras e nem nada do gênero. Minhas opiniões são totalmente baseadas nas minhas experiências de vida, então nada de dar chiliquinho aqui dizendo que eu não sou qualificada para falar sobre isso! Oras, eu leio pra burro certo? Então por que não posso opinar sobre isso? Ah é, eu posso sim!! hehehehe

Mas o lance é o seguinte…

Estou cansada de ver especialistas, gente muito estudada, dizendo que os livros de hoje são muito ruins, que as pessoas estão se entupindo de porcaria ao ler os best sellers que surgem por aí! Tem muito intelectual criticando o fato dos jovens estarem se dedicando aos livros de fantasia e de sobrenatural, enquanto deixam de lado os tão enriquecedores clássicos!

Tudo bem, entendo a lógica disso! Essas pessoas estão pensando na formação dos jovens! É lógico que um livro pode e deve nos ensinar alguma coisa, nos fazer refletir e ajudar no nosso desenvolvimento intelectual. É muito importante aprendermos a pensar sobre aquilo que lemos, a ter uma visão crítica, a saber interpretar as nuances na história… É bacana lermos um livro premiadíssimo, escrito por uma autora iraniana, sobre a dificuldade enfrentada pelas mulheres árabes e refletirmos sobre essa cruel situação…

Concordo ainda que Twilight, por exemplo, que é uma série que eu amo e que os mais críticos costumam chamar de lixo, não me deixou mais inteligente!! Nem Twilight e nem 90% dos livros que tenho lido ultimamente…

Mas e daí? Sério mesmo, qual o problema?

Eu sempre estudei a vida toda. Escola, faculdade, pós-graduações, cursos de especialização e atualização… Estudo todo o santo dia no meu trabalho. Cada vez que uma nova situação bizarra surge na minha frente, lá vou eu recorrer aos livros técnicos para procurar uma solução! Mudou a lei? Lá estou eu estudando de novo!!

E então, quando chego em casa cansada de tanto pensar, sabem o que eu quero? Sim, quero um livro bem gostoso para relaxar! Quero me entregar a uma história que me faça viajar, que me dê prazer, que me alegre!!! Posso querer isso???

Não fico mais inteligente com os livros que leio? Não! Mas pode ter certeza que fico muito mais feliz!! Mas esses livros não tem nada a ensinar? Lógico que tem!! Afinal, a pessoa inteligente também aprende com o erro do outro. E quando a gente lê que um personagem fez a maior burrada, aprendemos a não cometer o mesmo erro!

Então, quando pego um livro que me faz feliz, me faz relaxar, me ensina a não cometer certos erros, então pronto: eu acho que o livro é bom!! Simples, não?

Por isso defendo que um livro é bom quando atinge as expectativas de quem lê!

Mas… 

Falo isso desde que o livro seja bem escrito!

Não me venha com um livro repleto de erros de grafia, falta de concordância, ausência de coesão – daqueles que são um verdadeiro crime contra a língua portuguesa – e diga que o livro é bom porque a ideia transmitida é o que importa… Se alguém disser um negócio desses, sou capaz de ter um treco! rs…

Não caiam nessa conversa de que o que importa é o conteúdo! Isso é papo de político querendo agradar o povão, ou de governante que não quer investir em educação para poder sobrar mais para ele roubar!!

E aí? Já pensaram nisso?

** P.S. Ao terminar de ler esse post, prestigiem também os comentários! Tenho certeza que vai rolar uma excelente discussão sobre o assunto!

70 comentários sobre “Pense Nisso: O que é bom na literatura?

  1. Aione Simões

    Camis, surte o quanto quiser, simplesmente porque adoro seus surtos e a maneira de como você expõe suas ideias! Principalmente porque penso de uma maneira muito parecida da sua em vários aspectos!
    Também sou muito mais a favor de livros bem escritos do que com “conteúdo”. O que define, pra mim, a qualidade de um escritor não é a ideia da história e sim como ela foi escrita. Já vi ótimas histórias não darem certo porque o(a) autor(a) não soube passá-la pro papel. Acho que pra se escrever bem de verdade é imprescindível ter conhecimento sobre sua língua, afinal, a palavra será a ferramenta de trabalho de quem vai seguir nessa carreira.
    Não acho que exista uma má literatura se isso estiver se referindo ao gênero literário. Pra mim, toda leitura pode oferecer algo de bom, mesmo as que são puramente para o entretenimento. Além delas alegrarem um dia e nos fazerem feliz, nos ajudam a treinar nossa capacidade e velocidade de leitura, a entrar em contato com um vocabulário que pode ser novo pra nós, ajuda a desenvolver nossa criatividade, enfim, são diversos fatores positivos. Pra mim, não é questão de ser boa ou má literatura, e sim um bom ou mau livro. Um livro que não foi bem escrito, que não foi bem construído, dificilmente será considerado por mim como um bom livro, ainda que a ideia dele seja magnífica!
    Hoje não escrevi uma bíblia que nem da última vez, mas acho que vai ser difícil eu comentar pouco nesses seus posts hehe
    Beijão!

  2. Thais Ortega (@thaorteg)

    Ai, menina, penso MUITO nisso!!!!!
    Quando pequena, meu pai me fazia ler um livro por mês (da escolha dele) para entregar um resumo no mês seguinte. Assim nasceu a minha paixão por livros e mantive o hábito até hoje.
    À medida que fui crescendo e conhecendo melhor a literatura e suas tangentes, passei a me interessar mais por leituras leves, digamos assim. Leituras que me dessem prazer, que me fizessem sair um pouquinho dessa realidade maluca e embarcar em viagens alucinantes, amores impossíveis, dramas inesperados e mistérios avassaladores. E é o que tenho lido há muitos anos, mas sempre com a crítica do querido daddy que não entende minha paixão por vampiros, lobos e agora zumbis (sério, ele quase surtou).
    Porém, já sai do telhadinho dele, já sou moça grande, casada e com filhos, então debaixo do meu telhadinho, ele não apita nada (não que eu diga isso pra ele).
    Quando vai lá em casa, é sempre a mesma história.
    Vai até a minha estante, pega um livro, lê a sinopse, bufa, fecha o livro e pega outro. E assim sucessivamente até ele desistir e vir me criticar. E eu sempre debato com ele: nem toda leitura precisa ser pedagógica, estudei mais de 10 anos para isso. A leitura deve ser prazerosa, e gosto não se discute. Aprendo não apenas com as experiências dos personagens, mas abro minha mente para novas ideias, novos mundos e faço reflexões seríssimas (quem disse que não) ao ler Pequena Abelha, por exemplo; ou ao ler a jornada corajosa de uma garotinha de 7 anos como em A Jornada.
    Acho que leitura é hobbie, e se você tiver a sorte de aprender se divertindo, melhor ainda! 🙂
    Inspiro minhas filhas a fazerem o mesmo. Gostam de ler desde pequenas. Adoram ir à livraria (mais do que no McDonalds) e compro os livros que elas escolhem, com a única condição de lerem até o final. Se um dia perderem o prazer pela leitura, não vou julgá-las, de jeito nenhum. Se optarem por algum estilo literário que não me agrada, também não discuto. O importante é que todos tenham a oportunidade de sonhar e de se expressar. Seja através de leitura, pintura, esporte, tatuagem, roda de capoeira, artes plásticas, colar de miçanga ou dança. Sou sempre a favor!

    Adorei a nova coluna (e me empolguei no comentário).

    bjos e até amanhã no evento! rs

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Oi Thais,
      Que bom que se empolgou no comentário!
      Essa coluna é para isso mesmo!! hehehe
      Menina, fiquei admirada com essa história que você contou sobre o seu pai.
      Ele é professor ou algo assim?? Ou somente um amante da literatura?
      E acho mesmo que a leitura também pode ser um hobbie e servir para divertir e entreter. Então, que venham os livros de sobrenatural, de fantasia…
      Beijos

  3. Melissa

    *respirando fundo*

    Essa é uma discussão muito muito antiga. Pra que serve literatural, afinal? Uma forma de passar uma ideologia? Um pensamento político? Ou é só entreterimento? Eu acho que é difícil dizer.

    Pessoalmente, eu acho que literatura é mais que entreterimento. Livros ampliam nosso pensamento. Mas só ampliam se os levarmos a sério. Como você disse, temos que ser críticos com o que lemos. Eu sempre digo que temos que contestar os livros, até os que mais gostamos. O que esse livro tem de diferente? O que ele quis passar? Tem alguma ideologia escondida aqui? Esse livro está tentando me fazer acreditar em alguma coisa? (e muitas vezes, está rs) Eu concordo com essa ideologia? Sim, não, por que? São as perguntas básicas pra leitores críticos e devemos fazê-las lendo até receita de bolo.

    Encarar a leitura de um livro que nem assistir televisão é descartar o que a literatura tem de melhor: nos fazer pensar, nos propor novas ideias só com palavras.

    Sou formada em Letras, atualmente faço mestrado em Literatura. Estudo literatura todo dia. E sei da importância dos clássicos. Todo leitor que se preze tem que ler clássicos, sério mesmo. Shakespeare, Fernando Pessoa, Machado de Assis, e companhia limitada. Gente, clássicos são clássicos porque eles têm algo a nos dizer mesmo no mundo hoje. Os temas que tanto gostamos (amor, morte, sacrifício) estão todos lá.

    Mas reconheço também que temos que ler outras coisas. Os best-sellers têm sua importância sim. E não só para entreterimento. Tem muito best-seller que conta histórias de um jeito muito legal, diferente, usando alguma coisa “a mais”. O que eu acho ruim é aquele best-seller que parece seguir uma fórmula básica: tem uma garota, tem um garoto, tem um mistério, tem um amor proibido e no final as coisas acontecem de um jeito previsível. Na página 70 você já sabe o que vai acontecer.

    Não estou dizendo que não gosto de cliché. Putz, a literatura é praticamente TODA pautada em clichés desde os gregos, minha gente! O problema todo é COMO o cliché acontece e COMO o cliché é escrito. Isso marca a diferença entre livros bons e livros medianos (ou ruins até).

    Ler pra distrair é bom. Afinal, todos que gostam de ler gostam porque é prazeroso. Mas não vamos encarar livros como “pacotes pra te fazer feliz”. Digo isso porque vejo muita gente na blogosfera reclamando que tal e tal livro não foi legal simplesmente porque não aconteceu como ele/ela queria. Como assim? Ler livros que só têm o final que você quer é ridículo. Tem muitos livros excelentes que não tiveram o final que eu queria… E nem vou entrar aqui no mérito dos escritores que escrevem por demanda, só pra ganhar leitores e dinheiro…

    Adoro ler fantasia, sobrenatural, ação, aventura. Leio um monte de best-sellers. Mas de vez em quando é bom variar, sabia? Talvez os clássicos possam parecer difíceis num primeiro instante, talvez eles pareçam tão “clássicos” que até desanima. Por que não ir devagar? Começar com contos? Começar talvez com autores que não são best-sellers e que escrevem algumas coisas diferentes dessas que sempre lemos. O que mutia gente chama de literatura “séria”. Tem tanta coisa pra ler nesse mundo que é no mínimo uma bobagem ficar preso sempre ao mesmo gênero. Eu sei que tem gente aí que vai apontar o dedo e dizer “Mas o seu blog é só de livros de fantasia!”, mas já vou dizendo que leio de tudo. Você pode ter um gênero preferido, mas não um exclusivo.

    Camis, me desculpe, escrevi outro “desabafo”. Eu concordo com quase tudo que você disse no seu post, mas eu quis falar mais algumas coisas porque tem hora que eu fico com muita raiva na blogosfera… enfim.

    bjs

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Oi Mel,
      Que bacana ter a opinião de uma pessoa da área.
      Concordo com você que a leitura é mais do que simples entretenimento, mas ela também pode ser só uma diversão.
      Da mesma forma que temos programas de tv educativos, temos os mais bestas.
      Existem filmes incríveis que nos fazem refletir muito sobre a vida e outros que só servem para nos distrair.
      As revistas podem ser informativas ou recheadas de futilidades.
      Acho que todas as formas de comunicação servem para as duas coisas, não somente os livros!
      beijos

    2. Soraya Felix

      Oi, que bacana seus comentários. Concordo com você. A literatura é sempre muito mais que entretenimento. Literatura é vida. Mesmo nos livros rotulados de diversão, o leitor não sai do ato de ler sem um algo a mais. Ler, qualquer coisa, estimula o cerebro a pensar; estimula a pessoa a fazer novas conexões na vida; a ter seu olhar alongado em outra direção. Então eu dificilmente faço a separação de “só distração” , “so pensamento” simplesmente por que não acredito ser possivel separar. Shakespere era só diversão em sua época, mas hoje quem ousaria rotulá-lo desta forma? Jane Austen só foi reconhecida no final do século XiX, inicio do XX como um clássico da Literatura Inglesa…
      Os caminhos que levam as pessoas a se apaixonarem pelos livros são muito diferentes. Conheço muita gente que começou lendo Harry Potter e hoje lê Franz Kafka.
      No Brasil há uma dificuldade enorme em fazer as pessoas gostarem de ler os clássicos, por que os professores e as escolas exigem que eles leiam Machado de Assis, por exemplo. Um mestre, mas que não deve ser lido antes dos 20 anos.
      Eu me apaixonei pelos clássicos por que tive a sorte de ter um professor de literatura que nos incentivava a ler Charles Dickens, irmãs Bronte, Herman Melville, dentre outros, antes de ler os clássicos portugueses. Resultado: Todos nós nos apaixonamos pela literatura e fomos por conta própria buscar os clássicos portugueses.
      Desculpe o tamanho da resposta, mas este assunto me fascina muito, a ponto de ter transposto este tipo de debate para o livro de ficçao que escrevi.
      Camila, adorei o seu post e todos os comentários gerados aqui.
      bjs

      1. Camila - Leitora Compulsiva

        Oi Soraya,
        Adorei o seu comentário.
        Como você mencionou, o que hoje é considerado um clássico já foi considerada literatura de puro entretenimento. Então porque criticar??
        As pessoas deveriam se preocupar mais em formar leitores do que em criticar o que as pessoas estão lendo!
        beijos

      2. Melissa

        Soraya, eu concordo com você: nada é só entreterimento. Até porque mesmo quando pensamos que estamos apenas nos divertindo, estamos absorvendo alguma coisa, alguma crença, alguma ideologia.

        É realmente um debate fascinante!

        Que bacana esse seu professor, hein? É uma estratégia bem interessante pra envolver os alunos.

  4. Vinícius

    Adorei essa nova coluna!
    Abrirá ainda mais leques e atrairá mais leitores ao Leitora Compulsiva, porque isso é assunto que dá pano pra manga, hein?
    Eu particularmente não curto os clássicos, mas também não vou aceitar que me chamem de leitor sem cultura apenas porque leio best-sellers infanto-juvenis da atualidade! A escolha é minha, ué!
    Vou divulgar o post no Twitter!
    Beijos!!

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Oi Vini,
      Obrigada pelo comentário!
      Acho que esses críticos precisam enxergar que os livros que eles consideram como lixo são responsáveis por despertar a vontade de ler em muita gente! Esse é o primeiro passo.
      Depois, ao poucos, vamos refinando nosso gosto!
      Beijos

  5. Juliana Pires

    Eu não entendo, quando os jovens estão mais e mais se dedicando a literatura vem um sabichão e diz: “não isso não é literatura é lixo, vá lê Machado de Assis ou Ernest Hemingway isso sim são autores de verdade” isso me irrita muito, por que eu acho que desde que a pessoa se divirta lendo um livro, ela já ganhou alguma coisa, pode não ser conhecimento mas é felicidade. E mesmo que eu leia algo de Machado ou Ernest posso acabar não entendendo nada e ficando tremendamente frustrada.
    Tem alguns livros que você precebe que o autor não soube desenvolver a historia, a ideia pode até ser boa mas se a historia nã for bem escrita para mim não adianta, só me deixa confusa e irritada.
    E eu gosto de romances sobrenaturais, romances “normais” e mundos mágicos, são o meu tipo de historia favorita e tb gosto dos clássicos, mas muitas vezes se tornam enfadonhos por que são cansativos, entendo muito as pessoas que não procuram esse tipo de literatura, mas ninguém é mais inteligente ou mais burro por gostar ou não dessas historias.
    Deixe as pessoas lerem o que tiver vontade, deixe eu ler o que quiser, até onde eu sei somos um país livres eu pago os meus livros, e daí que é uma historia de uma vampiro se apaixonando por uma humana, quem vai dizer que eu não posso ler, hein?

    Camila muito bom o post, e continue sempre trazendo essas discussões interessantes para nós.
    Beijokas

  6. Arquivo Passional

    Oi Camila!
    Sabe a parte em que você disse “quando a gente lê que um personagem fez a maior burrada, aprendemos a não cometer o mesmo erro!”, concordo plenamente!
    Quantas vezes os personagens traçam caminhos tortuosos nas histórias quando na verdade a solução era muito mais simples?
    Quanto a Twilight, eu amo essa série. Não me deixou mais inteligente, porém impactou de uma forma muito positiva na minha vida, no meu relacionamento e eu também defendo a série de cabeça erguida!
    Toda história, desde que bem escrita, traz um aprendizado, sendo um clássico ou não.
    Adorei a nova coluna.
    Beijos…Elis Culceag.

  7. Fabi

    Ótimooo post!!
    Penso exatamente como vc..
    Sempre fico triste quando alguem faz comentarios sobre eu ser viciada em ficção sobrenatural..
    Concordo plenamente, se me faz viajar é oq importa!
    Apoiada!
    Rs..
    Beijoos..
    😉

  8. Giovanna Delela

    Muito legal o seu surto, Camila! rsrsrs
    Sabe que eu sempre fiquei pensando sobre isso? Por que lemos, por que escrevemos, por que gostamos de ler e escrever… E há algum tempo eu cheguei a uma conclusão de certa forma parecida com a sua. Eu acho que nós lemos para enriquecermos nós mesmos. Nem sempre para ficarmos interligentes. Porque como você mesma disse os livros (nem todos, é claro) tem algo a ensinar. Não importa se é algo do tipo que se aprende em escolas ou se é algo que se aprende na vida. Esse segundo, na verdade, eu acho até melhor. Lições como amizade, soliedariedade, esse tipo de valores. Acho que é a presença deles que qualifica um livro como bom ou ruim, não importa se é um clássico ou um best seller adolescente.
    E eu concordo completamente com você no ponto de que a grafia e a concordância são importantes (e muito) na análise final do livro. Um livro com erros e bom conteúdo pode ser bom. Um livro sem erros e com bom conteúdo pode ser ótimo.
    Beijos!

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Oi Giovanna,
      Acho que somos capazes de aprender com tudo na vida, desde que estejamos dispostos a isso!
      Não é porque uma história é mais leve ou o livro é comercial, que não temos nada a aprender com ele.
      Isso, desde que o livro seja bem escrito!
      beijos

  9. Laise Orsi

    Discussão, não sei nem o que discutir. Concordo. Sempre disse que importante é LER. Nem que seja propaganda que te entregam no semáforo.

    Quanto mais se lê, mais aberto se fica para outros tipos de leitura, principalmente mais densas.
    Quem lê muita “porcaria literária” pode passar a ler as bíblias sagradas. Quem lê pouco, dificilmente se interessará. Como dizia Ana maria Machado, leitura tem que ser que nem namoro. Ninguém namora com quem não gosta. Quem não tem facilidade na leitura não vai gostar de um calhamaço de palavras dificieis que pouco compreende.

    Quem lê mais cria vocabulário, aprende a argumentar, tem facilidade em compreensão de textos e discursos, expande seus conhecimentos para outras áreas, conhece outras culturas, conhece outros modos de ser, se diverte, estimula a imaginação, se torna criativo, sonha, ri, chora…

    Ler para aprender? Isso cabe aos livros didáticos. O gostoso e a verdade é que a gente aprende lendo, isso sim. Então, com força incentivemos os gibis nas escolas.

    (se acha que eu falei besteira, meu namorado estudou na mesma escola que eu, com condições financeiras familiares melhores que eu, tem um irmão que lê muito, um que lê mais ou menos. Ele não lê praticamente nada sem ter muita pressão. Minha surpresa ao escutar durante uma conversa nossa aos 24 anos, quase terminando a graduação na universidade Federal de Santa Catarina: “o que é clarabóia?”, dentre tantas outras palavras que ele já me perguntou assim)

    liliescreve.blogspot.com

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Olá Laise,
      Você disse uma coisa bem legal e que eu concordo.
      Quem lê o “lixo” está muito mais próximo dos clássicos do que quem não lê nada!
      Os livros que leio nas minhas horas de lazer me ajudam muito no trabalho, justamente pelo enriquecimento de vocabulário!
      Beijos

  10. Liége

    Eu concordo com o que você disse, Camila. Também concordo com o que a Melissa disse, mas confesso que dependendo do meu estado de espírito eu preciso ler coisas mais leves, que tenham finais felizes, e etc…Não consigo sempre ter esse olhar crítico e essa vontade perene de levar os livros com mais seriedade, pensar nas ideologias, no que a história passa. Isso é muito bacana, mas nem sempre consigo. Por vezes eu leio mesmo só para limpar a cabeça.

    Agora, esse pessoal que fica xingando certos tipos de livro e diz que só se pode ler os clássicos me dá uma preguiça… isso é totalmente descabido. Eu fiz Letras e o pessoal da literatura praticamente me olhava com nojo quando eu dizia que meu livro preferido era O Senhor dos Anéis (e olha que SDA é um clássico da fantasia!). Não são só livros que sofrem preconceito, até mesmo certos gêneros são menosprezados pelos acadêmicos. Ler clássicos é muito legal, mas se achar superior por causa disso ou menosprezar outros tipos de literatura é muito desnecessário. Eu acho que a gente deve analisar os objetivos de cada obra, algumas parecem ser mais afeitas à reflexão e à crítica, outras tem um propósito maior de entretenimento, mas não significa que tudo deva ser “sério” para ser bom.

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Oi Liége,
      Reconheço que os clássicos tem uma grande importância para a literatura, mas um dia eles também foram livros desconhecidos e aposto que os grandes autores foram muito criticados…
      Como você, também aprecio um bom livro para relaxar e dar uma pausa no dia-a-dia!
      Beijos

  11. virginia

    Rapaz, eu prefiro uma pessoa lendo qualquer coisa do que ficar por ai vagabundando e escutando Funk.

    Odeio segregação entre o cult e o popular, e daí que uma série de vampiros não tras uma questão profunda da vida??? Sou menos inteligente????

    concordo plenamente com sua opinião

    E foi graças a Crepusculo que me interessei por livros novamente, por mais que as pessoas torcem o nariz quando eu falo isso, mas é a verdade e sou sincera….

    Camila , vc é ótima

    Mil beijos

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Oi Virginia,
      Que bom que pensa assim!
      Assim como aconteceu com Senhor dos Anéis, Harry Potter e vai acontecer com Jogos Vorazes, a franquia de Crepúsculo é responsável por uma nove geração de leitores! E como isso pode ser ruim?
      As pessoas podem não gostar da história, mas não podem dizer que a Autora escreve mau, ou que a série não tem seus méritos!
      Beijos

  12. Hérida Ruyz

    Oi Camila!
    Adorei a coluna! Concordo com você em tudo. Eu tbm prefiro ler nas minhas horas vagas um livro descontraido. Afinal, trabalho em uma área pesada e vejo a realidade da vida todos os dias. Então, no meu tempo livre eu quero viajar pelo mundo da fantasia e do fútil. Isso me traz alegria e saúde mental! kkk
    Bjs

  13. carolinaduraes

    Oi Camila tudo bem?
    Bom, eu sou da seguinte opinião: livros de lazer, hobbies e etc, são para nos fazer sonhar. Para nos imaginarmos sendo aquela garota por quem o vampiro gato se apaixonou, ou a heroína que troca de lugar com a irmã amada para salvá-la, ou simplesmente a garota inocente apaixonada por um garoto. O mundo já é cheio de violência e notícias tristes, onde presenciamos tanta dor que se não extravasarmos de alguma forma, ficaríamos loucos. Que forma mais saudável de fazer isso do que ler um livro totalmente fora da nossa realidade, ou assistir um filme que nos transporte para outro mundo. Nós criamos mundo quando sonhamos para fugir dessa realidade. Não vejo nada de prejudical ler ou ver um filme de fantasia, de criaturas inexistentes ou sei lá o que…
    beijos

  14. Sabrina Inserra

    Nossa, Camila, não podia concordar mais com o seu post!!
    Sinto exatamente isso!!!!
    Sou uma pessoa com um gosto de leitura bem variado (sei que tem muita gente que fala isso da boca pra fora, mas é verdade). Já cansei de ler muito clássico que não me envolveu de jeito nenhum e muito livro considerado como “de entretenimento” que me fez pensar bastante. Aliás, aí está a grande questão: o que nos atrai em muitos desses livros é a própria empatia que temos pelos personagens. Eu não sei qual é o sentimento de matar alguém e ser dominado pela culpa lenta e dolorosamente (Crime e Castigo), mas sei o que é me frustrar com pessoas nas quais confiava, me iludir com um garoto ou ter que superar por grandes dificuldades em casa (muitos livros YA).
    Além disso, sinto muito quando algo que considero como um hobby, uma atividade gostosa, prazerosa, acaba virando uma obrigação. Quem está lendo sou eu. Logo, quem sabe que tipo de leitura me agrada ou é boa para mim, deveria ser eu também, certo?
    Lógico que é bom variar. É bom conhecer outros gêneros, outras narrativas, outros estilos. Mas é só experimentando, lendo, que acabamos traçando os nossos gostos.
    (Espero que eu tenha feito algum sentido, hehehe…)
    Beijos!!!

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Oi Sabrina,
      Fez o maior sentido para mim!
      Acho que as pessoas deveriam se preocupar menos com a vida alheia!
      Me lembro de uma reportagem de uma senhora que escreveu que os blogs literários mais populares são ruins porque só recomendam livros ruins. Achei ridículo!
      Só porque a pessoa não gosta das mesmas coisas que gostamos, não pode sair por aí esculhambando o nosso trabalho.
      É uma pena!
      beijos

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Oi Andressa,
      Os clássicos não são clássicos à toa! É óbvio que cada um deles tem o seu valor!
      Eu adorei alguns clássicos que li quando estava na escola e pretendo reler os que não gostei, para ver se gosto hoje, depois de velha! rs…
      Mas isso não significa que os outros tipos de livros sejam ruins!
      Eu não leio Auto-Ajuda, por exemplo, mas se esse tipo de livro faz bem para a alma de quem lê, qual o problema? Eu não curto Biografia, mas conheço gente que ama! Se elas aprendem alguma coisa, então ótimo!!
      E tenho certeza que tá cheio de gente que torce o nariz para as coisas que eu gosto… E daí?

  15. Lor Garcia (@llorgarcia)

    Mila querida, mais uma vez estou eu aqui para comentar em um post em que você abre caminho para uma discussão. ADORO!!!
    Concordo plenamente com você quanto aos críticos, quanto aos clássicos, quanto a tudo. Penso a mesma coisa, quando leio um livro de ficção, leio pelo simples fato da diversão, tanto que não leio nenhuma biografia ou qualquer livro que conte a real história de algo. De realidade já estou cheia, gosto mesmo é de sentir leve com uma leitura agradável. A gente estuda tanto, lê tanto para isso, em algum momento merecemos um descanso.
    Eu nem li os comentários acima até pra não estender muito meu comentário, pois queria fazê-lo mesmo pra você – rs.
    Então é isso. Essa sua nova coluna vai ter muitos comentários meus, pode ter certeza! Como eu disse antes, adoro isso!
    Um beijo grande,
    Lorena

  16. Viviane Ferreira (@viviferr)

    Nem tenho muito o que dizer (sempre que digo isso escrevo demais o que fica um tanto contraditório, mas ok, vamos lá), você falou basicamente o que penso a respeito.
    Quando eu era adolescente não tava nem aí para livros, só queria saber de cabular aula (feio isso hein Viviane) e ficar fumando com os amigos na praça perto da escola. E nas horas vagas estava sempre dormindo ou escutando rock bem alto para irritar os vizinhos. Os adolescente de hoje eles leêm poxa vida. Quer coisa melhor e mais saudável? Independente do tipo de leitura a geração mudou e evoluiu.
    E a grande maioria dos livros, independente do gênero, sempre tem uma lição embutida, claro que existem suas excessões, mas acima de tudo quem lê aprende a escrever melhor, se comunicar melhor, enfim a leitura só traz benefícios ao ser humano, independente de ser ou não um clássico.
    Acho que este discurso de intelectuais babacas sobre leitura de clássico já virou clichê e tá na hora de mudarem o disco. Não adianta, mesmo nós que lemos compulsivamente tem clássico que não desse devido a narrativa cansativa.
    Eu por exemplo quase morri para ler Orgulho e Preconceito, levei meses para terminar, mas o mesmo aconteceu com Destino, então o problema não esta em ser ou não um clássico e sim em ter ou não uma narrativa agradável para o leitor.

    Só tenho uma coisa coisa para dizer à estes intelectuais =P (pruuuuuuuuuuuu).

    Beijocas

    PS* ADOREI a coluna, se posso sugerir vc poderia falar sobre qualidade dos livros impressos (prometo tentar não meter tanto o pau na Rocco pq é parceira do seu blog =/)

  17. Elena Bessa

    Mila, adorei esse post! Tenho a mesma opinião Que vc. Muita gente acaba criticando mais quem lê livros ‘bobos’ do que quem simplesmente não lê, não consigo entender!!
    Leitura é tão lazer quanto televisão, sei lá, mas é mil vezes melhor, porque não é só lazer, ensina, e ensina muuito. Qualquer tipo de leitura. Nem que seja só português ou capacidade redacional, ahaha 🙂

    E eu também odeeio quem fica de mimimi com os clássicos, quem endeusa os clássicos. Afinal, os livros que nós lemos hoje, SERÃO os clássicos! Ou não acham que Harry Potter foi um marco histórico, ou mesmo a quantidade de livros infanto-juvenis nacionais que estão surgindo?
    E eu também adorei essa sua coluna, você tem tantas opiniões boas sobre várias coisas, mila, muito bom botar tudo isso num post. 🙂
    Beijos!

  18. Mundo da Leitura

    Oi Camis!
    Andei mega sumida por aqui menina! Admito meu erro =/ Mas agora estou de volta aos comentários o/
    Menina, você não faz ideia de quanto adoro seus “surtos”, amei a ideia dessa nova coluna! Acompanhei de perto seus tweets sobre as parceiras (que depois rederam um post e agora essa coluna) e concordo totalmente. Aliás, vou falar sobre isso no meu post de amanhã, quero dar minha opinião também 😉
    Sabe, eu gosto de um bom livro de drama de vez em quando, mas não entendo porque algum livro com função exclusiva de entretenimento pode ser uma coisa ruim o.O Desde quando ler alguma coisa para se distrair é diferente de ter um hobby como a música, esportes, etc??? Cada um faz o que gosta, e acho ainda que mesmo leituras como Crepúsculo podem sim nos deixar mais inteligentes!!! Eu, por exemplo, sei inúmeras coisas de cultura geral, história, etc, apenas porque li em determinado livro (meu namorado até se espanta quando eu saio com alguma informação totalmente desconhecida, mas verdadeira, e digo que aprendi em livro tal, que pode ser até um chick-lit)!
    Vou acompanhar a coluna com certeza! Ah, e não pense que eu não estava lendo suas postagens, li todinhas, hehehe! Só estive com pouco tempo para comentar 🙁
    Ahhh, lembrei agora. Vc tinha comentado sobre a subscrição por e-mail lá do blog né. Fiz um teste e tá tudo certo com o Feed. Mas acontece que quando comprei o domínio perdi aquela subscrição própria do WP que é está que vc tem aqui. Fiz uma conta no Feedburn e é por ele que irão os e-mails agora, então só é necessário recadastrar seu e-mail lá (daí vc não estava recebendo pq não estava cadastrada). Tenta fazer isso, se não der certo, te peço um favorzinho (ou favorzão, haha) de me avisar, que daí eu tenho que ver se tem mais algum problema nele 😉

    Beijos
    Adriana – Mundo da Leitura

  19. allanyorsh

    Ok *estrala os dedos e se prepara* (o que inclui fazer uma cópia do comment pro word se minha internet me trollar)

    Gostei muito desse post principalmente pq falou de uma coisa que sempre me deu vontade de comentar.

    Não acho justo as pessoas que só acreditam que a leitura de clássicos seja algo “enriquecedor” ou “digno”, o que afasta muitas pessoas de ler qualquer livro (incluindo best sellers) é a essa mania de fazer as pessoas lerem livros que elas não querem desde a infância (ou da escola), querendo ou não, todo leitor tem aquela vontade da “descoberta”, mesmo que seja lendo uma resenha ou achando aquele livro escondido na livraria, gostamos de descobrir os livros que vamos ler, uma sugestão é bem mais válida do que o clássico “leia que vale nota”.

    Não vou menosprezar os clássicos, porque gostei de alguns, e se eles estão aí até hoje é por algum motivo, mas nem por isso vou obrigar os outros a lê-los posso até sugerir, mas me vangloriar porque são “clássicos”, acho ridículo, a verdade é que quase a totalidade dos livros que enchem os olhos de muitos acadêmicos, foram rejeitados na época em que foram escritos, (e alguns até foram proibidos por se oporem ao estilo da época, fala isso por um aluno como o que eu fui, pra ver se ele não fica com vontade de ler xD).

    Por isso, acredito que os livros de hoje que são considerados “fúteis” podem muito bem se tornar clássicos no futuro.

    Concordo com vc também no ponto que temos que ter o senso crítico, independente da leitura, um livro sem concordância ou cheio de erros, jamais passaria por uma editora (pelo menos é o que espero), o que faz um autor conquistar leitores e fãs, muitas vezes não é a “lição”, ou “a história”, mas sim a forma como ele lida com as palavras, a maneira como ele conta essa história, e principalmente, ele vai conquistar aqueles que se identificarem com a forma como ele conta sua história.

    Por exemplo, não me senti atraído ao ler Crepúsculo, mas não posso dizer que o livro é ruim, afinal Stephanie conquistou muitos fãs entre eles muitos com o senso crítico muito bem desperto. O simples fato da forma como a história é contada não ter me agradado, não me coloca no direito de menosprezar aqueles que se agradaram com ela certo?
    Outro exemplo, A menina que roubava livros, é um livro que eu simplesmente adorei, achei incrível em muitos pontos, mas conheço muitas pessoas que não gostaram. Por que? Não foram atraídas pelo estilo do autor claro, é um direito delas.

    Enfim a verdade é que lemos uma históra e gostamos dela se nos identificarmos com ela, se nos sentirmos “cúmplices” dos personagens, e isso é algo tão pessoal quanto uma postagem como essa ^ ^

    Acredito que isso valha mais do que qualquer condecoração ganha pelo livro que seja, muitos prêmios que o autor provavelmente não viu pois deixaram para reconhecê-lo depois de morto.

  20. chefa

    Hahaha, surtamos sempre do mesmo jeito, Camis?? Então! As pessoas dizem que devemos ler clássicos. Certo, mas o que seriam os clássicos afinal? Monteiro Lobato? Infelizmente, não pude ler Monteiro Lobato na escola. Ziraldo? Não pude também. Tirinhas críticas estilo Malfada e calvin? Neca. Tive que ler o que? Noite na Taverna, Capitães de areia. Desculpa, mas não gostei de ler sobre isso quando tinha cerca de 14 anos de idade. Não gostei de muitos livros entitulados clássicos. Só comecei a gostar de ler de verdade quando pude ir em uma biblioteca e escolher ler o que eu quiser! Nacional, estrangeiro, e daí? Queria algo que me fizesse viajar. Pra mim isso é clássico. A vida já está dura, difícil demais para que não possamos optar. Eu simplesmente revirava os olhos quando a professora dizia que tinhamos que ler um livro em especial. Desculpa, não vou citar alguns autores consagrados por aí para não ofender quem gosta, mas achei simplesmente na época que estava perdendo meu tempo (e continuo achando que perdi). Teve livros que odiei e precisava fazer prova deles. E meu filho precisa ler os mesmos livros até hoje!! Isso que eu acho absurdo! A Literatura não evoluiu?? Eles não investem em educação, e é por isso que continua tudo a mesma coisa!
    hahaha, olha eu desviando o assunto…
    Beijos!

  21. Camila

    Tbm adoro seus surtos Cah…hehehehehehe, e por acaso estava comentando exatamente isso com meu namorado esse fim de semana, poxa porque eu tenho que ler o que as pessoas acham que eu deveria ler!!!! Quem está lendo sou eu, logo eu sei o que me agrada, então porque as pessoas reclamam de uma coisa que EU estou lendo… é tão absurdo, semana passada li a coluna semanal de um crônista que eu gosto pakas, mas lá estava o dito cujo reclamando da literaura lida hoje, e na hora pensei, caraca até tu brutus… e acabou me desanimando um pouco para ler mais crônicas dele, afinal como posso ler um cara que não respeita o que as pessoas querem/gostam de ler.
    Eu li o Processo do Kafka, e todo mundo fala que o cara é um gênio, logo que, sou eu para discordar, porém acho que foi um dos livros mais sofridos que li, não entendi nem 70% do livro, ok peguei a idéia principal de como o sistema é corrupto e tal, mas não entendi bulhufas das história e foi muito frustante a leitura, logo prefiro ler Jogos Vorazes que também mostra que o sistema é corrupto, mas tem uma história fantástica por trás…
    Enfim Viva a liberdade de escolher os livro que quero ler!!!!!!
    Ps: Amei esse surto em particular…u.u
    Bjs
    Camila

  22. Mayllee Chan

    Concordo completamente! Acho que menosprezar a literatura contemporânea é preconceito! Se eu fosse assistir a novela das oito, depois de um dia de trabalho, ninguém me diria que isso não tem conteúdo cultural, ou que não vai me deixar mais inteligente.

  23. Francisco Souza

    Oi Camila.
    Concordo plenamente com você. Podemos adquirir cultura nos locais onde menos se espera, e ler só autores do passado vai nos dar uma visão clássica mas de um mundo que não existe mais. Ler livros de ficção nos dão no mínimo uma visão geográfica de outros países, muitos dos quais talvez nós não conseguiremos visitar. Quantas vezes eu já estive na Rússia nos tempos da guerra fria guiado pelos intrigantes personagens de Robert Ludlum ou Tom Clancy.
    Beijos.
    Francisco – O Literata.

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Oi Francisco,
      Fiquei muito feliz com o seu comentário, até porque sei que você é um cara que curte uma literatura bem diferente daquela que eu comento aqui! E nem por isso você deixa de aparecer e dar a sua opinião, com todo o respeito!
      Isso que você falou sobre a visão geográfica eu senti enquanto lia a série 39 Clues, que é infantil! Foi uma delícia revisitar lugares que eu já conhecia e melhor ainda passear por lugares que um dia pretendo conhecer!
      Beijos

  24. Maria Clara Teixeira

    Nossa, essa discussão mais parece uma sala de bate-papo sobre o livre-pensar.
    Eu procuro ter a mente bem aberta ao escolher as minhas leituras, e mesmo a encarando a leitura como hobbie, gosto e recomendo a leitura dos clássicos e dos livros técnicos com o mesmo prazer com que leio bestsellers e lançamentos.
    Como muitos disseram que estudaram muitos anos da vida e, dependendo da profissão, são obrigados a ler e estudar continuamente, acredito que qualquer leitura pode ser prazerosa. Não me senti forçada quando tive que encarar as leituras obrigatórias do vestibular. Adorei ter contato com obras com “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e ‘O Noviço”.
    O único cuidado que preciso ter é variar um pouco os estilos. Enfim, sugiro apenas cuidado ao misturar opinião e gosto. Senso crítico é bom que se tenha, mas gosto cada um tem o seu e não se fala mais nisso.
    Parabéns pela discussão, Camila.
    Beijo, Clara

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Olá Maria Clara,
      Muito obrigada pela visita e pelo comentário.
      Você teve muita sorte por não se sentir obrigada a ler os clássicos. Confesso que minha experiência não foi tão traumática e gostei de vários livros, como Memórias Póstumas e O Guarani. Mas livros como Macunaíma me fizeram querer jogar o livro pela janela… rs!
      Acho que temos mesmo que variar os estilos e dar oportunidade para os mais diversos gêneros.
      Beijos

  25. Quemlefazseufilme

    Mila, post perfeito 🙂
    Na minha opinião devemos ler de tudo. Clássicos, romances, revistas em quadrinhos, etc … Se pararmos para pensar, tudo tem uma mensagem.
    Eu li todos os clássicos escolares obrigatórios (Que são os mesmos até hoje. Pasmem !), quase toda a obra de Shakespeare e mais alguns outros.
    De que adianta ler os clássicos e se fechar para os livros que fazem sucesso hoje ?
    Como a Vivi (Chefa) falou no comentário : Literatura não evolui ?
    Eu li Crepúsculo sim e amei na época. Eu achava o máximo quando as coleguinhas do meu filho perguntavam : Tia, o que você mais gostou ? E eu sabia responder. Aliás, Crepúsculo não é lixo. Stephenie criou um enredo onde faz apologia ao casamento, a virgindade, a família e outras coisas mais . Em um mundo onde tudo isso é banalizado pelas novelas, não devemos levar em consideração ?! (não briguem comigo, eu também curto uma novelinha de vez em quando)
    É preciso ler o que os jovens lêem para que possamos juntos envoluir enquanto leitores. Eu vi muitos pais criticando e proibindo sem nem saber o enredo. Horrível isso !
    Há pouquíssimos dias eu vi uma senhora falando mal de alguns blogs que postavam resenhas de livros fúteis. A esse tipo de gente eu uso uma frase de Zafón que diz mais ou menos assim: Os livros são espelhos que refletem o interior de quem os lê.
    Concordo plenamente quando você diz que devemos nos incomodar com erros de revisão e ainda digo mais, traduzir “inventando” expressões também não dá para engolir. Nós brasileiros queremos ler na íntegra o que os nossos autores queridos escrevem em português ou não.

    Beijos

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Oi Luka,
      Quem são essas pessoas para dizer o que é livro fútil ou não?
      São pessoas com diplomas? Pessoas formadas em letras? Pseudo-cults?
      Eu não estou nem aí… Quer comparar diplomas? Eu tenho alguns! E leio livros fúteis sim…
      hehehe
      beijos

  26. Cecilia Ferreira

    Um crítico diz que um livro é fútil. Ora, o livro é! Mas você o pode ler sem surtar com os críticos. Ah, não sou crítica, risos* Mas só quando se sabe o verdadeiro trabalho que dá para produzir a literatura, é que saberá se entender literatura. Mas olha, os livros mais vendidos, coloquiais e divertidis têm seu papel. Bjks (se quiser entender mais o que eu disse, leia meu post Lapidação e investigação em Machado -www.doleredolar.blogspot.com) Bjks

  27. Meire Rodrigues

    Oi Camila! Assim como todos os outros que escreveram eu amei seu desabafo e concordo plenamente com você! Eu sou muito viciada em livros também e gosto de vários gêneros, principalmente suspense, romance, policiais, “chick-lit”, e de vez em quando alguns clássicos também. Resumindo, o que eu gosto mesmo é de acompanhar uma boa história!!! Que me divirta, me emocione, ou simplesmente me traga entretenimento sim! Nós compramos nossos livros (e infelizmente pagamos muito caro em nosso país), então nada mais justo escolhermos aquele que nos trará mais alegria! Eu leio por mim e não para os outros! Parabéns pelo surto!!!

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Oi Meire,
      Desculpe por não ter respondido antes. Acho que me perdi nos comentários! rs…
      Acho importante as pessoas entenderem que livros não são só para aprendizagem, mas também para lazer! E é isso mesmo, temos que ler o que nos faz feliz!
      Beijos

  28. Sofia

    Uau, adorei essa nova coluna: falar sobre o que te incomoda no mundo literários, especialmente na blogosferia literaria. tem muitos temas pra abordar. Por isso que gosto do seu blog :d, tão original.

    Bem, não estou por dentro desse papo de subestimar a literatura de massas e superestimar esses livros intelectuais, mas acho que toda leitura é válida né?!

    E postagens como a sua são importantes para esclarecer essas picuinhas.

    Parabens.

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Oi Sofia,
      Resolvi criar essa coluna justamente para poder desabafar!!
      Além de blogueira, sou leitora de muitos blogs e vejo muita coisa estranha acontecendo por aí!
      Essa questão da crítica aos livros comerciais é uma delas.
      Que bom que gostou!
      Beijos

  29. Maria Carolina

    Oi Camila,
    Primeiramente adorei seu post. Gostei do seu surto e amei a sua defesa aos livros que lê.
    Primeiro eu, ao contrário da grande parte das leitoras, não gosto muito dos best-sellers e dos livros em série. Mas devo muito a elas: o primeiro livro que li com mais de 100 páginas foi o Harry Potter. Mesmo assim, amando e respeitando HP, não consigui ler mais nenhuma outra série.
    Tenho um respeito especial pelos clássicos. Comecei a literatura com eles, lendo aquelas adaptações mais curtas. E por alguma razão não gosto muito do que se tem criado atualmente. Talvez por ser meio rebelde. Gosto mais dos gritos de liberdade, das ideologias pesadas e dos personagens completamente pertubados. As afirmações da vida me deixam um pouco irritada.

    Apesar de ser fã do mundo fantástico (principalmente de o médico e o monstro) não consegui ser atraída por Twilight. Talvez sejam os personagens. Por exemplo o Edward, a Bella e os personagens do Twilight me parecem muito coerentes, mesmo sendo fantásticos. Se apresentam corretos repletos de valores éticos e morais, o que é muito bom nesse mundo de cabeça-para-baixo. Mas, como já disse, prefiro aqueles heróis que não se conhecem. Gosto de terminar um livro e ficar pensando nele e confundir, em parte, os questionamentos do autor e do personagem com os meus. E tenho certeza que os leitores dos best-sellers fazem isso quando terminam de ler seus livros, mas não se trata apenas do meu gosto. Acho particularmente horrivel os “cults” ficarem criticando a literatura atual. Primeiro porque não conhecem direito o objeto criticado e segundo porque isso os levam a ser exatamente aquilo que criticam que é a ignorância e falta de liberdade artistica. Na minha opinião você pode ser o que é idependente do que tira para ler. Do que adianta ler Tolstói e não compreender o que ele quer passar, ler apenas pra dizer que leu não é legal. Assim como não é legal, também, se prender a um único tipo de literatura. É assim com tudo: Música, ciência, filmes etc. A liberdade está na escolha, quanto mais você conhecer melhor pode escolher seus caminhos. É importante não se prender a ler apenas o que escreve hoje e nem apenas o que já foi escrito anos antes.

    Mas há algo que eu discordo Camila. Quando você fala que é mais importante escrever direito e não a ideologia. Um fator importante que você provavelmente esqueceu ao afirmar isso foi quem escreve. O autor e o narrador são importantissimos na literatura, são eles que classificam gêneros e te envolvem. Mas me explique como um sertanejo nordestino (gosto muito da literatura brasileira a acho riquissima em beleza e em simplicidade) vai contar uma história? Ele conta a história como fala certo? Agente vê isso no’s cordéis e tudo o mais. Acho que toda essa coesão depende do ambiente da história contada. Em a cor púrpura” o texto está cheio de erros de concordância, mas quem conta a história é uma personagem com pouco estudo moradora do sul dos Estados Unidos. Se o autor escrevesse com uma gramática perfeita seria muito pouco coerente de sua parte. Mas essa é uma questão que ronda os meios acadêmicos (não que eu pertença a ele, sou das ciências exatas e não das humanas). Mas pense nisso. O que é escrever certo ou errado? existem vários poemas nacionais que defendem essa liberdade ao escrever. Eu também apoio !! Afinal o incomum é maravilhoso e o dia-a-dia é magnifico por ninguém perceber sua magnitude. Quando se ignora esse tipo particular na escrita se está ignorando uma realidade de milhões de pessoas. Mas existem outras formas em que essa liberdade se aplica e que eu particularmente gosto. Sugiro o conto Circuito Fechado do Ricardo Ramos. Talvez você não goste, mas se entender o texto e seu formato me diga.

    De qualquer forma parabéns. Continue se defendendo!! Acho isso um máximo!!
    bjão
    xD

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Olá, Maria Carolina.
      Muito obrigada pelas palavras e gostei muito da sua opinião.
      Quando resolvi escrever esse Pense Nisso, minha intenção era justamente dizer que as pessoas tem gostos diferentes e isso vale também para a literatura.
      Por que uma coisa que é feita somente para entreter não pode ser boa? O livro pode não ter nenhuma “lição de moral”, mas ainda sim propiciar ao leitor horas de prazer.
      As pessoas saem por aí criticando os livros considerados comerciais, como se fossem “coisa do diabo”, mas se esquecem que graças às séries como Harry Potter, Twilight, Cinquenta Tons de Cinza…, muita gente adquiriu (ou readquiriu) o hábito da leitura.
      Quando mencionei sobre a questão de escrever corretamente, é claro que isso também se refere a ser coerente com a personagem. Sou totalmente contra esse papo de não corrigir as crianças que escrevem errado na escola. Esse papo de liberdade de escrita, para mim, é mais uma prova de que esse país não é sério quando o assunto é educação. As pessoas precisam ser educadas sim. Escrever certo é escrever de acordo com as regras ortográficas do idioma.
      A questão é que isso não se confunde com liberdade poética. No exemplo que você deu, do livro A Cor Púrpura, os erros são propositais e usados justamente para dar coerência ao personagem. Ao fazer isso, o autor se utiliza dos erros para dar verossimilhança à história. É um recurso e não um equívoco.
      A literatura de cordel também é um outro exemplo. O sertanejo nordestino escreve da forma que sabe, da forma que fala. Isso é uma característica da própria literatura de cordel.
      Um grande beijo

  30. mcarolinagove

    Camila,
    Sobre o escrever certo ou errado concordo quando diz que a escola deve ensinar as regras ortograficas. Mas é necessário entender que essa não é a única forma de fala e escrita e nem tão pouco a correta.”A escola deve ensinar aos alunos o que eles não sabem”. Esrever de acordo com a norma ortografica ajuda no que diz respeito a textos mais formais, como artigos acadêmicos e livros também. Mas a escrita na internet é diferente da escrita formal e a fala também… A lingua é uma coisa mutavel, não permanece a mesma. Tudo depende do público alvo. Na literatura o mais importante é alcançar a alma do leitor. O escritor dessa forma deve ter o direito de o fazer como quiser.
    É muito longa essa discução, mas ela me faz pensar no preconceito linguistico, que exsiste no mundo todo. Claro que um bom livro deve ser coerente e coeso, mas muitas vezes a forma que essa questao é abordada nas escolas causam trauma em diversa crianças como a vergonha de falar em público ou ler em voz alta etc.

    1. Camila - Leitora Compulsiva

      Acho que essa é sempre uma discussão sem solução, né?! rs…
      Eu não acredito nessa coisa de causar traumas em crianças por conta de correções feitas pelos professores.
      Também não acho que exista preconceito linguínstico. O que acredito é que muitas pessoas, assim como eu, são exigentes com educação.
      Muitas vezes a preguiça de educar se disfarça de métodos revolucionários de ensino.
      A língua muda? Sim, muda. Mas isso não é desculpa para se deixar de educar.
      Beijos

      1. Soraya Felix

        Camila, concordo com você. A escola deve ensinar a língua culta, as normas ortográficas. Há uma diferença enorme em escrever ou falar “errado” por que a pessoa está se adaptando a situação e ao ambiente, e aquela que escreve e fala completamente errado por que não conhece as normas, por que não teve professores sérios que se dispuseram a ensiná-las.
        A língua muda mas não se deteriora. O que se confunde muito no Brasil de hoje é regionalismos com a fala incorreta.
        bsj

        1. Camila - Leitora Compulsiva

          Pois é, Soraya!
          É assim que eu penso.
          Entendo os argumentos da outra leitora e sei que essa questão é muito polêmica!!
          No entanto aqui no blog sempre falo por mim. Não gosto de livros que contenham erros, obviamente quando eles não sejam propositais, como por exemplo para dar credibilidade a um personagem.
          Talvez isso seja em virtude da minha formação, onde erros de grafia são extremamente mal vistos.
          Acredito que seja da cultura de cada um!
          Beijos

Deixe aqui seu comentário e ficarei muito feliz em responder!!!

Não copie!