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A Busca, de Lisa Kleypas #Resenha

a busca lisa kleypas the travis family resenha editora gutenberg blog leitora compulsivaTítulo: A Busca

Série: The Travis Family #03

Autor(a): Lisa Kleypas

Editora: Gutenberg

Ano: 2018

Páginas: 288

Tradução: A. C. Reis

Sinopse: AQUI

Download do 1º Capítulo: AQUI

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Depois de devorar os dois primeiros livros de The Travis Family, da autora Lisa Kleypas, dei sequência com a minha maratona e corri para ler A Busca, o terceiro dessa série contemporânea – publicada pela Editora Gutenberg – que acabou de ser lançado aqui no Brasil!

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Sobre o que é “A Busca”?

“A Busca” é o terceiro livro de The Travis Family, uma série contemporânea da autora Lisa Kleypas. Cada um dos livros tem como protagonista um dos irmãos Travis e nesse terceiro chegou a vez de Jack Travis, que já havia feito participações especiais ótimas nos dois primeiros livros da série – ocupar o papel de destaque!

Tudo o que Hannah Varner mais deseja é levar uma vida tranquila e deixar todos os seus problemas familiares para trás. Ela mora em Austin com seu namorado vegano Dane e está feliz com sua carreira de jornalista, escrevendo uma coluna chamada “Pergunte à Srta. Independente”, na qual dá conselhos para pessoas que buscam ajuda. As coisas estão indo super bem para ela, mas um telefonema de sua mãe muda tudo: ela liga para dizer que sua irmã teve um filho e desapareceu, deixando o bebê para Hannah cuidar. A mãe de Hannah diz que ela deve ir buscar a criança logo, antes que ela entregue o próprio neto para uma assistente social!

Acostumada a ser a salvadora de Tara, Hannah deixa sua vida para trás e parte para Houston para buscar o bebê. Ela precisa encontrar a irmã e quem sabe descobrir quem é o pai da criança. A única pista que ela tem é que a irmã teve um relacionamento Jack Travis, um empresário bem sucedido do ramo imobiliário.

Sem qualquer pudor, Hannah aparece no escritório de Jack Travis com o bebê embaixo do braço e exige que ele faça um teste de paternidade. Jack logo reconhece que Hannah é uma mulher diferente de todas que ele já conheceu. Mesmo tendo certeza que o filho não é seu, Jack sente que é seu dever ajudar Hannah e o pequeno Luke. E quando menos imagina se vê montando um berço, trocando fraldas e ameaçando pessoas para garantir o bem estar do garoto!

E nessa aventura, Hannah e Jack vão descobrir que formam um ótimo time… e por que não também um casal perfeito?!

O que esperar desse livro?

Depois de um segundo livro muito intenso, esse terceiro livro da série veio para dar um pouco de alívio ao coração dos leitores e trazer uma história muito mais leve e repleta de humor. É claro que a autora não deixou de lado o drama e os temas polêmicos, mas fez isso de uma forma mais suave, compensada pela deliciosa personalidade de Jack Travis.

Hannah Varner é uma mulher insegura, com um passado traumático. Quando tinha apenas nove anos, Hannah precisou enfrentar o padrasto Roger, que abusava de sua irmã mais nova. E qual foi a reação de sua mãe?! Acusou Hannah de ser uma mentirosa e nunca a perdoou por Roger ter ido embora. E isso diz tudo sobre a mãe de Hannah – uma mulher que não consegue pensar em ninguém além dela mesma, do tipo que vive enfiada em roupas justas, com um namorado muito mais jovem a tiracolo e que nutre uma inveja sem tamanho da juventude, da beleza e da inteligência de suas próprias filhas. Um nojo de pessoa!!! Não é por menos que Hannah sempre sentiu que era sua responsabilidade cuidar de Tara…

Levando tudo isso em conta, não é de se estranhar que Hannah tenha optado por um relacionamento com Dane, um cara confiável, idealista, previsível e pacifista, do tipo que sempre diz que o casamento é só uma folha de papel desnecessária. Na verdade, Dane é um homem incapaz de se comprometer, de se sacrificar, de se importar de verdade com Hannah, mas pelo menos ela se sente segura com ele…

Imaginem só como é difícil para Hannah lidar com Jack Travis, um macho-alfa de primeira linha?! Ela acha que ele é um babaca aproveitador de mulheres, mas cai do cavalo quando descobre que, na verdade, ele é um homem gentil, amoroso, responsável e disposto a ajudá-la.

Eu já gostava do Jack pelo pouco dele que foi mostrado nos dois primeiros livros. Depois desse terceiro, ele se tornou o meu queridinho da família Travis. A autora acertou em cheio criando um personagem forte, super masculino, com testosterona saindo pelos poros, mas sem um pingo de machismo!! Um homem não ter que ser frouxo para demonstrar respeito e nem molenga para ser capaz de amar! Não há nada de errado em homens que exercitam sua masculinidade! Um macho-alfa não tem que ser um cretino e Jack Travis é um excelente retrato do homem de verdade.

A convivência com Jack faz com que Hannah se abra e passe a confiar mais nas pessoas. Ela descobre que um relacionamento baseado em amor não aprisiona, mas sim liberta!!! Hannah percebe que pode ser a Srta. Independente, pode ser esposa, pode ser mãe, pode ser irmã… Pode ser quem ela quiser… E mais importante, pode ser feliz!!!

Sei que já me empolguei demais com essa resenha, mas não resisti e transcrevi aqui um dos trechos mais bonitos que encontrei nesse livro sobre o casamento:

Ocorreu-me, muito mais tarde, que as pessoas que dizem que o casamento é um pedaço de papel, são, normalmente, aquelas que nunca se casaram. Porque esse clichê deixa de levar em conta algo importante… o poder das palavras… e eu, mais do que qualquer pessoa, deveria entender isso.

De algum modo, a promessa que fizemos naquela folha de papel me deu mais liberdade do que eu jamais tive. Ela nos permitia brigar, rir, arriscar e confiar sem medo. Era a confirmação de uma ligação que já existia. E era a união que se estendia muito além dos limites de um espaço de convivência. Nós teríamos permanecidos juntos mesmo sem uma certidão de casamento… mas eu acredito na permanência que ela representa.

Essa é uma folha de papel com a qual se pode construir uma vida.

“A Busca” é repleto de belas lições e quebra de paradigmas. Mostra que não é preciso deixar de ser uma Srta. Independente para se entregar a um grande amor!! É uma leitura deliciosa, com personagens cativantes, que mostram um amadurecimento lindo ao longo da trama. E tudo isso, com toques super agradáveis de humor!! 

Sobre a autora e seus outros livros…

Renomada escritora de romances de época, Lisa Kleypas é autora best-seller do The New York Times e seus livros já foram traduzidos para mais de 20 idiomas. Depois de se formar na Universidade de Wellesley em Ciências Políticas, publicou seu primeiro romance aos vinte e um anos de idade. Em 1985, ela foi nomeada Miss Massachusetts e competiu o Miss America, em Atlantic City. Atualmente, LIsa Kleypas vive em Washington com o marido e dois filhos.

A série The Travis Family, composta pelos livros A Protegida, A Redenção, A Busca e Brown-Eyed Girl (Ainda não publicado no Brasil) é o primeiro trabalho da autora com romances contemporâneos.

12 comentários sobre “A Busca, de Lisa Kleypas #Resenha

  1. Leituras Diárias

    Olá, tudo bem? Fã da autora, sempre tive curiosidade em ler essa série contemporânea dela. Ainda não tive oportunidade de iniciar, no entanto indo a alguns clubes da Gutenberg, em que comentaram sobre o mesmo, me vi bem interessada. Estou a espera da conclusão da mesma para iniciar. Que bom que aqui parece ser um assunto mais leve, pois ouvi que o segundo é o tenso – e você também comentou um pouco. Adorei a resenha!
    Beijos,
    http://diariasleituras.blogspot.com.br

  2. Joanice Oliveira

    Olá,

    Sou acostumada com os livros de romance de época da Lisa, mas essa série parece ser bem escrita, divertida, dramática e cativante.
    Adorei esse equilibrio da personalidade do John, porque ele parece ser um homem real…aquele que é levado pelo seu instinto de marcar seu território, porém não precisa ocultar sua vulnerabilidade e fraqueza humana.

    Beijos!

  3. Leticia Ramos de Mello Oliveira

    Olá, Camila!

    A Lisa realmente está dando um show com esses protagonistas que quebram paradigmas e que nos fazem discutir sobre temas importantes aos mesmo tempo. Já notei pela Tara, que ela vai nos permitir falar de depressão pós-parto, que infelizmente é uma realidade difícil de aceitar, pois sempre imaginamos uma mamãe radiante ao ter seu filho, mas nunca na tristeza que muitas mulheres sentem ao conceber e gestar um filho.
    E na mãe de Hannah e Tara, que poderia muito bem ser a madrasta da Branca de Neve. Ela só fazia as coisas por si mesma e não por sua família, e por isso, não foi nunca uma mãe de verdade para suas filhas, mas uma estranha que só queria aparecer para conquistar os homens.

    Um abraço!

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