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Especial Stephenie Meyer – A Química

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 Especial Stephenie Meyer: lançamento de “A Química”

Sete anos depois do lançamento de ‘A Hospedeira’, chega às livrarias o novo romance totalmente inédito da autora Stephenie Meyer, que ficou mundialmente conhecida pela série Crepúsculo!


O novo romance da autora Stephenie Meyer, chamado “A Química”, será lançado no dia 15 de novembro e, como sou uma fã declarada da autora, estou mais do que ansiosa para colocar minhas mãos em um exemplar desse livro… Afinal, foram sete anos de espera por uma história inédita – já que o Vida e Morte não conta, né?!

Para comemorar esse lançamento, teremos aqui no Leitora Compulsiva um especial sobre a autora, relembrando todos os livros dela já publicados! Além disso, não sei se vocês sabem, mas eu tenho uma coleção enorme de livros e colecionáveis da Saga Crepúsculo – que começou meio sem querer e cresceu muito mais do que eu podia imaginar – e atendendo a pedidos vou mostrá-la para vocês nesse especial! rs…

Mas antes de tudo, o assunto é “A Química”. O novo livro contará a história de uma ex-agente do governo que está cansada de fugir de seus antigos empregadores, até que um ex-colega entra em contato com a promessa de liberdade que ela tanto espera.

especial stephenie meyerSinopse: “Ela trabalhava para o governo americano, mas poucas pessoas sabiam disso. Especialista em seu campo de atuação, era um dos segredos mais bem guardados de uma agência tão clandestina que nem sequer tinha nome. E quando perceberam que ela poderia ser um problema, passam a persegui-la. A única pessoa em quem ela confiava foi assassinada. Ela sabe demais, e eles a querem morta. Agora ela raramente fica em um mesmo lugar ou usa o mesmo nome por muito tempo. Até que um antigo mentor lhe oferece uma saída — uma oportunidade de deixar de ser o alvo da vez. Será preciso aceitar um último trabalho, e a única informação que ela recebe a esse respeito só torna sua situação ainda mais perigosa. Ela decide enfrentar a ameaça e se prepara para a pior batalha de sua vida, mas uma paixão inesperada parece diminuir ainda mais suas chances de sobreviver. Enquanto vê suas escolhas se evaporarem rapidamente, ela vai usar seus talentos como nunca imaginou. Uma trama repleta de tensão, na qual Meyer cria uma heroína poderosa e fascinante, com habilidades diferentes de todas as outras, e prova mais uma vez por que seus livros estão entre os mais vendidos do mundo.

Gosto muito da escrita da autora e minhas expectativas em relação a esse livro são bem grandes! E apesar de gostar muito de suas outras histórias, fiquei bem feliz com essa mudança de gênero, sem seres sobrenaturais ou alienígenas! rs… Me parece que esse é um livro inteiramente voltado para adultos e estou bem animada!

Enquanto não chega às livrarias, que tal conferir um trecho do livro?

“Do outro lado da rua ficava o restaurante onde Carston costumava almoçar. Não era o local de encontro que ela havia sugerido. Ela também estava cinco dias adiantada.

Aproximou-se por trás, tomando o mesmo caminho que ele percorrera alguns minutos antes. A comida havia chegado — sanduíche de frango à parmegiana —, e ele parecia completamente concentrado em degustá-la. Mas ela sabia que Carston era melhor do que ela em aparentar algo que não era.

Sem alarde, ela se deixou cair na cadeira do outro lado da mesa. A boca de Carston estava cheia quando ele levantou o olhar.

Ela sabia que Carston era um bom ator e presumiu que ele encobriria sua verdadeira reação e exibiria a emoção que quisesse antes que ela pudesse capturar a primeira. Como ele não demonstrou nenhuma surpresa, ela chegou à conclusão de que fora apanhado totalmente desprevenido. Se ele estivesse esperando por ela, teria agido como se aquela aparição súbita o tivesse chocado. Mas o olhar firme do outro lado da mesa, os olhos que não se arregalaram, o mastigar metódico — isso era Carston controlando sua surpresa. Ela tinha quase oitenta por cento de certeza.

Ela não disse nada. Apenas retribuiu o olhar inexpressivo enquanto ele terminava de mastigar o naco do sanduíche.

— Imagino que teria sido fácil demais se simplesmente nos encontrássemos conforme o planejado — disse ele.

— Fácil demais para o seu atirador, sem dúvida. — Ela proferiu as palavras de modo suave, usando o mesmo tom de voz que ele. Qualquer pessoa que ouvisse a conversa por acaso pensaria que se tratava de uma piada. Mas, nas duas outras mesas ocupadas, todos conversavam e riam alto, e os pedestres que passavam nas calçadas tinham os ouvidos tapados por fones de ouvido ou telefones. Ninguém se importava com o que ela estava falando, exceto Carston.

— Isso nunca veio de mim, Juliana. Você deve saber disso.

Foi a vez dela de não demonstrar surpresa. Fazia tanto tempo desde que alguém se dirigira a ela por seu nome verdadeiro que ele passara a soar como o nome de uma estranha. Após o choque inicial, uma suave onda de prazer emergiu. Era bom que o nome dela soasse estranho aos seus ouvidos — significava que ela estava agindo corretamente.

Os olhos de Carston piscaram ao ver a evidente peruca. Na verdade, era bem parecida com o cabelo verdadeiro dela, mas agora ele suspeitava que ela estivesse escondendo algo bem diferente. Em seguida, ele se forçou a voltar a olhá-la nos olhos. Esperou por uma resposta durante mais um instante. Diante do silêncio dela, porém, continuou a falar, escolhendo as palavras com cautela.

— Os, ahn, grupos que decidiram que você deveria… se aposentar acabaram… caindo em desgraça. Nunca foi uma decisão popular, para começo de conversa, e agora aqueles de nós que sempre discordaram deles, como eu, não são mais comandados por aqueles grupos. — Podia ser verdade. Era provável que não fosse. Ele respondeu ao ceticismo estampado nos olhos dela: — Você passou por alguma… perturbação desagradável nos últimos nove meses?

— E aqui estava eu pensando que tinha ficado melhor do que você nessa brincadeira de esconde-esconde.

— Acabou, Julie. O poder foi sobrepujado pela justiça.

— Adoro um final feliz.

Sarcasmo puro.

Ele piscou, magoado pelo sarcasmo. Ou fingindo estar magoado.

— Não tão feliz assim — falou, lentamente. — Um final feliz significaria que eu não teria entrado em contato com você. Você teria sido deixada em paz pelo resto da vida. E teria sido uma longa vida, pelo menos no que estivesse ao nosso alcance.

Ela assentiu, como se acreditasse. No passado, sempre presumira que Carston era exatamente o que aparentava. Ele havia sido o rosto dos mocinhos por muito tempo. Agora, tentar decifrar o que cada palavra significava de fato chegava a ser uma diversão esquisita, como um jogo.

Exceto pelo fato de que havia aquela vozinha que perguntava: E se não for um jogo? E se agora for verdade… se eu puder me libertar?

— Você era a melhor, Juliana.

— O Dr. Barnaby era o melhor.

— Sei que você não vai querer ouvir isso, mas ele nunca teve o seu talento.

— Obrigada. — Ele ergueu as sobrancelhas. — Não pelo elogio. Obrigada por não tentar me dizer que a morte dele foi um acidente — explicou ela, tudo isso ainda em um tom descontraído.

— Foi uma decisão errada motivada pela paranoia e pela deslealdade. Uma pessoa capaz de se livrar do próprio parceiro por interesse sempre acha que o parceiro planeja o mesmo. Gente desonesta não acredita que exista gente honesta.

Ela manteve o rosto impassível como pedra enquanto ele falava.

Nos três anos de fuga constante, ela nunca repassara um único segredo de que tivesse conhecimento. Nem uma única vez dera a quem estivesse atrás dela qualquer motivo para considerá-la uma traidora. Mesmo quando tentaram matá-la, ela permaneceu leal. E isso não tinha sido levado em conta pelo seu departamento, de jeito nenhum.

Não havia muita coisa que eles levassem em conta. Ela divagou por um instante recordando como tinha chegado perto daquilo que procurava, o ponto que ela poderia ter atingido em sua linha de pesquisa e criação mais premente se não tivesse sido interrompida. Aparentemente, aquele projeto também não tinha sido levado em conta.

— Mas quem se deu mal foram eles, aqueles traidores — continuou Carston. — Porque nunca encontramos ninguém tão bom quanto você. Que inferno, nunca encontramos ninguém com a metade do talento do Barnaby. Fico impressionado com a capacidade que as pessoas têm de esquecer o fato de que talento genuíno é um bem limitado.

Ele fez uma pausa, claramente na expectativa de que ela falasse, pedisse algo, traísse algum sinal de interesse. Ela apenas o encarou educadamente, da maneira como alguém olharia para um estranho passando suas compras em uma caixa registradora.

Ele soltou um suspiro e depois se inclinou, com uma súbita intensidade.

— Temos um problema. Precisamos do tipo de resposta que só você pode nos dar. Não temos mais ninguém que possa fazer esse trabalho. E nós não podemos arruinar esse trabalho.

— Vocês, não nós — disse ela.

— Sei que você não é assim, Juliana. Você se importa com pessoas inocentes.

— Eu me importava. Pode-se dizer que essa parte de mim foi assassinada.

Carston se retraiu de novo.

— Juliana, sinto muito. Sempre senti muito por tudo isso. Tentei detê-los. Fiquei muito aliviado quando você escorregou por entre os dedos deles. Toda vez que você escorregou por entre os dedos deles.

Ela não pôde deixar de ficar impressionada com o fato de ele admitir tudo. Sem negações, sem desculpas. Nada do tipo Foi apenas um acidente infeliz no laboratório, como ela esperava. Nada de Não fomos nós; foram os inimigos do governo. Nenhuma história, apenas reconhecimento.

E agora todo mundo sente muito. — A voz dele baixou, e ela teve que se esforçar para entender as palavras. — Porque não temos você, Juliana, e pessoas vão morrer. Milhares de pessoas. Centenas de milhares.

Dessa vez ele esperou enquanto ela refletia.

Ela também falou baixo, mas se assegurou de não transparecer interesse ou emoção na voz.

— Estamos falando do pior, não é?

Um suspiro.

Nada estimulava tanto o departamento quanto o terrorismo. Ela tinha sido recrutada antes que a poeira emocional baixasse completamente em torno do buraco onde as Torres Gêmeas ficavam. A prevenção ao terrorismo sempre tinha sido o principal componente do trabalho dela, a melhor justificativa para ele. A ameaça do terrorismo também fora manipulada, transformada e distorcida, até que, no final, ela havia perdido grande parte da crença na ideia de que estava de fato cumprindo o papel de uma patriota.

— E um grande dispositivo — disse ela, afirmando, não perguntando.

O maior bicho-papão era sempre este: que alguém que odiava os Estados Unidos conseguisse pôr as mãos em alguma coisa nuclear. Essa era a nuvem escura que escondia a profissão dela dos olhos do mundo, que a tornava tão indispensável, por mais que o cidadão comum preferisse pensar que ela não existia.

E acontecera, mais de uma vez. Gente como ela havia evitado que tais situações se transformassem em tragédias humanas de grandes proporções. Havia um mecanismo de compensação. Horror em baixa escala contra carnificina por atacado.

Carston balançou a cabeça, e de repente seus olhos claros demonstraram medo. Ela não conseguiu controlar um ligeiro tremor interno quando percebeu do que se tratava. Havia somente dois tipos de medo daquela magnitude.

É biológico. Ela não enunciou as palavras, só mexeu os lábios.

A expressão sombria de Carston serviu como resposta.

Ela baixou os olhos por um instante, repassando todas as respostas dele e reduzindo-as a duas colunas, duas listas de possibilidades em sua cabeça. Coluna um: Carston era um mentiroso talentoso que estava dizendo coisas que pensava que a motivariam a visitar um lugar onde as pessoas estavam muito bem preparadas para descartar Juliana Fortis para sempre. Ele estava dançando conforme a música, tocando nos pontos mais sensíveis de Juliana.

Coluna dois: Alguém tinha uma arma biológica de destruição em massa e as autoridades competentes não sabiam onde ela estaria nem quando seria usada. Mas conheciam alguém que sabia.

A vaidade recebeu um certo peso, fazendo a balança pender ligeiramente para um dos lados. Ela sabia que era boa. Era verdade que eles provavelmente não tinham encontrado alguém melhor.

Ainda assim, ela apostaria na coluna um.

— Jules, não quero ver você morta — disse ele com calma, imaginando o que passava pela cabeça dela. — Eu não teria entrado em contato com você se quisesse. Eu não ia querer me encontrar com você. Porque tenho certeza de que, neste exato momento, você dispõe de pelo menos seis maneiras de me matar e de todos os pretextos do mundo para usar uma delas.

— Você realmente acha que eu viria com apenas seis? — perguntou ela.

Ele franziu a testa nervosamente por um segundo, depois decidiu rir.

— Exato. Não tenho desejo de matar, Jules. Estou sendo franco.

Ele retomou a voz descontraída.

— Eu preferiria que você me chamasse de Dra. Fortis. Acho que já passamos da fase dos apelidos.

Ele fez uma expressão magoada.

— Não estou pedindo que me perdoe. Eu devia ter feito mais — disse ele. Ela aquiesceu, apesar de, mais uma vez, não estar concordando com ele apenas mantendo a conversa. — Estou pedindo que você me ajude. Não, não a mim. Ajude as pessoas inocentes que vão morrer se você não ajudar.

— Se elas morrerem, não vai ser por culpa minha.

— Sei disso, Ju… Doutora. Será culpa minha. Mas, na verdade, essas pessoas não vão se preocupar em apontar culpados. Estarão todas mortas.

Ela manteve o olhar fixo nele. Não seria ela a piscar.

A expressão dele mudou para algo mais sombrio.

— Você gostaria de ouvir o que vai acontecer com essas pessoas?

— Não.

— Talvez seja demais até mesmo para o seu estômago.

— Duvido muito. Mas não importa. O que poderia acontecer é secundário.

— Queria saber o que é mais importante do que centenas de milhares de vidas.

— Isto vai parecer terrivelmente egoísta, mas, para mim, o fato de respirar tem meio que sobrepujado qualquer outra coisa.

— Você não poderá nos ajudar se morrer — disse Carston, objetivamente. — A lição foi aprendida. Esta não será a última vez que vamos precisar de você. Não vamos cometer o mesmo erro de novo.

Ela detestava admitir, mas a balança estava começando a pender ainda mais para um dos lados. O que Carston dizia fazia sentido mesmo. Ela certamente conhecia mudanças de diretrizes. E se fosse tudo verdade? Ela podia se fazer de fria, mas Carston a conhecia bem. Ela teria dificuldades em permitir um desastre dessa magnitude se pensasse que havia uma chance de fazer algo. Tinha sido assim que, no começo, eles a haviam atraído para a pior profissão do mundo.”

14 comentários sobre “Especial Stephenie Meyer – A Química

    1. Camila - Leitora Compulsiva Autor da Postagem

      Oi, Marília.
      Estou tentando não criar tanta expectativa por medo de me decepcionar, mas está difícil controlar a ansiedade!
      Rs…
      beijos

    1. Camila - Leitora Compulsiva Autor da Postagem

      Oi, Rô.
      Você me conhece e sabe que sou super fã da autora…
      Então imagina só a minha ansiedade!! rs…
      beijos

    1. Camila - Leitora Compulsiva Autor da Postagem

      Oi, Carol.
      Eu queria muito uma continuação de A Hospedeira também, mas gostei dessa mudança!
      Quem sabe as pessoas param de pegar no pé dela por causa de Crepúsculo e dão mais valor à sua escrita!
      beijos

    1. Camila - Leitora Compulsiva Autor da Postagem

      Hahaha…
      Nenhuma dúvida de que eu vou devorar esse livro, né?!
      Uma pena que não vou conseguir começar a ler logo no dia 15, porque vou ter que esperar chegar o exemplar que pedi para a Intrínseca! rs…
      Beijos

  1. Leticia Ramos de Mello Oliveira

    Olá, Camila!

    Adorei muito o desenho de abertura do especial. Como li parte da saga Crepúsculo, peguei algumas referências, mas outras não. Alias, se a sua coleção de Jogos Vorazes é grande como vi no post do Instagram, já imagino como é a de Crepúsculo (deve até ter os bonecos de Bella e Edward).
    Acho que A química vai ser bem diferente dos outros livros da Stephenie porque dessa vez, não só o tema é mais adulto (Mas será que Juliana também pode ter poderes de super-heroí adquiridos no melhor estilo Hulk?) como o livro é também em terceira pessoa, o que é uma marca que ela tornou chave na literatura para jovens nesses últimos anos.
    Mas é esperar o feriadão para descobrir, não é?
    Alias, como esse livro vai chegar no Brasil em pleno feriado? Deve ter gente perguntando isso até agora na Intrínseca!

    Um abraço!

    1. Camila - Leitora Compulsiva Autor da Postagem

      Oi, Lê.
      Esse desenho de abertura foi retirado do próprio site da autora. Achei tão lindo que resolvi aproveitá-lo aqui!
      A minha coleção de Jogos Vorazes é pequenininha perto dessa, você vai ver! rs…
      Vou começar a ler A Química nessa semana! Estou ansiosa!
      beijos

    1. Camila - Leitora Compulsiva Autor da Postagem

      Oi, Cris.
      Já terminei de ler o livro e adorei!
      Mas é preciso saber algumas coisas importantes sobre ele e por isso estou correndo aqui para postar a minha resenha!
      beijos

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