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Minha Lady Jane, de Cynthia Hand, Jodi Meadows e Brodi Ashton #Resenha

minha lady jane cynthia hand resenha gutenberg blog leitora compulsivaTítulo: Minha Lady Jane

Série: The Lady Janes #01

Autoras: Cynthia Hand, Jodi Meadows e Brodi Ashton

Editora: Gutenberg

Ano: 2017

Páginas: 368

Tradução: Rodrigo Seabra

Sinopse: AQUI 

Download do 1º Capítulo: AQUI

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“Minha Lady Jane” já estava na minha estante há alguns meses e eu queria muito conhecer essa história. Como ele foi o livro tema do Clube do Livro do Grupo Autêntica de setembro, esperei para fazer a leitura na semana do nosso encontro, para estar com os detalhes bem fresquinhos na cabeça!! Rs…

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Sobre o que é “Minha Lady Jane”?

“Minha Lady Jane” é uma ficção baseada na história real de Lady Jane Grey, uma jovem nobre da família do Tudor que foi nomeada como sua sucessora pelo Rei Eduardo VI, filho de Henrique VIII, e governou o Reino Unido por nove dias. Eduardo VI tinha apenas 16 anos quando morreu de tuberculose e a nomeação de Lady Jane foi a solução encontrada para manter o trono em mãos anglicanas e não permitir que Maria, a filha mais velha de Henrique VIII e uma católica fervorosa, se tornasse rainha! Infelizmente, Maria não aceitou ser usurpada e tomou o trono de Lady Jane, que permaneceu prisioneira e posteriormente foi decapitada.

Acreditando que a História não foi justa com Lady Jane, as autores resolveram criar uma nova versão para os acontecimentos, uma alternativa para o final triste da pobre garota, que se viu envolvida em uma trama política e perdeu a cabeça por isso!

Temos uma história diferente para contar.

Preste atenção. Mexemos um pouquinho nos detalhes que pareceram insignificantes. E rearranjamos completamente os detalhes mais importantes. Alguns nomes foram trocados para proteger os inocentes (ou não tão inocentes assim, ou talvez simplesmente porque achamos que o nome em questão era péssimo e preferimos o outro nome que inventamos). E adicionamos um toque de magia para deixar as coisas mais interessantes. Então, é sério: qualquer coisa pode acontecer.

Esta é a história de Jane como pensamos que deveria ter sido.

No livro, Lady Jane vive em uma Inglaterra em que as pessoas se dividem entre os e∂ianos (e-thi-a-nos), pessoas que possuem magia e podem se transformar em um animal, e os verdáticos, pessoas que acham esse poder uma abominação que precisa ser erradicada de imediato. Após a morte do rei Henrique VIII, que era um e∂iano, seu único filho homem – Eduardo VI – assume o trono com a missão de manter os e∂ianos em segurança e em paz com os verdáticos.

Infelizmente, Eduardo está acometido de uma grave doença e o médico lhe dá apenas alguns meses de vida. Sua legítima sucessora seria sua meio-irmã Maria, a filha mais velha de seu pai. O problema é que Maria é uma verdática e deixa claro que, assim que assumir o trono, pretende eliminar os e∂ianos, algo inconcebível para o jovem Eduardo. Eis que John Dudley, o principal conselheiro do rei, surge com uma grande ideia: basta Eduardo nomear Lady Jane, sua prima e melhor amiga, e sua prole como a sucessores do trono. Dessa forma, Eduardo garantiria que a manutenção da Dinastia Tudor e colocaria o poder nas mãos de alguém que sempre respeitou e admirou os e∂ianos. Para que o plano funcione, Lady Jane precisa se casar e o candidato ideal é o filho mais novo do próprio Dudley.

Claro que Lady Jane fica brava em ser negociada, mas decide respeitar os desejos do amado primo e se casa com Gifford Dudley. Jane acredita que o marido é um mulherengo, mas o que ela não imaginava é que ele fosse um e∂iano, com a habilidade de se transformar em um belo garanhão. Na verdade, habilidade não é a palavra certa… Para ele, seu dom é uma maldição, já que ele não pode controlá-lo. Assim que o sol nasce, Gifford – que prefere ser chamado de Gê – se transforma em cavalo, só voltando a sua forma humana com o anoitecer. (Bem ao estilo de O Feitiço de Áquila! Rs…)

Enquanto Jane encara o novo casamento e a situação de seu marido, Eduardo descobre que sua vida está sendo ameaçada, mas não por uma doença, mas sim porque alguém o está envenenando. A ajuda vem de sua irmã Elizabeth, que ajuda Eduardo a escapar do palácio antes que seja morto.

Agora, Jane e Eduardo, cada um a sua maneira, terão que lutar contra os inimigos que querem tomar o poder e acabar com os e∂ianos.

O que esperar desse livro?

“Minha Lady Jane” traz uma bela mistura entre ficção e fatos reais! A verdadeira história de Lady Jane Grey é trágica, mas as autoras encontraram uma forma de reescrever os acontecimentos, dando a ela uma trajetória heróica, divertida e romântica, dando a ela até mesmo um final feliz.

A história é narrada do ponto de vista de três personagens: Eduardo VI, Jane e Gifford Grey, o que nos dá uma ampla visão sobre todos os acontecimentos. O curioso é que o texto tem uma unidade tão grande, que não sabemos se as três autoras escreveram juntas ou se cada uma escreveu o ponto de vista de um personagem… O toque de humor que as autoras incorporaram na narrativa é um ponto super positivo. Os diálogos são divertidos e os personagens se tornam ainda mais carismáticos.

A ideia de substituir católicos e anglicanos por verdáticos e e∂ianos foi uma outra sacada incrível das autoras, permitindo a elas trabalhar com o tema da intolerância religiosa, sem precisar tocar no assunto diretamente. Na História, quando Maria governou a Inglaterra, liderou uma perseguição tão grande aos anglicanos que passou a ser conhecida como Blood Mary – a Maria Sangrenta!

Recomendo esse livro para quem gosta de romances históricos, para quem gosta de fantasia, para quem gosta de romance e para quem procura algo original e divertido!!

Sobre as autoras e seus outros livros…

Brodi Ashton é formada em Jornalismo pela Universidade de Utah e é mestre em Relações Internacionais pela Escola de Economia de Londres. É autora da série Everneath, cujo primeiro livro foi publicado aqui no Brasil pela Ediouro em 2013, mas infelizmente não teve continuação.

Cynthia Hand  se formou em Escrita Criativa pela Universidade Estadual de Boise e pela Universidade de Nebraska-Lincoln e começou a dar aulas de Ficção e Literatura Jovem Adulta na Universidade Pepperdine. É autora best-seller do The New York Times com a trilogia Unearthly, cujos dois primeiros livros foram publicados aqui no Brasil pela Editora iD, mas os fãs ficaram órfãos do último. Pela Darkside foi publicado o livro O Último Adeus.

Jodi Meadows vive e escreve suas histórias no Vale do Shenandoah, Virginia. Assumidamente viciada em livros, decidiu ser escritora a partir do momento em que tirou da cabeça a ideia de ser astronauta. Jodi é autora da trilogia Incarnate – publicada aqui no Brasil pela Editora Valentina – e da duologia Orphan Queen.

Minha Lady Jane é o primeiro livro de uma série chamada The Lady Janes, mas traz uma história completa e pode ser considerado um livro único. O segundo livro, My Plain Jane, será sobre a Jane Eyre e a Charlotte Bronte, sendo salvas de seus destinos. O terceiro livro, My Calamity Jane, trará um novo destino para Martha Jane Canary-Burke, mais famosa pela sua alcunha de Jane Calamidade – uma famosa mulher aventureira que viveu nos tempos do Velho Oeste nos Estados Unidos.

 

8 comentários sobre “Minha Lady Jane, de Cynthia Hand, Jodi Meadows e Brodi Ashton #Resenha

  1. rudynalva

    Camis!
    Gostei de ver uma versão mais hilária da história.
    Você falou, falou e me deixou aqui curiosa por saber que danada de condição é essa do marido dela… me roendo aqui para saber e como falou, se o livro tem um tom hilário, me conquista ainda mais.
    Desejo uma ótima semana produtiva!
    “Saber quando se deve esperar é o grande segredo do sucesso.” (Xavier Maistre)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE OUTUBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.

  2. Leticia Ramos de Mello Oliveira

    Olá, Camila!

    O texto do post sumiu! Acho que foi depois do comentário da Rudynalva, pois ela comentou da resenha. É uma versão alternativa da história inglesa super divertida. Me lembrou até Orgulho, preconceito e zumbis, mas saem os zumbis e entram metamorfos! Dessa vez, acho que a Elizabeth vai perder a coroa!

    Um abraço!

      1. Leticia Ramos de Mello Oliveira

        Sim! Acabei de ver! Gostei muito dessa ideia das recontagens dessas famosas Janes! E tratando a intolerância religiosa num estilo mais X-Men, prova um ponto que a intolerância religiosa possui até hoje, pois no fundo quem é intolerante não aceita o diferente, achando que isso vai minar sua influencia e poder e no fundo, tanto a Igreja Católica quanto o Protestantismo tiveram suas imagens manchadas por toda essa intolerância na Inglaterra. Mas parece que o mundo esquece e volta a repetir os mesmo erros.
        Fico doida sobre esse da Jane Calamidade, pois ouvia falar sobre ela na versão que faziam dela em Pica Pau (No desenho ela ia atrás do bandido para se casar com ele!)!

        Um abraço!

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